Governo Beto Richa queria que comissionados fiscalizassem convênios. TC proibiu

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A Resolução 28/2011 do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, que trata da celebração, execução e fiscalização das transferências de recursos financeiros às entidades públicas e privadas, trata do processo de acompanhamento e fiscalização para Estado e municípios. O seu artigo 6º, inc. V, e art. 21 estabelecem a obrigatoriedade de indicação de agente público integrante do quadro efetivo de pessoal da concedente dos recursos, para exercer as funções fiscalizatórias.

Mesmo assim o governo Beto Richa (PSDB) queria que servidores comissionados, sem concurso público, que não são efetivos, fizessem a fiscalização. Um absurdo. é como colocar o lobo para cuidar das galinhas, ainda mais porque Beto Richa escolhe a maioria dos comissionados por critérios de parentesco ou cabos eleitorais, e não por critérios técnicos.

O TCE-PR, em resposta a consulta formulada pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, escolhido por Beto Richa, fez Consulta ao TC e o relator, conselheiro Fernando Guimarães, reforçou a orientação sobre a impossibilidade da contratação de agente comissionado para exercer a fiscalização de recursos de transferências voluntárias, convênios e ajustes que envolvam recursos públicos, pelos entes concedentes.

O homem de confiança de Beto Richa queria que comissionados fizessem o serviço, já que sobram comissionados no governo e faltam servidores comissionados.

Beto Richa gastou todo o dinheiro com comissionados e agora não tem dinheiro para contratar concursados.

Guimarães só faltou citar Arnaldo César Coelho para dizer que “a regra é clara”, não deixando margem para outras interpretações. É muita cara de pau do governo estadual.

Serviço: Processo: nº 231033/12 – Tribunal Pleno, Acórdão: nº 3301/13, Assunto: Consulta, Entidade: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Interessado: Norberto Anacleto Ortigara, Relator: Conselheiro Fernando Augusto Mello Guimarães.

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Depoimento de João Bonifácio Cabral Júnior na Comissão da Verdade na UFPR

Audiência pública da Comissão Nacional da Verdade em Curitiba, na Universidade Federal do Paraná, a primeira no Sul do país. Foram ouvidos testemunhos de sobreviventes da repressão sobre episódios que ocorreram em áreas urbanas e rurais do estado. As mais conhecidas são a Operação Marumbi; a prisão dos estudantes na Chácara do Alemão; a Guerra de Porecatu; e o Massacre de Medianeira, ligado à Operação Condor.

Depoimento do advogado e ex-Diretor Jurídico da Itaipú Binacional, João Bonifácio Cabral Júnior, militante estudantil entre 1968 e 1969. Foi preso na Prisão do Aú. Fala do caso da prisão de estudantes na Chácara do Alemão e o apoio que teve do Prof. José Lamartine Corrêa de Oliveira.

Fim de concursos públicos e dos direitos trabalhistas são algumas das consequências do PL 4330 segundo especialistas

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Jurista e economista avaliam consequências em caso de aprovação do projeto de lei das terceirizações no Brasil

Por Gibran Mendes da CUT-PR

Concursos públicos escassos, reajustes salariais quase inexistentes, organização de trabalho enfraquecida e o fim das garantias dadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) aos trabalhadores. Estas são algumas das consequências apontadas por especialistas caso o Projeto de Lei 4.330, que escancara as terceirizações no Brasil, seja aprovado pelo Congresso Nacional.

Como pano de fundo, o projeto pretende aumentar a competitividade brasileira após a reestruturação da cadeia de produção que teve início nos anos 1980, quando ocorreu a transferência da produção do centro do capitalismo para a sua periferia. Os produtos deixaram de ser produzidos em países como Estados Unidos, Japão e na Europa com rumo à América Latina e Ásia, dando preferência para locais onde não há retaguarda jurídica e de sustentação para direitos da classe trabalhadora.

“Isso é para equalizar nossa força de trabalho com a China, Taiwan, Índia e África e competirmos no mercado internacional com mercadorias mais baratas”, explica o professor Lafaiete Neves, doutor em desenvolvimento econômico pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Eles não tem uma legislação do trabalho, tanto é que agora a China tenta organizar esta estrutura, inclusive sindical, que não existia. O mesmo se dá nos países do capitalismo dependente subdesenvolvido”, completa Neves.

Para o advogado e professor universitário Nasser Allan, terceirização é sinônimo de precarização. “Terceirização para que? Significa degradação do trabalho, porque ela só é vantajosa se houver economia para quem o trabalho. Contratar uma empresa terceirizada para que? Para ter redução do custo de mão de obra. Ela se pauta na precarização das condições de trabalho, só compensa se for assim”, sentencia o jurista. Continuar lendo

Ministros do TST condenam PL 4.330 que prevê terceirização de atividades-fim

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Brasília, 27 de agosto de 2013

Excelentíssimo Senhor deputado Décio Lima

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

A sociedade civil, por meio de suas instituições, e os órgãos e instituições do Estado, especializados no exame das questões e matérias trabalhistas, foram chamados a opinar sobre o Projeto de Lei nº 4.330/2004, que trata da terceirização no Direito brasileiro.

Em vista desse chamamento, os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho, infra-assinados, com a experiência de várias décadas na análise de milhares de processos relativos à terceirização trabalhista, vêm, respeitosamente, apresentar suas ponderações acerca do referido Projeto de Lei: Continuar lendo

Entrevista com Palmério Dória, autor do livro “O Princípe da Privataria”, sobre a compra de votos para a reeleição de FHC

Entrevista no programa Contraponto com o jornalista e famoso tuiteiro Palmério Dória, autor do livro “O Princípe da Privataria”, sobre a história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ganhou sua reeleição. O programa é uma parceria do Sindicato dos Bancários com o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

O Contraponto vai ao ar, ao vivo, todas as primeiras segundas-feiras do mês, pelo site do Sindicato, rede Brasil Atual e blogues alternativos.