Com o nosso dinheiro, Beto Richa faz propaganda de seu governo na capa da Gazeta do Povo

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“Nunca antes na história” do Paraná um governador gastou tanto com publicidade como Beto Richa (PSDB). Mas hoje ele exagerou. Na capa do jornal de domingo, logo abaixo do nome do jornal, acima da própria manchete! É um absurdo! Com o nosso dinheiro! É duplamente imoral: gasta dinheiro público para se auto-promover e ainda gasta muito dinheiro com o jornal de maior circulação do Paraná. Quer comprar apoio para 2014?

E será que é por causa desses gastos que as TVs, rádios e blogs do Paraná estão fazendo propaganda disfarçada para Beto Richa e atacando seus adversários? Até blogs que antes pareciam independentes agora parecem que foram comprados!

E Gazeta do Povo: francamente! Propaganda do governo é mais importante do que a manchete do jornal? Eu, como Ombudsman informal do jornal, sou obrigado a criticar!

“O governo Beto Richa nem começou”

Celso Nascimento

Governo Beto Richa: fim do começo ou começo do fim?

Eram notoriamente exageradas as notícias que anunciavam para o último dia 21 o fim do mundo. Sobrevivemos todos ao Calendário Maia e seguimos em frente marcando o tempo pelo Gregoriano. Assim, nos é possível ainda comemorar alegremente o Natal de 2012 e soltar foguetes na passagem para 2013. Nem por isso, neste espaço de análise política do jornal, podemos fugir à realidade de que, não o mundo, mas pelo menos a primeira metade do mandato de Beto Richa obedeceu à previsão maia, isto é, chegou ao fim.

Talvez o governador, tomado pelo mesmo contido ânimo do estadista britânico Winston Churchill após derrotar o exército nazista no Norte da África, na Segunda Guerra, pudesse agora repetir: “Este não é o fim, não é nem o começo do fim, mas é, talvez, o fim do começo”. A grande questão, porém, no caso do governo Richa, é saber distinguir com precisão cada uma dessas etapas do tempo.

Por exemplo: observando os resultados políticos e administrativos dos dois primeiros anos do mandato, seria possível afirmar que seu governo um dia começou? Se nem começou, não há como dizer que terminou uma primeira etapa. Pela mesma lógica, portanto, também não há como afirmar que, em 1º de janeiro, se dará o começo do fim.

Complicado, né? Mas tentemos entender. Do ponto de vista administrativo, é generalizado o consenso (entre amigos e adversários) de que Richa não deixou marcas importantes nesses 24 meses no comando do estado. Nem mesmo parece ter aproveitado esse tempo para definir rumos e dotar o estado e o governo de condições para persegui-los. Passou distante, portanto, daquilo que, na campanha, definiu como choque de gestão, um novo jeito de governar. Não há sinais aparentes de que tenha conseguido atingir tais objetivos dada a paralisia que acomete a maioria dos setores governamentais.

Do ponto de vista político, o fato mais marcante foi a aposta errada que fez na eleição de Curitiba. Desfez-se do candidato natural do seu partido, o PSDB, Gustavo Fruet, e jogou suas fichas na reeleição de Luciano Ducci, do PSB. Perdeu não só o pleito: ao colocar o vitorioso Fruet no colo do PT, abriu também uma fenda enorme no projeto da própria reeleição em 2014.

No interior não teve muito melhor sorte. Perdeu Londrina e, nos demais grandes colégios, elegeu somente candidatos de partidos aliados. O seu PSDB ficou com apenas 38 municípios que, somados, representam 350 mil votos num universo de 7 milhões de eleitores.

Diz-se que, ao cooptar os deputados do PMDB e desbancar a pretensão do senador Roberto Requião de presidir o partido, obteve sua primeira grande vitória política desde que assumiu o governo. De fato, talvez tenha inviabilizado a tentativa de Requião de concorrer ao Palácio Iguaçu, mas isto não é garantia suficiente para manter o PMDB unido e aliado até 2014, pois forças poderosas vindas do Planalto Central, interessadas na reeleição de Dilma Rousseff e na eleição de Gleisi Hoffmann, certamente se alevantarão.

A vitória sobre Requião está lhe custando caro sob outro aspecto. Richa esperava marcar o “começo do fim” do mandato com fornadas de empréstimos que lhe permitissem realizar obras. Com o voto contra de Requião no Senado, o primeiro financiamento, de US$ 350 milhões, só voltará à discussão no ano que vem. Outras autorizações que dependem do Senado, totalizando perto de R$ 1,3 bilhão, podem passar pela mesma dificuldade.

