CNJ suspende aposentadoria de Clayton Camargo e escândalo pode afetar várias autoridades do Paraná

Hoje (23) o desembargador Clayton Camargo, até então presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, pediu aposentadoria e renunciou ao cargo de presidente.

Agora pela noite, o corregedor nacional de Justiça, Francisco Falcão, suspendeu o pedido de aposentadoria de Clayton, a pedido do Ministério Público Federal, que alegou que Camargo teria antecipado aposentadoria para não responder ao processo disciplinar contra ele em tramitação no Conselho Nacional de Justiça. Até o dia 8 de outubro o CNJ deve julgar processo disciplinar contra o magistrado

Toda essa confusão pode atrapalhar a vida das seguintes autoridades:

1. Governador Beto Richa (PSDB), pois se for verdade o que a ministra Eliana Calmon (STJ) está investigando, sobre a possibilidade de Clayton ter interferido na eleição para o TC de seu filho, o ex-deputado estadual Fabio Camargo, ele fez isso via governador, em troca de permitir que Beto utilizasse milhões em reais em poder do TJ;

2. Conselheiro Fábio Camargo, pois se for verdade o tráfico de influência, o atual conselheiro do TCE/PR pode perder o cargo;

3. Os 27 deputados estaduais que votaram em Fábio Camargo, da situação e da oposição, que supostamente teriam aceitado o tráfico de influência.

TC: Licitação do transporte coletivo realizada pela gestão do então prefeito Beto Richa foi ilegal

Claudio Castro, coordenador da Comissão de Auditoria: Rede Integrada de Transporte da Região Metropolitana foi avaliada quanto à planilha utilizada, o custo por quilômetro, o método empregado na definição de valores, reajustes e subsídios, além da administração dos recursos financeiros

Claudio Castro, coordenador da Comissão de Auditoria: Rede Integrada de Transporte da Região Metropolitana foi avaliada quanto à planilha utilizada, o custo por quilômetro, o método empregado na definição de valores, reajustes e subsídios, além da administração dos recursos financeiros

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná divulgou relatório de auditoria na Urbs que define que a tarifa do transporte coletivo de Curitiba poderia ser 16,7% menor, poderia diminuir de R$ 2,70 para R$ 2,25. A tarifa técnica (o que Curitiba para para as concessionárias) a redução seria de 25%, de R$ 2,9994 para R$ 2,5483.

São 40 irregularidades nos contratos da Prefeitura Municipal de Curitiba com as empresas concessionárias de transporte, encontradas em três meses de estudo de seis servidores do TCE-PR. O documento ainda deverá ser aprovado pelo Conselho do TC para ser divulgado.

Uma das recomendações é de que a licitação que originou os contratos seja anulada e se realizada um novo certame. A licitação foi realizada na gestão do então prefeito Beto Richa (PSDB), entre 2009 e 2010. Hoje ele é governador.

Foi detectada cartelização do transporte público, com pouco descontos e muitos “Gulin” nas empresas (em algumas empresas chega a 87,06%).

O relatório recomenda a remessa de cópias dos autos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao Ministério Público Estadual e Federal.

Outro grave problema é a fragilidade da fiscalização do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, que afere a quantidade de passageiros transportados diariamente, que fica a cargo das próprias concessionárias. Identificada alguma falha nos equipamentos, elas contatam a Dataprom, que é contratada pelo Instituto Curitiba de Informática – ICI, terceirizada da Urbs para gerenciar o SBE. Sem licitação!

Diz o relatório: “consentir a prerrogativa de controle e administração da manutenção (hardware) e dos fechamentos diários de arrecadação da bilhetagem para os consórcios (parte privada no regime de concessão) que operam o transporte coletivo, não é razoável” e “é recomendável e imperativo que tal obrigação esteja sob o controle total (…) do Poder Público, com transparência das informações”. O relatório dá prazo de seis meses para que a Urbs licite o serviço “sem direcionamento para a empresa Dataprom”.

Para o TC a Urbs deve ser entidade inteiramente pública. Hoje ela é uma sociedade de economia mista, que visa ao lucro e gera incompatibilidades. Não pode exercer regulação, há conflito de interesses entre o direito público (multas) e o privado (lucratividade) e o regime celetista dos servidores é incompatível com o exercício da fiscalização.

