Mujica, Kirchner, Lula e Dilma em encontro nacional de blogueiros em BH

Captura de Tela 2016-01-29 às 23.36.55

O 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais #5BlogProg ocorrerá entre os dias 20 e 22 de maio de 2016 em Belo Horizonte, capital das Minas Gerais, para mais de mil pessoas, com o intuito de debater a Democracia, a liberdade de expressão e a democratização da mídia.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) fará a abertura do evento no dia 20 (sexta-feira), pela noite, com posterior debate sobre as iniciativas para democratizar a comunicação entre os ministros Edinho Silva (Comunicação Social), André Figueiredo (Comunicações) e Juca Ferreira (Cultura).

No sábado, dia 21, pela manhã ocorrerá uma mesa sobre a democracia na América Latina com os ex-presidentes Pepe Mujica (Uruguai), Cristina Kirchner (Argentina) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil).

Pela tarde existirão rodas de conversas com todos os participantes para trocas de experiências entre blogueiros, com a participação de Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Rodrigo Vianna, Paulo Moreira Leite, Cynara Menezes, Hildegard Angel, Renato Rovai, Eduardo Guimarães,  Paulo Nogueira, Conceição Oliveira, Maria Ines Nassif, Fernando Brito, Miguel do Rosário, Leandro Fortes, Tereza Cruvinel, Marcos Weissemer, Elaine Tavares, Tarso Cabral Violin (autor do Blog do Tarso e presidente da ParanáBlogs), entre outros blogueiros e ativistas digitais do Paraná, do Brasil e do mundo.

No dia 22 pela manhã será aprovada a Carta de Belo Horizonte e eleita a nova Comissão Nacional de Blogueiros.

Será organizado um grupo de ativistas digitais do Paraná, inclusive com um ônibus especial para o evento. Se você tem interesse, clique aqui.

O evento será realizado pela Comissão Nacional de Blogueiros, pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, pelos blogueiros progressistas e dezenas de ativistas digitais de todo o país. Contará com o apoio da Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs, do Blogoosfero, de centrais sindicais e estudantis, movimentos sociais, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC, entidades de jornalistas, entre outras

O primeiro encontro nacional de blogueiros ocorreu em 2010 em São Paulo, o segundo em 2011 em Brasília, o terceiro em 2012 em Salvador, o quarto em 2014 em São Paulo, sempre com a participação de blogueiros e ativistas digitais do Paraná.

a-presidente-dilma-rousseff-a-presidente-da-argentina-cristina-kirchner-e-o-presidente-do-uruguai-jose-mujica

Publicidade

Entrevista de Lula com os blogueiros progressistas

lulablogueiros

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) participou de um café da manhã com blogueiros na manhã desta quarta-feira (20), em São Paulo, na sede de seu Instituto. Ao longo de cerca de três horas, Lula falou sobre combate à corrupção, a situação econômica do país e suas sugestões para superar a crise, o momento político da presidenta Dilma e do PT, entre outros temas.

Participaram do encontro, que foi transmitido ao vivo pela internet, Altamiro Borges (Blog do Miro), Breno Altman (do Opera Mundi), Conceição Lemes (Viomundo), Conceição Oliveira (Maria Frô), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Gisele Federicce Francisco (Brasil 247), Joaquim Palhares (Agência Carta Maior), Kiko Nogueira (Diário do Centro do Mundo), Laura Capriglione (Jornalistas Livres), Miguel do Rosário (O Cafezinho), Renato Rovai (Revista Fórum).

Veja, abaixo, a íntegra do café da manhã em vídeo, e leia trechos da fala de Lula durante a coletiva.

Acusações e combate à corrupção
“Existe uma tese de que há uma quadrilha que foi montada [nos governos petistas] para roubar a Petrobras. É uma tese. Mas é engraçado que todos os funcionários envolvidos, são funcionários de carreira com mais de 30 anos de casa. Quando eles foram nomeados, não houve denúncia de nenhum trabalhador. Não houve denúncia de nenhum diretor.

Algum dia o Brasil vai reconhecer que esse processo de combate à corrupção só existe porque criamos as condições para isso. A Dilma será reconhecida e enaltecida neste país pelo que ela criou de condições para permitir que neste país todos saibam que tem de andar na linha, e se não andar na linha será punido, do mais humilde ao brasileiro de mais alto escalão.

Não tem neste país uma viva alma mais honesta do que eu, nem delegado, nem promotor do Ministério Público, nem empresário, nem na Igreja. Pode ter igual, isso sim. Aprendi com uma senhora analfabeta, que me disse: ‘meu filho, se você for honesto, poderá andar de cabeça erguida’.