Isso tudo não é exatamente o fim do mundo, mas, por essas e outras, não há dúvida de que, se marcarem outra data para o Juízo Final, o Paraná chegará atrasado.

Hoje na Gazeta do Povo

Gazeta do Povo tem seu jornalista para atacar o PT e Lula em sua campanha pró Aécio Neves: André Gonçalves

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Enquanto eu for assinante da Gazeta do Povo, vou continuar minha cruzada como Ombudsman informal da Gazeta do Povo. Outro dia postei o “Gazeta do Povo não gosta do povo?“. A Gazeta continua em sua campanha contra o Partido dos Trabalhadores e contra Lula e, por enquanto, seu candidato à presidência é Aécio Neves (PSDB). “Por enquanto”, porque se aparecer qualquer outro candidato com um mínimo de condição de vencer Lula e o PT na eleição de presidente em 2014, a Gazeta vai dar uma “forcinha”.

E a Gazeta costuma se utilizar da sua edição de domingo para fazer os ataques ao PT e Lula e exaltar Aécio Neves, dia de maior venda do jornal. Hoje não foi diferente. Aécio é o bom moço, Lula e o PT representam o mal. E o jornalista que a Gazeta se utiliza para fazer os ataques ao Lula e ao PT é Andre Gonçalves, que outro dia confessou que já foi apoiador de Fernando Collor de Mello. André Gonçalves sempre exaltou o STF por ele condenar determinadas autoridades, mas agora critica o STF por ele não ter envolvido Lula. André Gonçalves questiona a gestão da presidenta Dilma Rousseff (PT). Sempre calado com relação ao pior governador do Paraná de todos os tempos, Beto Richa (PSDB). Calado também com relação a qualquer denúncia contra Aécio Neves, o coronel pós-moderno de Minas Gerais.

Sabemos que há jornalistas e colunistas independentes na Gazeta do Povo. Mas já sabemos quem fará o “trabalho sujo” no Paraná anti-PT, o que fará de tudo para Dilma, Lula e o PT perderem em 2014 no disputa estadual e federal.

Gazeta do Povo não gosta do povo?

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Gazeta do Povo já começou a campanha para Aécio Neves e seu pupilo, Beto Richa (PSDB)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado o maior presidente do Brasil de todos os tempos. Tirou milhões de miseráveis dessa condição, levou milhões de brasileiros da pobreza para a classe média, colocou o Brasil como uma das grandes potências políticas e econômicas mundiais, reestruturou a Administração Pública no âmbito da União e deu independência para a Polícia Federal e ao Ministério Público para que esses fossem importantes órgãos contra a corrupção. Ou seja, para o povo brasileiro, não teve presidente melhor.

Mas parece que determinados meios de comunicação como a rede Globo, a revista Veja e o jornal Gazeta do Povo não suportam isso. Nem vou falar das detestáveis Veja e Globo. Vou tratar da gazeta do Povo, já que sou seu Ombudsman informal.

Nos últimos dias, meses e anos a Gazeta do Povo vem fazendo uma campanha contrária ao Partido dos Trabalhadores e ao Lula. Já fez campanha para FHC, José Serra e Geraldo Alckmin para presidente, e agora é a militante número 1 do Paraná em defesa da candidatura de Aécio Neves. Isso já foi tratado outras vezes aqui no Blog do Tarso. Hoje, em especial, a Gazeta mantém o jornalismo parcial contra o PT e Lula.

Quando o escândalo era contra FHC, jaime Lerner, e agora contra Beto Richa, notas com letras pequenas no meio de jornal, quando eles aparecem. Contra o PT e Lula, notas e manchetes com letras garrafais, como hoje, em que a Gazeta dá a entender na manchete que o STF entende que Lula está mentindo, e o colunista Rogério Galindo, que admiro, por mais que se utilize de verbos como “tentaria” e “saberia”, dando a entender que o que o criminoso Marcos Valério fala contra Lula é tudo verdade.

Será que essa defesa de Aécio e Beto Richa e ataques ao PT e Lula se deve aos altos valores financeiros, com dinheiro público estadual, que o Paraná gasta com propaganda e publicações do governo Beto Richa?

Por favor 2014, chega logo.

Gazeta do Povo entra na campanha da dupla Aécio Neves/Beto Richa

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Já que a Gazeta do Povo não tem Ombudsman, o autor do Blog do Tarso faz um pouco esse papel, como assinante e leitor diário do jornal desde 1986.