Parabéns aos técnicos do TC!

A casa do ICI e das concessionárias caiu! A do Beto Richa já havia caido faz tempo.

Governo Beto Richa queria que comissionados fiscalizassem convênios. TC proibiu

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A Resolução 28/2011 do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, que trata da celebração, execução e fiscalização das transferências de recursos financeiros às entidades públicas e privadas, trata do processo de acompanhamento e fiscalização para Estado e municípios. O seu artigo 6º, inc. V, e art. 21 estabelecem a obrigatoriedade de indicação de agente público integrante do quadro efetivo de pessoal da concedente dos recursos, para exercer as funções fiscalizatórias.

Mesmo assim o governo Beto Richa (PSDB) queria que servidores comissionados, sem concurso público, que não são efetivos, fizessem a fiscalização. Um absurdo. é como colocar o lobo para cuidar das galinhas, ainda mais porque Beto Richa escolhe a maioria dos comissionados por critérios de parentesco ou cabos eleitorais, e não por critérios técnicos.

O TCE-PR, em resposta a consulta formulada pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, escolhido por Beto Richa, fez Consulta ao TC e o relator, conselheiro Fernando Guimarães, reforçou a orientação sobre a impossibilidade da contratação de agente comissionado para exercer a fiscalização de recursos de transferências voluntárias, convênios e ajustes que envolvam recursos públicos, pelos entes concedentes.

O homem de confiança de Beto Richa queria que comissionados fizessem o serviço, já que sobram comissionados no governo e faltam servidores comissionados.

Beto Richa gastou todo o dinheiro com comissionados e agora não tem dinheiro para contratar concursados.

Guimarães só faltou citar Arnaldo César Coelho para dizer que “a regra é clara”, não deixando margem para outras interpretações. É muita cara de pau do governo estadual.

Serviço: Processo: nº 231033/12 – Tribunal Pleno, Acórdão: nº 3301/13, Assunto: Consulta, Entidade: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Interessado: Norberto Anacleto Ortigara, Relator: Conselheiro Fernando Augusto Mello Guimarães.

Debate sobre os Tribunais de Contas com Gerson Sicca e Diogo Ringenberg

No V Congresso Catarinense de Direito Administrativo, ocorrido no dia 09 de maio de 2013.

ObsCenas: quem são os culpados pelo Fábio Camargo no TC?

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Foto de Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

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Gov. Beto Richa participa da posse de novos Desembargadores do T

 

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Hoje protestos na frente do TC contra a posse de Fábio Camargo

Foto de Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

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Hoje às 15h haverá a posse do ex-deputado Fábio Camargo (ex-deputado estadual pelo PTB, ex-empresário, ex-advogado não praticante) como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná.

Ele foi escolhido por 27 excelentíssimos deputados estaduais em eleição na Assembleia Legislativa.

Vários protestos na frente do TC ocorrerão contra a posse de Fábio Camargo, mesmo com chuva e frio, da hora do almoço até a hora da posse.

Veja os eventos no Facebook:

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As imagens da vergonha na Assembleia Legislativa do Paraná

O deputado estadual Fábio Camargo (PTB) foi eleito nesta segunda-feira (15) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná na vaga aberta com a aposentadoria de Hermas Brandão. Ele teve 27 votos contra os 22 dados ao seu colega Plauto Miró Guimarães (DEM), 1º secretário da Mesa Executiva. Os dois deputados que disputavam o posto se abstiveram de votar. O advogado Tarso Cabral Violin recebeu dois votos e Paulo Drabik, um. Vários postulantes acompanharam a sessão nas tribunas de honra. Ao final, o povo se manifestou: “vergonha, vergonha!”

A derrota do Paraná

Foto de Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

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Celso Nascimento, hoje na Gazeta do Povo 

–Alô! É o papai? Ganhamos! Ganhamos, papai!

O hipotético telefonema que o deputado Fabio Camargo disparou para o principal gabinete do Tribunal de Justiça seria o retrato perfeito e acabado do que aconteceu ontem na Assembleia Legislativa, que o elegeu conselheiro do Tribunal de Contas. Ainda que tal ligação não tenha sido feita e ainda que a exultante informação nem precisasse ser transmitida, a comunicação entre ambos teria servido para selar a consagração de um projeto nascido em dezembro passado, quando o desembargador Clayton Camargo, o pai, foi alçado à presidência do TJ.