Impera a tese de que não importa o que vão dizer os juízes, porque mesmo que a justiça absolva, o sujeito já está condenado pela imprensa. Quem é culpado tem de ser preso, mas, para isso, precisa ser julgado. Está na hora da sociedade brasileira acordar e exigir mais democracia, mais respeito pelos direitos humanos e mais fortalecimento das instituições.”

A perseguição ao PT e a Dilma
“Buscamos o objetivo de não permitir que ninguém neste país destrua o projeto de inclusão social que começamos a fazer a partir de janeiro de 2003. O que incomoda é isso. Pode dizer que não, mas desde o tempo do Império Romano a elite não gostava quem se aproximava do povo. Mas ninguém vai destruir este projeto. O povo aprendeu a conquistar coisas, aprendeu que pobre pode fazer universidade, que pode comer carne, que pode viajar de avião, e que pobre não nasceu pobre, ficou pobre por conta do sistema econômico deste país. Isso está em jogo, e os democratas não podem se conformar com essa tentativa de golpe explícito que tenta aplicar falando em impeachment da Dilma.

A democracia é séria, não se brinca com a democracia. Eles tentam destruir a democracia negando a política. Por isso eu vou fazer mais política, vou participar ativamente do processo eleitoral. Tem gente que acha que o PT acabou, e vocês vão ver. Eu acho que o Haddad vai ser reeleito em São Paulo, só pra falar a maior cidade.”

Processos contra caluniadores
“Eu comecei a processar, diferente do que eu fazia antes, porque diziam que não adiantava nada. Aí fui a uma audiência, onde processamos jornalistas do Globo… e comecei a processar porque o dono do jornal se livra botando a culpa no jornalista, então comecei a processar para ver se retomamos a dignidade profissional da categoria.

Nesse processo que fui, no Rio de Janeiro, quando o juiz fazia uma pergunta, o cara falava: “tem a fonte, não posso falar”. E eu pergunto: venho aqui, fico nu diante da Justiça, e vem um cidadão que diz: “olha, não posso falar, é segredo de fonte”. Assim é desproporcional. Não dá para ser assim.

A desfaçatez é tamanha… O que se faz com o meu filho Fabio é uma violência. Ontem mesmo fiquei sabendo de um lutador dessa luta que eu não gosto falando que meu filho tem um iate de 80 pés em Angra… como um cidadão tem a desfaçatez de mentir?

A gente começou a abrir processo agora, porque não interessava. Mas acho que tem que processar. Quando cheguei ao governo, a Fenaj apresentou um projeto para criar um tipo de OAB dos jornalistas. E o pessoal analisou, deu entrada, e quando chegou ao Congresso Nacional, foi um cacete que nem a Fenaj defendeu. Os jornalistas atacaram, reclamaram, e eu pensei: se nem o jornalista quer, tiramos o projeto.

Antigamente os jornais tinham dono, e você falava com o dono e tentava resolover alguma coisa. Hoje você tem executivo preposto. Não resolve mais nada.

A politização chegou a tal ordem… e eu admito a politização. Que eles peçam o voto que quiserem nos editoriais. O que não admito é mentira na informação. Daqui pra frente vou processar. Tem muitos, e vai ter cada vez mais. Eu não gostaria que fosse assim.

Há um abuso, uma falta de respeito com a Dilma. Achei que ela seria mais bem tratada por ser mulher, mas não tem isso. É uma coisa de pele. Se você não tem a minha pele, não te aceito no meu clube.

As pessoas podem não gostar do PT, sem problemas, mas se elas não reconhecerem o que seria este país sem o PT… Um homem sério ou uma mulher séria não pode admitir a execração das pessoas.”
Campanha em 2014 e ajuste fiscal em 2015
“O cidadão não pode gastar mais do que ganha. Se você quer ter uma capacidade de endividamento, tem que ser uma que dá para pagar. Acho que todos nós fazemos assim. Agora, a verdade é que a Dilma, no primeiro mandato, teve um mandato muito exitoso. Os problemas começaram quando a Dilma preocupada em prevenir a redução do crescimento, e ela não queria de jeito nenhum reduzir os programas sociais, ela fez um forte subsídio. E uma forte política de isenções que chegou a quase R$ 500 bilhões nos últimos anos.

Quando você faz subsídios e a economia não consegue se recuperar, você começa a arrecadar menos. E aí precisa fazer um corte. E para isso, precisa escolher o que é prioritário para a sociedade, no caso, a geração de emprego, o investimento nas universidades.

Ora, houve um equívoco político já reconhecido pela presidenta. Foi a gente ganhar as eleições com um discurso, com apoio do povo da PUC e da Zona Leste, de artistas, de gente que acreditou e foi para a rua defender um projeto de inclusão social, acreditando que é possível fazer um processo mais forte de democratização da mídia brasileira, de diversificação da cultura. Foi para isso que as pessoas foram para as ruas.