Há vários jornalistas e colunistas da Gazeta do Povo que são realmente independentes. Mas o jornal não é. E muito menos seu editorial. Já decidiu que seus candidatos para 2014 são o senador Aécio Neves (PSDB) para presidente e Beto Richa (PSDB) para a reeleição ao governo do Paraná.

Várias matérias nos últimos dias criticando o Partido dos Trabalhadores e Lula, e enaltecendo as privatizações, Fernando Henrique Cardozo, Aécio Neves, Jaime Lerner e Beto Richa.

Os jornais impressos não são serviços públicos, ao contrário da rádio e TV, e podem livremente se posicionar nas eleições. O problema é fazer isso de forma mascarada. Se é de direita, se é conservador, se é neoliberal, se não suporta justiça social, se não apoia a redução das desigualdades sociais, se prefere os tucanos, que seja expressa nesse sentido.

A Veja, a Folha de S. Paulo, a Globo e a Gazeta do Povo têm a seguinte estratégia: tentaram acabar com a possibilidade do candidato a presidente em 2014 seja Lula, considerado o maior presidente de todos os tempos. A partir de agora vão para cima da presidenta Dilma. A imprensa conservadora começa até a dizer que a Dilma vai para o PDT, o que é mentira.

Estamos de olho!

Beto Richa foi para a China e é SC que ganha fábrica de veículos chineses

Celso Nascimento mostrou hoje em sua coluna na Gazeta do Povo que o governo Beto Richa vai mal na questão de investimentos privados no Estado do Paraná. O Estado do Paraná, apenas com R$ 19 bilhões de investimentos, perde para o Rio Grande do Sul do governador Tarso Genro (PT), que já conseguiu R$ 29 bilhões para o Estado, além do Estado do Espírito Santo que já conquistou R$ 43 bilhões.

E veja outra parte da coluna de hoje de Celso Nascimento:

Governador colhe bons frutos na Ásia

O governador volta de países asiáticos com um protocolo de intenções que prevê a instalação de uma das maiores montadoras de automóveis da China, a Geely, a primeira na América Latina. O investimento previsto para colocar a fábrica em produção em 2014 é de US$ 1 bilhão, com previsão de criar 1.200 empregos diretos e meta de 60 mil carros por ano. Ficará perto do porto para facilitar as exportações do estado.

Na mala do governador também vem um acordo com o governo japonês visando à retomada das exportações de carne suína para aquele país. Após superadas duas exigências finais de caráter sanitário, as vendas serão logo reiniciadas. O Japão é o segundo importador mundial de carne suína (US$ 5 bilhões anuais).

O governador em questão chama-se Raimundo Colombo, de Santa Catarina, ainda em viagem à China e ao Japão (sem escala em Dubai) com um grupo de empresários. A Geely se instalará no Porto de Imbituba e será a terceira montadora catarinense. Em outubro, a montadora alemã de carros de luxo BMW já havia confimado sua opção por Santa Catarina, assim como, meses antes, fez a chinesa Sinotruk, que produzirá caminhões em Lajes. O Paraná esteve na disputa desses dois investimentos.

Gazeta do Povo leva o leitor ao erro em matéria sobre educação pública

Foto de Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Infelizmente a Gazeta do Povo não tem a figura do Ombudsman. Até o Blog do Tarso tem um Ombudsman. Em determinadas situações o Blog do Tarso exerce essa função de maneira informal com relação à Gazeta. Hoje uma matéria da Gazeta do Povo está totalmente tendenciosa e pode levar o seu leitor a um equívoco.

A matéria Ensino Público S/A mostra uma escola de Apucarana/PR cujo modelo de gestão é autárquico. Ou seja, a escola, ao invés de ser gerida pela Secretaria Municipal de Educação, um órgão da Administração Pública direta, é gerida por uma autarquia municipal, uma entidade da Administração que é uma pessoa jurídica de direito público.

A escola, com o modelo autárquico, tem que ter servidores estatutários e a ela e adotado o regime jurídico administrativo, com as prerrogativas e sujeições do Direito Administrativo. Tem que fazer concurso público, licitação, etc., em modelo igual ao da Universidade Federal do Paraná e do Colégio Estadual do Paraná.

Na matéria é informado que a gestão da escola é democrático, com a participação dos pais, e gerida de forma inteligente.