Antes mesmo da posse, o intrépido desembargador fez saber ao governador que queria ver o filho ocupando a cadeira que, meses depois, ficaria vaga em razão da aposentadoria do conselheiro Hermas Brandão. A partir daquele momento, iniciaram-se os movimentos precisos e coordenados que culminaram ontem com os 27 votos (mínimo necessário para o quórum de 52 votantes) que elegeram Fabio Camargo para o cargo.

Uma das primeiras providências foi tirar, silente e vagarosamente, o tapete sobre o qual trafegava a candidatura do deputado Plauto Miró Guimarães, deputado da base a quem o governador havia prometido levar para o TC. Ao mesmo tempo, como numa competição olímpica de nado sincronizado, seguiram-se gestos de boa-vontade entre Executivo e Judiciário – como foi o caso do decreto judiciário que permitia a transferência de depósitos judiciais para criado caixa único do governo estadual.

Uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), concordando com a ilegalidade arguida pela OAB-PR, suspendeu o decreto e, consequentemente, anulou a expectativa do governo de socorrer seu combalido caixa com o aporte calculado em R$ 2 bilhões que viria dos depósitos judiciais sob a guarda do TJ.

Essa pedra no meio do caminho, no entanto, não impediu que, na surdina de alguns gabinetes, graves conversas tenham sido travadas com vários deputados para convencê-los a “preferir” o nome do colega Fabio Camargo. Desse convencimento não escaparam nem mesmo alguns deputados da oposição, representada principalmente pela bancada do PT. Sem dúvida, o resultado da votação – 27 a 22 – demonstrou a eficácia da campanha, a menos que a maioria dos 52 eleitores tenha decidido seus votos apenas pela admiração que nutre pelos olhos azuis e louros cabelos do deputado vitorioso.

As galerias dos vencedores e perdedores

Na galeria dos vencedores ficam expostas os retratos de Fabio Camargo, do desembargador Clayton Camargo e do padrinho que, do Palácio Iguaçu, dizia “liberar” sua base para que votasse em quem quisesse, desde que, preferentemente, o fizesse em favor de Camargo; 27 obedeceram a orientação, 25 seguiram a própria consciência – três dos quais votando em candidatos não deputados.

A galeria dos derrotados, no entanto, é muito maior. Dela fazem parte, em lugar de destaque, o conjunto da Assembleia Legislativa, que se mostrou surda à voz das ruas e ao silêncio da maioria, que clama pela moralização da coisa pública, incluída aí a despolitização do Tribunal de Contas – conciliábulo de políticos e amigos onde se reúnem os encarregados de julgar as contas justamente de quem os elege e nomeia. Os gritos de “vergonha! vergonha!” que ecoaram das galerias foram apenas uma pequena medida da revolta das ruas.

Derrotado também o próprio Tribunal de Contas, que se vê outra vez desvalorizado por uma escolha inapropriada à sua natureza de órgão que necessária e absolutamente deveria ser técnico e politicamente isento. Perde o governador do estado, por enxergar apenas à mais curta e conveniente distância, tal como agiu, por exemplo, ao nomear secretário o antigo assessor Ezequias Moreira, o “homem da sogra”, dando-lhe posto e gabinete para abrigar-se do alcance imediato de uma condenação pela justiça.

E, sobretudo, perde o Paraná, obrigado mais uma vez a assistir impotente ao descompromisso de suas três principais instituições com o estado.

Editorial da Gazeta do Povo pede que deputados não votem em Fábio Camargo e Plauto Miró

Na Gazeta do Povo de hoje

Eleição no TC, chance de moralização

O novo conselheiro do Tribunal de Contas precisa ser escolhido por critérios técnicos, e não por conveniência política

Ocorre nos próximos dias a eleição de novo conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná para preencher a vaga aberta em maio, com a aposentadoria compulsória de um dos sete membros do colegiado. Na semana passada, foram sabatinados os 42 candidatos ao cargo – número recorde na história das “competições” por este cargo quase vitalício que, além da alta remuneração, garante aos seus ocupantes poder, status social e vantagens fora do alcance da maioria dos trabalhadores.