E a Dilma dizia que ajuste era coisa de tucano, não coisa dela, mas depois foi obrigada a fazer. E como estava num processo de diálogo com o movimento sindical e só anunciou em dezembro… criou um mal estar. Ela sabe disso. Agora, o que nós estamos vendo: se em algum momento se acreditou que fazendo discurso para o mercado a gente ia melhorar, o que a gente percebeu é que não conseguimos ganhar uma pessoa do mercado. Nem o Levy, que era representante do mercado no ministério da fazenda, não virou governo. Não ganhamos ninguém e perdemos a nossa gente. Então o desafio da Dilma, agora, e eu peço a Deus que a ilumine muito, o ministro Nelson Barbosa e todo o governo, é que em algum momento neste mês vão precisar anunciar alguma coisa para a sociedade brasileira. Então o Levy saiu, e o que vai mudar?

Uma forma de aumentar a capacidade de arrecadação do estado brasileiro é aumentar imposto, e está difícil no Congresso. A outra, é o crescimento econômico. A Dilma tem de ter como obsessão a retomada do crescimento e do emprego. Não é fácil, mas é a tarefa política.

Você precisa escolher o que fazer, com investimento público. Se o governo não está pondo dinheiro, porque o empresário vai por? O governo precisa tomar a iniciativa. Precisamos de uma forte política de financiamento, temos muitas obras inconclusas que precisam ser terminadas. A Dilma lançou o PIL, que é um programa de investimento em logística. E tem muita coisa por fazer.

Não existe nada mais edificante para um ser humano do que ser capaz de prover seu próprio sustento. O jovem está ansioso para trabalhar. O emprego precisa ser uma obsessão para nós.”

Recuperação da economia
“Nós estamos arrecadando pouco, e portanto não temos capacidade de investimento para induzir. Você não está fazendo as concessões de portos e aeroportos, e é importante fazer. O que a gente percebe é que tá faltando crédito, financiamento. Penso que apresidenta e o Barbosa precisam pensar, não sei pra quando, uma forte política de crédito para investimento e para consumo.

Em 2008, na época da crise, colocamos R$ 100 bilhões do Tesouro para financiar o desenvolvimento. Na primeira levada que colocamos, os bancos privados não criaram crédito a partir dos títulos do tesouro. Então fomos com os bancos públicos, compramos o Banco Votorantim para financiar carro, o Bradesco tinha parado de financiar motocicleta e nós fizemos o financiamento para motocicleta nos bancos públicos.

Nós temos 14 milhões de micro empresas e MEI, e que precisamos financiar, financiar a cadeia produtiva, por exemplo. Isso tem de ser feito com mais rapidez. Tem de ter uma política de financiamento de infraestrutura com mais rapidez, e o consumo. Se não tem consumo, ninguém investe. Poderia se tentar ver como está o crédito consignado e fazer uma forte política de crédito consignado, acertado com o movimento sindical e os empresários.

Se a gente fizer tudo isso, a gente faz a roda da economia girar. Aí o governo vai arrecadar mais, e ter mais capacidade de investimento.

O pessoal fala muito de dívida pública no Brasil… Depois de 2007, a dívida pública norte-americana foi de 74% para 105%; o Obama endividou o país, mas para fazer a economia girar. Você cria um ativo que vai dar retorno e vai te ajudar a arrecadar mais. Agora falam da nossa dívida, ela cresceu porque o PIB caiu. Se o PIB crescer, ela cai.

Então o jeito da gente consertar a economia, na minha opinião, é fazer a economia crescer. A Grécia começou com uma crise que 30 bilhões resolviam, mas depois de 10 anos de discussão, chegou a uma situação que 200 bilhões não resolviam.

Infraestrutura é central, não apenas ferrovias, mas muitas coisas que você precisa investir. Eu se fosse a Dilma, fazia como os russos: chamava a China e pactuava um grande projeto de investimentos e dava como garantia o petróleo. Eles precisam e nós temos. Uma crise cria a oportunidade que você faça tudo que não dá para fazer na normalidade”.

A turma do ‘quanto pior, melhor’
“O povo brasileiro precisa repudiar, veementemente, todas as pessoas que trabalham para atrapalhar o desempenho do Brasil. Quando alguém trabalha para impedir que o que o governo faz não dê certo, quem sofre na pele é o povo mais necessitado deste país. Quando as pessoas tiraram a CPMF achando que iam me prejudicar, eu não fui prejudicado. Mas o povo brasileiro foi. Quem precisa da saúde pública é o povo mais humilde.

Então quando as pessoas tentam prejudicar a Dilma, estão retardando o avanço social do povo brasileiro. Teve até um que disse outro dia que ia tirar R$ 10 bilhões do Bolsa Família.