Simplesmente esse modelo é o modelo de Administração Pública burocrático, estudado pelo sociólogo Max Weber, um modelo de Administração Pública com servidores profissionalizados, com  procedimentos que asseguram o atendimento aos princípios constitucionais como legalidade, moralidade, isonomia e interesse público, e que assegura a Democracia no Poder Público. Um modelo que foi criado contra o patrimonialismo e está previsto na Constituição Social e Democrática de Direito de 1988.

Mas a matéria da Gazeta do Povo, não sei se intencionalmente ou simplesmente por falta de informação, quer levar seu leitor a crer que o modelo adotado pela escola é um modelo privado, como se a entidade educacional fosse uma empresa.

A matéria da Gazeta pode levar o leitor a achar que o certo no ensino público é o modelo privado, a privatização, o que é algo totalmente inconstitucional. Fica parecendo o discurso vazio do modelo neoliberal/gerencial da década de 90, que ao invés de implementar e aprimorar o modelo burocrático, ao implementar o modelo gerencial levou o Brasil a um retorno ao patrimonialismo.

Gazeta do Povo: o modelo da escola é estatal, é de Direito Público, é democrático, e não um modelo privatizante de uma empresa, de uma sociedade anônima, que busca o lucro e que trata a educação como mercadoria.

PT foi o mais votado em Minas Gerais, mas Gazeta do Povo diz que Dilma está em baixa e Aécio em alta

O jornalista André Gonçalves, em matéria de hoje na Gazeta do Povo, disse que a presidenta Dilma Rousseff (PT) está e baixa em Minas Gerais e o senador Aécio Neves (PSDB) está em alta no estado.

O jornalista “esqueceu de avisar” que o PT foi o partido mais votado para prefeito no segundo turno das eleições em MG, com 311,14 mil votos.

O jornalista não informou que o PT é que irá governar o maior número de mineiros, em um total de 3,40 milhões de habitantes em Minas Gerais. O PSDB está apenas em terceiro, com 3 milhões.

É uma pena que o jornalista não informou que o PSDB diminuiu bastante o número de prefeituras em Minas, de 158 para 143 cidades, e que o PT subiu de 110 para 114 cidades.

Será que o candidato a presidente do jornalista é o tucano Aécio Neves para 2014?

PT foi o mais votado no Nordeste do Brasil, mas Gazeta do Povo diz que Lula está em baixa na região

O jornalista André Gonçalves, em matéria de hoje na Gazeta do Povo, disse que o ex-presidente Lula está em baixa no nordeste do Brasil.

O jornalista “esqueceu de avisar” que o PT foi o partido mais votado para prefeito no segundo turno das eleições no nordeste, com 1,54 milhões de votos.

Estranho não? Achei que a Gazeta do Povo fosse independente.

Charge: mercado = financiamento privado = corrupção X financiamento público de campanha

Gazeta do Povo beneficia Luciano Ducci em sua cobertura do debate dos vices de Curitiba

No sábado ocorreu o debate entra os candidatos a vice-prefeito de Curitiba, na Band. As candidatas mulheres Mirian Gonçalves (PT), vice de Gustavo Fruet (PDT), Sueli Fernandes (PSOL), vice de Bruno Meirinho, e Marinalva Silva (PMDB), vice de Rafael Greca, foram claramente as vencedoras do debate.

Mas a Gazeta do Povo de hoje apenas noticiou na manchete que o debate foi tenso, mostrou a foto apenas do candidato a vice de Luciano Ducci (PSB), Rubens Bueno (PPS), bem o que foi pior no debate, e ainda na explicação da foto informou que Bueno disse que os opositores criticam Curitiba, uma das teses furadas do candidato.

É uma vergonha para a Gazeta a matéria de Euclides Lucas Garcia. Ombudsman na Gazeta do Povo já!

Charge da Gazeta do Povo: lembra a história de um prefeito milionário?

Hoje na Gazeta do Povo

Charge na Gazeta do Povo de hoje critica as obras eleitoreiras de Luciano Ducci

Hoje na Gazeta do Povo

Colunistas da Gazeta do Povo detonam o governo Beto Richa

Beto Richa venceu a eleição de 2008, mas abandonou o cargo e nos deixou com Luciano Ducci, o inexpressivo

Os colunistas da Gazeta do Povo de hoje pegaram o governador Beto Richa (PSDB) para cristo.

O colunista social Reinaldo Bessa informa que um grupo de empresários que apoiou Beto Richa se encontrou de forma sigilosa (por que será?) e quer que o governo Beto Richa embale suas ações. Ou seja, saia do marasmo, saia da paralisia que se encontra. A única dúvida é se eles querem que o governo saia da paralisia para atuar pelo interesse público ou por seus interesses privados. E ainda entrega o jogo e diz que Beto faz hoje 47 anos. A idade e o stress pelos problemas em seu desGoverno levam Beto a cada vez mais precisar dos tratamentos de beleza que ele faz pela menos duas vezes por semana.