Dentre os candidatos, dois deputados (Plauto Miró e Fabio Camargo) são desde já considerados favoritos, pois a escolha é feita pelos membros da mesma corporação a que pertencem, a Assembleia Legislativa. E a tradição é inexorável: independentemente do número de candidatos, recai sempre sobre um de seus pares a preferência absoluta dos deputados-eleitores. Os próprios parlamentares já admitiram, sem pudores, que a disputa real se dará apenas entre Miró e Camargo, pouco se levando em consideração os demais candidatos – muito embora entre eles possam figurar pessoas que apresentem em escala maior e de modo inquestionável os atributos que a lei exige daqueles que pretendem se habilitar ao cargo de conselheiro, como notório saber e ilibada reputação. Mas, na prática, as exigências acabam servindo apenas para excluir os indesejados, e não para reprovar o colega que se pretende eleger.

Se Miró tem contra si o fato de não ter curso superior (o que, entretanto, não é impedimento para assumir o cargo), o candidato que realmente não apresenta as condições desejadas para o posto é Fabio Camargo. O simples fato de a OAB paranaense ter resolvido cassar seu registro profissional por falsidade ideológica (decisão da qual Camargo está recorrendo, com efeito suspensivo, no Conselho Federal da entidade) já mostra que não se pode esperar dele uma atuação correta caso chegue ao TC. Como confiar a prestação de contas do poder público à avaliação de alguém que não goza da confiança sequer de seus pares? Em seu voto no processo de cassação do registro de Camargo, que em 1999 pediu inscrição na OAB sem informar que exercia à época função incompatível com a advocacia (no caso, a de funcionário concursado do Tribunal de Justiça do Paraná, cedido à Secretaria de Estado do Esporte e Turismo), o conselheiro relator Oderci José Bega afirmou que as justificativas de Camargo – que alegou não ter agido de má fé – não se sustentavam, pois, como diz a Lei de Introdução ao Código Civil, “ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece”. “Ainda mais na situação do recorrente, bacharel em Direito”, acrescentou Bega, que em seu voto ainda solicita a averiguação da idoneidade moral de Camargo caso ele venha a solicitar novo registro na OAB.

Apenas esse fato já comprovaria que reputação ilibada não é algo de que Fabio Camargo goze. Infelizmente, na triste tradição política, “notório saber” e “reputação ilibada” são meras formalidades; a real exigência é que o deputado-candidato se comprometa em livrar os colegas que usam mal os recursos públicos. E assim caminha, historicamente, a renovação das sete cadeiras de conselheiro do Tribunal de Contas, um sistema favorecido pelas normas constitucionais que regulam as escolhas.

Entretanto, as ruas também começam a dar seu recado: não é conveniente que a fiscalização das contas públicas seja feita por “companheiros” politicamente comprometidos com os fiscalizados. Assim como juízes – e os conselheiros dos TCs o são – ética e moralmente muitas vezes se declaram sob suspeição para julgar causas que envolvam suas relações pessoais; assim como é comum também que as partes possam arguir a suspeição de seus julgadores, também a sociedade tem o direito de colocar sob suspeição os atos de julgamento das contas públicas pelos “companheiros” políticos de quem as prestam.

A eleição que se aproxima, então, oferece uma oportunidade ímpar aos deputados estaduais: a de finalmente abandonar o corporativismo e escolher alguém que realmente possua o notório saber e a reputação ilibada, entre os candidatos disponíveis – o que não exclui a priori a escolha de um político, desde que seja feita pelos critérios de moralidade que se espera dos representantes do povo. Se a função de um conselheiro é eminentemente técnica e se ligações políticas podem ser deletérias quando se trata de fiscalizar o bom e honesto emprego do dinheiro público, é necessário que o novo conselheiro do TC seja alguém escolhido por critérios técnicos, e não por conveniência política. É um bem que se faz quando se trata de combater a corrupção, um dos motivos que levaram o povo as ruas.

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Tribunal de Contas não será mais o mesmo

Do Cícero Cattani

O advogado, professor e blogueiro Tarso Cabral Violin teve o mérito de confrontar o corporatismo dos deputados na escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas. Pode até não ser o indicado – que é mais provável. Rompeu com com escolhas através de conchavos e métodos nenhum poucos éticos,  trouxe a público o debate e ensinou que tudo é possível desde que se vá à luta. O processo de escolha dos ocupantes futuros já não será pelos atuais critérios, com certeza. Violin postou sem seu blog o que seria um TC independente e criterioso. Vale a leitura. A escolha do novo conselheiro será às 17 horas, de segunda, através do voto secreto, Os favoritos são os deputados Plauto Miró e Fabio Camargo.

1. Transparência total no TCE-PR, com abertura de diálogo com os movimentos sociais e sociedade civil organizada;

2. Respeito aos pareceres técnicos dos servidores do TCE-PR;

3. Redução no número de servidores comissionados não concursados e exigência de justificativa para a escolha desses comissionados;

4. Maior fiscalização de terceirizações e privatizações ilícitas ou inconstitucionais realizadas pela Administração Pública estadual ou pelos municípios;

5. Maior fiscalização dos gastos com publicidade dos governos;

6. Discutir a criação do Controle Externo dos Tribunais de Contas, com a criação de órgão semelhante ao CNJ e CNMP ou com a previsão de que esses órgãos façam a fiscalização dos Tribunais de Contas;

7. Defesa da autonomia do Ministério Público de Contas;

8. Fiscalização prioritária das licitações e contratos administrativos, com a defesa da instituição de mecanismos inteligentes de fiscalização, como o mapeamento das compras do Poder Público e o perfil das empresas contratadas e de seus sócios;

9. Discussão sobre possível redução de gastos no âmbito do Conselho do TCE-PR, como aposentadorias, possíveis mordomias exageradas, etc.;

10. Discussão sobre como aprimorar a escolha dos Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas, como vitaliciedade ou mandato fixo, escolha por meio de concurso público ou da forma atual com melhorias democráticas, etc.

CUT-PR apoia candidatura popular para o Tribunal do Contas do Estado

Do PACTU

O Tribunal de Contas do Estado é o órgão encarregado de analisar as contas de outros órgãos públicos como Sanepar e Copel, deputados estaduais, municípios e governo do estado.

Cabe ao TCE verificar se os recursos destinados à saúde, educação, segurança e outros investimentos estão sendo corretamente empregados, se estão sendo desviado, entre outros.

É o TCE, por exemplo, que pode desaprovar as contas de um governante, proibindo sua nova candidatura. Portanto, o cargo de membro do Tribunal é de grande importância técnica e, também, política.

É de olho neste controle social que o advogado, professor e blogueiro Tarso Cabral Violin se tornou candidato. Seus principais adversários são dois deputados da base do governador Beto Richa, Fábio Camargo e Plauto Miró.

A Executiva Estadual da CUT-PR, em reunião realizada na segunda quinzena de junho, deliberou apoiar Tarso, como forma de se contrapor a eleição de políticos para o cargo de conselheiro, que exige conhecimento técnico específico e reputação ilibada.

Além da CUT-PR, vários membros do movimento social sindical e advogados com atuação no meio popular apoiam Tarso Cabral Violin na eleição para Conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, tendo assinado o manifesto em favor de sua candidatura.

Quem tem direito a voto são apenas os deputados estaduais e a RPC tem feito campanha contra a eleição de políticos de carreira para o TCE. Assista ao vídeo.

Fonte: Sismuc e Blog do Tarso

 

 

As minhas 10 propostas para o TC

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Além do Manifesto TARSO CABRAL VIOLIN Conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná que apoiadores juristas, magistrados, professores, advogados, membros do MP, sindicalistas, estudantes, blogueiros e militantes elaboraram e assinaram em meu apoio, divulgo dez propostas para o TCE/PR. Não necessariamente são realizáveis apenas pela figura do Conselheiro, mos o detentor desse cargo pode levantar discussões junto à presidência do TC e para auxílio nas mudanças legais e constitucionais necessárias. São elas:

1. Transparência total no TCE-PR, com abertura de diálogo com os movimentos sociais e sociedade civil organizada;

2. Respeito aos pareceres técnicos dos servidores do TCE-PR;

3. Redução no número de servidores comissionados não concursados e exigência de justificativa para a escolha desses comissionados;