As “notas políticas” de Caroline Olinda coloca o governo Beto Richa como “em baixa”, por causa dos baixos gastos do governo com saúde, segurança pública e diminuição do ritmo das obras.

Celso Nascimento informa que o choque de gestão de Beto Richa na verdade é um “xoque de jestão”, um novo “geito” de governar, e que o Paraná está no Seproc federal por causa dos baixos gastos com saúde.

Por fim, o jornal relembra a eleição para prefeito de Curitiba de 2008, quando os curitibanos ainda acreditavam nas bravatas de Beto Richa e ele venceu com 77,27% dos votos. Mostra a foto do playboy chegando para votar com sua caríssima Harley Davidson. Beto Richa prometeu que ficaria 4 anos, mas abandonou a prefeitura por sua gana pelo poder, e nos deixou com o inexpressivo Luciano Ducci (PSB) como prefeito e suas incompetências administrativas.

Ducci está a perigo e pode nem ir para o segundo turno das eleições para prefeito de outubro.

Texto obrigatório do professor Ricardo Marcelo Fonseca sobre as universidades federais, públicas e estatais brasileiras

Universidades federais no Brasil: a semeadura e a colheita

Por Ricardo Marcelo Fonseca, hoje na Gazeta do Povo

Algumas das ideias sobre as universidades federais brasileiras que costumam estar “na boca do povo” são a de que o custo por aluno é muito alto e também a de que nossas instituições ainda não têm os níveis de excelência esperados. A discussão é mais que oportuna e merece muitas mediações.

A questão dos “altos custos” tem de ser enfrentada com a maior cautela. Primeiro, porque a planilha desta conta não raro costuma incluir toda sorte de despesas, como pensões e aposentadorias dos inativos. Segundo, porque a própria linguagem dos “custos” (própria da racionalidade de mercado), quando é aplicada a uma entidade pública que produz um serviço essencial como educação superior, pode parecer deslocada. Afinal, desde quando educação (ou saúde) tem preço? Ou o Estado, para prover esses direitos de todo cidadão brasileiro, deve antes fazer um juízo de custo-benefício?

O perigo subjacente à retórica da “universidade pública cara” é promover o discurso legitimador do sucateamento do ensino público superior e o deslocamento da atenção estatal – como já ocorreu num passado recente – ao ensino privado (que seria, então, “mais eficiente”). Há, nessa linha, até mesmo os que defendem que o Estado transfira os recursos dos contribuintes para as instituições particulares… Certamente os empresários do ensino – que aumentarão suas margens de lucro privado em função do fomento público dos custos – agradecerão! Em terceiro lugar, não é demais relembrar que desde o mês de maio quase todas as universidades federais brasileiras estão em greve – o que certamente não é um indicativo de que os seus recursos públicos sejam assim tão abundantes.

E exatamente isso leva à discussão sobre a “baixa excelência” demonstrada por nossas universidades, tópico que também deve ser abordado com cuidado. Primeiro, por efetivamente não haver consenso algum sobre os critérios dos rankings internacionais. Segundo, porque se pode estar deixando de lado importantes resultados que as universidades federais brasileiras têm efetivamente dado à nossa sociedade. Afinal, sabe-se que cerca de 95% da produção científica nacional provém das universidades públicas – onde, aliás, estão mais de 80% dos cursos de mestrado e doutorado no país.

E isso leva ao problema da aparente desconexão entre os “altos investimentos” (na verdade nada altos) e os “parcos resultados” (na verdade nada parcos). Cabe lembrar que a produção do conhecimento em uma universidade é processo que deve ser feito em um cultivo lento, contínuo e cuidadoso. Se os resultados deste processo não forem colhidos quando estiverem maduros, não existirão bons frutos. O tempo dos resultados na academia, portanto, jamais deve ser equiparado ao tempo que é próprio dos “produtos” do mercado.

Existe, hoje, uma grande urgência para a educação superior no Brasil: ela se refere ao aumento dos recursos. É inquestionável que há, sim, relação direta entre investimento público e qualidade acadêmica (embora as variáveis sejam complexas e não sincrônicas). O exemplo emblemático das universidades paulistas (USP e Unicamp), nas quais por décadas foram despejados muitos recursos a mais que nas federais (o que resultou em aumento de qualidade visível), fala por si. Com essa receita, então, os resultados podem tardar, mas, no tempo certo, certamente vão aparecer.
Ricardo Marcelo Fonseca, pós-doutor pela Università degli Studi di Firenze, é professor e diretor do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR.