4. Maior fiscalização de terceirizações e privatizações ilícitas ou inconstitucionais realizadas pela Administração Pública estadual ou pelos municípios;

5. Maior fiscalização dos gastos com publicidade dos governos;

6. Discutir a criação do Controle Externo dos Tribunais de Contas, com a criação de órgão semelhante ao CNJ e CNMP ou com a previsão de que esses órgãos façam a fiscalização dos Tribunais de Contas;

7. Defesa da autonomia do Ministério Público de Contas;

8. Fiscalização prioritária das licitações e contratos administrativos, com a defesa da instituição de mecanismos inteligentes de fiscalização, como o mapeamento das compras do Poder Público e o perfil das empresas contratadas e de seus sócios;

9. Discussão sobre possível redução de gastos no âmbito do Conselho do TCE-PR, como aposentadorias, possíveis mordomias exageradas, etc.;

10. Discussão sobre como aprimorar a escolha dos Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas, como vitaliciedade ou mandato fixo, escolha por meio de concurso público ou da forma atual com melhorias democráticas, etc.

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TC: um candidato da base popular

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Ouça a entrevista do candidato dos movimentos sociais e sindicais para o Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Tarso Cabral Violin, para o Sindicato dos Servidores Públicos de Curitiba – Sismuc, clique aqui.

Eleição do TC confirmada para segunda-feira, 17h, na AL

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A eleição para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná será realizada na segunda-feira (15), às 17 horas.

O quórum mínimo para o início da sessão de eleição é de 28 parlamentares. Para ser eleito, o candidato precisa ter a maioria dos votos dos deputados presentes, ou seja, 50% mais um. Caso nenhum candidato atinja a maioria, será realizado um segundo turno entre os dois candidatos mais votados. Se no segundo turno houver empate, vencerá o candidato mais idoso.

Grande manifestação marcada para o meio-dia de segunda-feira na frente da AL, contra a escolha dos dois deputados estaduais: Segunda-feira a “água vai ferver” na frente da Assembleia Legislativa.

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TC: AL decide que dois deputados têm idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos

Membros da Comissão Especial entrega relatório final ao presidente do Legislativo, deputado Valdir Rossoni. / Foto: Nani Gois/Alep (crédito obrigatório)

Membros da Comissão Especial entregam relatório final ao presidente do Legislativo, deputado Valdir Rossoni. Foto: Nani Gois/Alep

O deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, recebeu ontem (11) o relatório final da Comissão Especial criada para organizar o processo de escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas. Dos 45 candidatos inscritos, três desistiram de concorrer e dois foram eliminados por não apresentarem todos os documentos exigidos. Portanto, 40 candidatos estão habilitados a participar da eleição, dois deputados e 38 técnicos.

O candidato deputado Fábio Camargo (PTB) recebeu 3 impugnações, questionando sua idoneidade moral e reputação ilibada e seu notório conhecimento, mas seus termos foram negados e ele foi habilitado.

O deputado Plauto Miró (DEMO), que é agropecuarista e não tem formação universitária, foi considerado como alguém com notório conhecimento jurídico, contábil, econômico, financeiro ou de Administração Pública.

Veja o relatório final, clique aqui.

Segunda-feira a “água vai ferver” na frente da Assembleia Legislativa

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Na próxima segunda-feira (15), o movimento por um Tribunal de Contas do Paraná mais técnico fará um grande protesto contra somente critérios políticos e falta de transparência na eleição de conselheiro do TC. Será às 12h na frente da Assembleia Legislativa do Paraná.

Existem 38 candidatos técnicos e mais dois deputados, Fábio Camargo (PTB) e Plauto Miró (DEM). O movimento não quer que os deputados estaduais escolham os dois deputados na eleição que ocorrerá “escondidinha” na segunda-feira dia 15 ou na quarta-feira dia 17.

O nome do evento é “TCE-PR: Troque seu almoço por um Paraná melhor!”. Confirme participação no Facebook, apareça na segunda-feira e divulgue para os seus contatos.

Os dois deputados não têm notórios conhecimentos, estão sendo investigados pelo Ministério Público e há suspeita de inidoneidade moral de um deles. Além disso eles não podem votar em si mesmos. Alguns candidatos questionam a votação que será secreta. Muitos candidatos prometem acionar judicialmente a Assembleia se um dos dois candidatos for eleito.