A privatização dos presídios paranaenses – Tarso Cabral Violin

Governador do Paraná Beto Richa (PSDB) copiou o modelo de privatização dos presídios do senador tucano Aécio Neves em Minas Gerais

Publicado hoje na Gazeta do Povo, no caderno Justiça & Direito

Por Tarso Cabral Violin

O governo do Paraná sancionou uma lei, aprovada na Assembleia Legislativa em regime de urgência, e publicada no último mês, que prevê a terceirização da gestão dos presídios paranaenses para entidades do terceiro setor, o que se configura uma privatização em sentido amplo.

A lei prevê que o estado celebre convênios com organizações não-governamentais (ONGs) e com as chamadas associações de proteção e assistência aos condenados (APACs), que poderão administrar estabelecimentos penais. Segundo vários juristas, tal prática contrária a nossa Constituição social e democrática de Direito de 1988.

É pacífico que, como regra, o Poder Público não pode delegar o chamado “poder de polícia” para os particulares. Atividades-fim do Estado não podem ser privatizadas, sendo possíveis terceirizações apenas de atividades-meio.

Qualquer atividade executiva de gestão dentro de uma unidade penal, qualquer parcela de função administrativa prisional que afete a liberdade do preso, faz parte do poder de polícia, e a eventual necessidade do uso da coercibilidade por entidades privadas fere nossa Constituição.

O exercício da função administrativa prisional abrange atos jurídicos, como por exemplo a emanação de provimentos sancionatórios, que de forma alguma poderão ser delegados a particulares. Entre os atos materiais, os que incidem sobre a pessoa do preso, como a vigilância, também não podem ser delegados, pois há monitoramento dos deveres dos presos, e não raro ocorre uso de coação. Enfim, o poder disciplinar na execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direito compete exclusivamente ao Estado.

Apenas as atividades materiais acessórias e realização de obras podem ser delegadas. Note-se, a cooperação da comunidade, prevista na Lei 7.210/84, Lei de Execução Penal (LEP), não quer dizer que a iniciativa privada poderá administrar o presídio.

O governo argumenta que a lei não prevê terceirização e muito menos privatização – o que seria transferido para as entidades privadas sem fins lucrativos seriam apenas algumas funções materiais da execução da pena, mas não a atividade jurisdicional. Mas o problema é que a lei delega a atividade administrativa judiciária, que é exclusiva do Estado.

Ressalte-se que o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, editou a Resolução 8/2002, que rejeita quaisquer propostas tendentes à privatização do sistema penitenciário e que consolida o entendimento de que os serviços de segurança, administração, gerenciamento de unidades, disciplina, efetivo acompanhamento e avaliação da individualização da execução penal não são delegáveis à iniciativa privada. O Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária do CNPCP 2011 também é contrário a privatização do sistema penal e prevê, entre outras políticas progressistas, o fortalecimento do Estado na gestão do sistema penal.

Mesmo se fosse possível a privatização, nas unidades geridas por ONGs não poderia ocorrer qualquer tipo de trabalho do preso, por impedimento contido na LEP.

O modelo adotado é cópia do mineiro, contrário ao estado social e favorável ao estado penal, que assegura que quanto mais se prender seres humanos, mais a iniciativa privada lucrará. Tanto o modelo de privatização total estadunidense, quanto o modelo de gestão misto francês; no qual a gestão externa cabe ao poder público, mas a iniciativa privada constroi o presídio, faz a guarda interna dos presos, promove o trabalho, a educação, o transporte, a alimentação, o lazer, a assistência social, jurídica e espiritual e a saúde do preso; não se encaixam no nosso ordenamento jurídico.

Lembremos que, na década de 90, o Paraná foi um dos pioneiros no Brasil com as penitenciárias privadas. Elas foram extintas posteriormente com a justificativa de que o custo por detento no país era em média R$ 800, enquanto que nos presídios privados R$ 1,2 mil. Além disso, os agentes contratados eram, muitas vezes, um terço dos servidores públicos, o que aumentava os riscos na segurança das unidades. A prática levou à precarização do serviço, enfraquecendo o discurso de que a iniciativa privada é mais eficiente. Uma pesquisa nos EUA concluiu que com os presídios privados não há diminuição de custos, mas, sim, uma tendência deles ficarem com os presos com penas mais leves e de melhor comportamento, deixando os que cometeram crimes mais graves nas prisões públicas.

Há outras inconstitucionalidades na lei, ainda, como o vício de iniciativa, burla ao concurso público, previsão de que as APACs deverão ser filiadas a uma entidade privada, e a previsão do acordo de vontade ser um convênio, e não contrato administrativos precedido de licitação.

Existem problemas sérios nos presídios do país, mas devemos resolvê-los com a profissionalização da administração pública brasileira, com muita transparência e controle social e dos órgãos de controle, e dentro dos limites constitucionais.

Tarso Cabral Violin, professor de Direito Administrativo da Universidade Positivo, mestre em Direito do Estado pela UFPR, advogado

Caos na saúde de Curitiba é culpa do ICI, diz Gazeta do Povo

Quem é o palhaço na história?

Coluna de hoje do Celso Nascimento na Gazeta do Povo

Saúde dos curitibanos sofre de “informática”

O prefeito Luciano Ducci, médico, ex-secretário municipal de Saúde e premiado condutor de alguns bons programas na área da saúde pública – como o Mãe Curitiba –, esperava que pudesse ser reconhecido nas urnas pelos bons serviços prestados ao setor. Ele ainda não perdeu a esperança, mas enfrenta fortes dores de cabeça com o funcionamento deficiente que o sistema vem apresentando nos últimos meses – exatamente no ano em que busca a reeleição.

Filas de pacientes, demora exagerada nos atendimentos, unidades 24 horas que às vezes só funcionam 12, falta de médicos e outros profissionais – tudo isso tem provocado reclamações azedas da população que depende dos serviços gratuitos dos postos espalhados pela cidade. Pelo menos duas mortes recentes foram registradas em razão das deficiências.

Sabe-se agora que uma das causas está na informática. O problema começou no início desse ano, quando os prontuários dos pacientes foram “migrados” para um outro software instalado pelo ICI (Instituto Curitiba de Informática). Além de travamentos constantes, aconteceu também o pior: o sistema não “lia” os prontuários produzidos na versão antiga ou embaralhava os dados, trocando nomes, doenças, datas dos atendimentos anteriores, diagnósticos, exames etc. Às vezes, informações sigilosas, de conhecimento apenas do paciente e do médico, ficam disponíveis para qualquer um.

A balbúrdia obrigou muitos postos a retroceder ao século passado, voltando a preencher formulários à mão. Prestadores de serviços (laboratórios, clínicas, hospitais), com faturas a receber por serviços prestados, nem sempre conseguem acessar o sistema. Agendamentos de consultas e exames são perdidos, provocando transtornos graves e generalizados em toda a estrutura.

Além de discutido repetidamente nas reuniões do Conselho Municipal de Saúde (CMS) – órgão que reúne as autoridades da área e representantes dos usuários –, o problema já foi parar também no Ministério Público. Está com o promotor Marco Antonio Teixeira uma montanha de reclamações de pacientes, fornecedores e profissionais que atuam no sistema público. A investigação já foi aberta.

Membros do próprio Conselho também recorreram ao MP e já questionaram a secretaria municipal de Saúde. A coluna teve acesso ao ofício assinado pelo conselheiro Michel Deolindo, dentista que trabalha num posto da periferia, no qual ele relaciona cinco perguntas e pede aos gestores da saúde municipal solução urgente para os problemas que aponta. Encaminhado no início de abril, o ofício ainda não recebeu resposta.

Procuradas pela coluna, fontes do Instituto Curitiba de Informática e da secretaria municipal de Saúde não desmentem a existência de problemas pontuais, negam a dimensão de gravidade que vem sendo difundida e asseguram que as soluções já estão em fase final. Garantem, também, que nenhum prontuário foi perdido ou inutilizado e que o acesso a eles será totalmente recuperado.

Gazeta do Povo bate na gestão Beto Richa na Celepar

Diretores da Celepar e Beto Richa

Conforme noticiado em 26 de maio no Blog do Tarso Celepar, gerida por Beto Richa e Taniguchi, vai gastar R$ 250 mil por ano em seguro para seus Conselheiros e Diretores, veja a coluna de Celso Nascimento na Gazeta do Povo:

Seguro cobre até a incompetência

Coluna de Celso Nascimento hoje na Gazeta do Povo

Digamos que você seja uma pessoa simpática e que, além disso, goza da confiança do governante, pertença ao mesmo grupo político dele ou tenha sido indicado por um partido aliado. Tendo reunido todas essas qualidades, você é nomeado com alto salário para a diretoria ou outro cargo no alto escalão de uma empresa pública. Isso é muito comum.