O autor do Blog do Tarso, o advogado e professor universitário Tarso Cabral Violin é candidato, e é considerado como a alternativa mais viável aos dois deputados. Há um manifesto de apoio ao candidato assinado por juristas, professores, advogados, magistrados, membros do Ministério Público, sindicalistas, estudantes, blogueiros, ativistas e cidadãos.

O professor Tarso já tem dois votos garantidos e ainda pode ser votado por deputados do PMDB, PDT, PT, PV e demais partidos. É possível chegar ao segundo turno contra um dos deputados. Será vitorioso quem tiver 28 votos de deputados.

Se as bases dos deputados estaduais, a imprensa e os movimentos das ruas exigirem, poderá ocorrer uma reviravolta na eleição.

TC para o TC!

O controle externo da Administração Pública exercido pelos Tribunais de Contas

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A Administração Pública pode e deve ser controlada internamente e de forma externa. O controle externo do Poder Público deve ocorrer por meio do controle popular, do controle social, por meio da democracia participativa e direta. O Poder Executivo, o Poder Judiciário, o Poder Legislativo, o Ministério Público e os Tribunais de Contas também exercem o controle externo da Administração Pública.

O Poder Legislativo controla, fiscaliza a Administração Pública com o auxílio dos Tribunais de Contas. A Constituição Social e Democrática de Direito de 1988 deu tantos poderes e independência que considero os TCs como um quarto ou um quinto poder, junto com o Ministério Público.

Segundo os arts. 70 e 71 da Constituição os Tribunais de Contas devem fazer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e os aspectos do controle são amplos: legalidade, legitimidade e economicidade.

Qualquer pessoas física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, seja da Administração Pública ou não, que administre dinheiros, bens e valores públicos, são fiscalizadas pelos TCs, que tem competências de fiscalização financeira, de consulta, de informação, de julgamento, sancionatórias, corretivas, de ouvidor, e de contestador.

A fiscalização financeira se dá nos termos do art. 71, incs. III, IV, VI. O TCU e os demais TCs apreciam, para fins de registro, as contratações de servidores efetivos, as concessões de aposentadorias/pensões, realizam inspeções/auditorias na Administração Pública de todos os Poderes e fiscaliza o repasse de verbas mediante convênio aos Estados/Municípios.

Os TCs têm papel consultivo, nos termos dos arts. 71 I e 49 IX, e apreciam e emitem parecer prévio sobre as contas do Presidente, dos governadores do Estado. Quem julga as contas dessas autoridades é o parlamento.

Os TCs prestam informações ao Poder Legislativo sobre o resultado das suas fiscalizações, nos termos do art. 71, VII.

Realizam julgamentos, com poder de coisa julgada administrativa, pois os TCs não exercem função jurisdicional, mas sim administrativa. Sempre há possibilidade de revisão judicial de seus atos, se forem contrários ao ordenamento jurídico. Os TCs que fazem o julgamento das contas dos administradores públicos e demais fiscalizados (art. 71 II).

Os TCs aplicam sanções, quando fixadas em lei, como por exemplo multas (art. 71, VIII). Ver os art. 88 e seguintes da LC nº 113/2005, que trata do Tribunal de Contas do Paraná. Podem ser multas, inabilitação para cargo de comissão, proibição de contratar com o Poder Público, etc.

O TC tem também uma função corretiva, quando fixa prazos para providências sobre ilegalidades (art. 71, IX), quando susta, se não atendido, a execução do ato impugnado (71, X), devendo comunicar o Poder Legislativo. Isso para atos em geral, mas contratos apenas o Poder Legislativo tem esse poder, que se em 90 dias não o fizer, o TC pode decidir (§§ 1º 2º). Por exemplo, o art. 113, § 2º, Lei nº 8.666/93 (lei de licitações e contratos administrativos), prevê que o TC poderá solicitar exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia do edital de licitação já publicado, obrigando-se a Administração à adoção de medidas corretivas pertinentes que lhe forem determinadas.