Você assume o cargo e passa a gerir a empresa ou um setor dela. Pelo estatuto, a função o obriga a tomar decisões, assinar atos, ordenar despesas etc. Por azar (ou por incompetência sua), alguém entra na Justiça para questionar a legalidade de um dos atos que levaram sua assinatura e você passa a responder como pessoa física.

O que você faz? Contrata um advogado, paga as custas judiciais e, no fim, se for condenado, ainda é obrigado a pagar uma milionária indenização. Se não tiver o dinheiro, responderá com o seu patrimônio ou de sua família, certo?

Coisa horrível. Ninguém quer passar por uma situação dessas. Mas seus problemas acabaram. As Organizações Tabajara têm a solução: um seguro de responsabilidade civil pago pela empresa em que você trabalha. No caso, sendo uma estatal, seguro pago por todos nós, pobres contribuintes, que, a contragosto, somos obrigados a arcar com o prejuízo que sua incompetência causou aos cofres públicos.

É assim que as coisas passam a funcionar na Celepar – a Companhia de Informática do Paraná, empresa pública vinculada à Secretaria do Planejamento. Conforme registram o Diário Oficial do Estado e o site oficial “Compras Paraná”, ela acaba de concluir licitação para contratar uma empresa de seguros que garante coberturas de até R$ 15 milhões. A vencedora do pregão eletrônico PE 009/2012, homologado no último dia 25 de maio, foi a Zurich Minas Brasil Seguros S.A., que apresentou o menor preço entre as concorrentes (R$ 245 mil).

Hipoteticamente, digamos que se descubra que uma licitação milionária na Celepar autorizada por você apresente indícios de fraude e alguém ou alguma instituição resolva promover uma ação judicial. Durma sossegado: segundo o contrato, os membros dos conselhos Administrativo e Fiscal, assim como os diretores, gerentes e pregoeiros da empresa, se forem acionados como pessoas físicas, terão todas as despesas ressarcidas pela Zurich.

Há exceções: se houver dolo (por exemplo, se você não resistir à tentação de meter a mão nos fundos da empresa), a seguradora estará dispensada de indenizar.

O seguro não se limita apenas à pessoa do gestor. Beneficia também os cônjuges, sucessores, herdeiros, espólio, tudo sem que se tenha necessidade de identificar previamente quem são estes. Na prática, considerando ainda a hipótese de que você é um dos diretores, será possível transferir seu dinheiro e bens para o nome de terceiros, de modo que, caso morra ou não tendo como arcar pessoalmente com os prejuízos, nem você, nem sua família, nem os seus indicados perecerão dificuldades.

Isto não é novidade introduzida pelo novo jeito de governar de Beto Richa. Já vinha de antes: nos primeiros meses de 2010, ainda na gestão de Requião, a Sanepar adotou providência semelhante, com a diferença de que o seguro lá era melhor: cobria prejuízos de até R$ 20 milhões.

Tudo pode ser legal. Mas é moral?

ObsCena: Polícia Civil do Paraná no bordel

10% dos paranaenses são filiados a partidos políticos. PT foi o que mais cresceu. Ex-ARENA é líder em Curitiba

Mauricio Fruet (PMDB) nas manifestações pelas Diretas Já em 1984

Reportagem de hoje da Gazeta do Povo informa que 9,3% (968.587 militantes) dos moradores do Paraná são filiados a partidos políticos. A média nacional é de 7,8%. PMDB é o primeiro com 190 mil, PP com 114, PSDB com 87 mil e PT com 80 mil em quarto. Somente PMDB e PSDB têm filiados em todos os 399 municípios. PT foi o que mais cresceu, pois praticamente dobrou desde 2002. Proporcionalmente quem mais cresceu foi o PV, hoje tem 23 mil. Os únicos que não diminuíram nos últimos anos foram o PT, PV e PPS.

A matéria mostra que não necessariamente quem tem mais militantes tem mais votos, e que esse percentual de 10% não representa, necessariamente, grande participação política dos paranaenses.

Em Curitiba a relação é a seguinte: PP 14 mil, PDT 12 mil, PMDB 10 mil, PSDB 9.907 e PT 9.111. Ou seja, por incrível que pareça, o PP, ex-PPB, ex-PDS e Ex-ARENA, o partido da ditadura militar, é o líder no número de militantes em Curitiba.