As Cortes de Contas também exercem papel de ouvidor, quando recebem denúncia de irregularidades (art. 74, §§ 1º 2º). Por exemplo, segundo o § 1º do art. 113 da Lei nº 8.666/93, qualquer pessoa pode representar ao TC contra irregularidades na aplicação da Lei de Licitações.

O TC tem função contestadora, pois pode representar aos Poderes sobre irregularidades (art. 71, XI).

Os termos da CF aplica-se, no que couber, aos outros TCs estaduais e municipais. Sobre os municípios (art. 31), o Controle Externo do Município será exercido pela Câmara Municipal ou TCs do Estado ou do Município; o parecer prévio do TC das contas do Prefeito só deixarão de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara; e é vedada a criação de novos TCs municipais. Existem apenas o Tribunal de Contas Municipal em São Paulo e no Rio de Janeiro, e Tribunal de Contas dos Municípios nos estados da BA, CE, GO e PA.

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná é regido pela Constituição Federal, Constituição Estadual, Lei Orgânica do TCE/PR (Lei Complementar nº 113/2005) e Regimento Interno (Resolução nº 01/2006 e alterações).

Tarso Cabral Violin – advogado e professor de Direito Administrativo e de Controle da Administração Pública, autor do Blog do Tarso

Hoje grandes manifestações em Curitiba contra escolha dos dois deputados no TC

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Hoje a Central Única dos Trabalhadores do Paraná e demais centrais sindicais vão às ruas de Curitiba, no Dia Nacional de Lutas, para defender a pauta da classe trabalhadora. Haverá atos, paralisações, atrasos na abertura de agências bancárias e na entrada nas fábricas, e algumas categorias como rodoviários farão greve.

Na capital do Paraná haverá atividades paralelas durante a manhã e a tarde, a partir das 16h, um grande ato será realizado na Praça Rui Barbosa.

Além das pautas nacionais, um dos principais temas na mobilização é a eleição para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná. Os trabalhadores e quase toda a sociedade paranaense não querem que os dois deputados estaduais Fábio Camargo (PTB) ou Plauto Guimarães (DEM) sejam eleitos para o cargo de Conselheiro do TC.

Às 18h começa uma manifestação na frente da sede histórica da UFPR, na Praça Santos Andrade, contra a escolha dos deputados no TC, e às 19h começa um debate no Salão Nobre com os candidatos. O autor do Blog do Tarso, o advogado e professor universitário, Tarso Cabral Violin, participará do debate.

Serviço:

16h – manifestação na Praça Rui Barbosa

18h – manifestação na Praça Santos Andrade

19h – debate no Salão Nobre da UFPR

Deputado Ney Leprevost propôs voto em Tarso Cabral Violin

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O deputado estadual Ney Leprevost (PSD) propôs voto de louvor e congratulações ao advogado, professor universitário e blogueiro Tarso Cabral Violin, pela contribuição no debate de ideiais (clique aqui).

Leprevost é eleitor na disputa pelo cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná e Tarso é candidato. Quem sabe se os deputados decidirem não votar nos deputados Fábio Camargo (PTB) e Plauto Camargo (DEM), Ney decida votar no autor do Blog do Tarso?

O deputado Ney Leprevost declarou ao candidato Tarso que se dependesse da opinião pública e se o voto fosse aberto, o advogado seria eleito com tranquilidade.

A eleição ocorrerá na semana que vem até o dia 17.

Presidente da Assembleia Legislativa é contrário às candidaturas de Plauto Miró e Fábio Camargo

Após as várias manifestações nas ruas e na internet, de pressão de suas bases e verificaçao do ótimo nível de vários candidatos técnicos, os deputados estaduais do Paraná começam a desistir de eleger os deputados Fábio Camargo (PTB) ou Plauto Miró (DEM) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), sugeriu aos dois deputados candidatos que abandonem a disputa (veja o vídeo). Ele disse que quer que a Assembleia “saia dessa enrascada”.

Deputado Tadeu Veneri já havia dito que não votaria nos deputados.

A chance de vitória de um não-deputado está crescendo.

Amanhã tem debate entre os candidatos no Salão Nobre da UFPR, na Praça Santos Andrade, com início da mobilização às 18h e do debate às 19h.

Rossoni quer os dois deputados fora da disputa ao TC

Rossoni quer os dois deputados fora da disputa ao TC