A Dilma precisa conversar mais com a sociedade, organizar os partidos, assumir compromissos de seus aliados, porque… política é assim. Se tem uma coisa que o Congresso Nacional adora, e qualquer parlamento do mundo, é presidente fraco. Quando ele forte, o presidente faz muita coisa e eles não podem contestar. Veja o papel do Eduardo Cunha. Ele se presta a criar uma pauta bomba todo dia, sem se importar se tem algo pra votar que tenha importância para o país; não de importância para a Dilma, mas para o país.

Mas precisa, pelo amor de Deus, com a base aliada, pactuar que a minoria não paralise este país. O governo foi eleito para governar, e não pode permitir que a minoria, que a pauta negativa, paralise o país. O Jaques Wagner tem muita expertise política e vai trabalhar, com o Berzoini, para que a gente aprove o que for necessário para que a economia volte a crescer.”

A volta por cima do PT
“O PT errou, cometeu práticas que condenávamos. E o PT não nasceu para ser igual aos outros, nasceu para mudar a lógica dos partidos tradicionais. Mas uma coisa é o PT quando a gente dizia: “sua vez, sua voz”, o PT que fazia campanha vendendo macacão, estrela, bandeira… na medida que a família começa a crescer e o partido entra nas instituições e na briga institucional, o partido mudou. Lembro de um tempo que a gente sentava aqui na direção nacional e fechava política de alianças nacional. Mas aí o partido vai crescendo e começa aliança ora com um, ora com outro, aí precisa de dinheiro pra campanha, as campanhas de TV ficam cada vez mais caras, parecendo filme de Hollywood e, de repente, o PT ficou parecido a todos os outros. E isso levou a posturas equivocadas.

Agora, você conhece algum deputado deste país que vendeu seu patrimônio para ser deputado? O que acho grave é que todos os partidos pegaram dinheiro das mesmas fontes. Os empresários são os mesmos para todos os partidos, e só com o PT é crime? Por isso, sou favorável ao financiamento público de campanha.

As pessoas falam do PT e não conhecem o PT. Em 1989, eu tava pra desistir de ser candidato. Eu estava chegando a Balbina, no Amazonas, quando o Kotscho me trouxe um Estadão com o Ibope: “Lula cai de 3% para 2,75%”. E eu pensei em desistir, porque senão ia terminar a eleição devendo pro Ibope. Mas quando chego lá em Balbina, encontro 100 pessoas, crianças, famílias, com bandeirinha do PT esperando para nos ouvir. As pessoas pegavam dois dias de canoa, trazendo frango e farinha pra comer e vender, só pra ver o PT, então eu não podia desistir. Eu não tenho o direito de desistir. Esse partido é muito grande, não pode ser abandonado porque uma pessoa cometeu um erro.

Não é questão de voltar às origens, porque não podemos voltar a ser quem fomos. Mas voltar a ter os mesmos compromissos e práticas daquela época. Os erros não devem servir para execrar o PT, mas para nos ajudar a consertá-lo. Pode ficar certo: o PT vai ressurgir como fênix. Vai ressurgir das cinzas muito mais forte. Fecha os olhos trinta segundos e imagine o que este país seria sem o PT, o que seria a política deste país sem o PT. Eu não vou deixar, eu vou motivar nossos companheiros. Então, uni-vos petistas! Em torno da causa nobre da democracia e da inclusão social!”

Movimentos sociais são críticos demais?
“Eu nasci na política no movimento social. O legado que eu consegui construir neste país se deve muito à participação do movimento social, nos bons e nos maus momentos. Porque o movimento social tem uma característica: eles pedem menos que qualquer adversário e ajudam muito mais que qualquer adversário atendido. Sinto muito orgulho de ter estabelecido a melhor relação entre Estado e sociedade e movimento social neste país.

Às vezes, enche o saco, a gente não gosta… mas Deus há de fazer com que esse movimento continue cobrando do governo. Se o movimento não cobra do governo, o governo acha que tá tudo certinho. Eu prefiro o movimento cobrando e reivindicando que movimento social passivo. Eu tenho o mais profundo respeito e acho que a Dilma tem o mais profundo respeito. Com a diferença que eu vim dele, seja no sindicato, seja na igreja progressista, eu venho deles.”

Quem está mais à esquerda: Lula ou Dilma?
“A Dilma é muito mais à esquerda que eu. Ela tem uma formação ideológica mais consolidada. Eu sou um liberal… Veja, eu, na verdade, o que eu acho, eu sou um cidadão muito pragmático e muito realista entre aquilo que eu sonho e aquilo que é a política real.

Se um partido ganhasse as eleições sozinho, elegesse todo mundo, ia ser uma desgraça. Ia ter corrupção pra caramba. O ideal é ter as maiorias, mas não tendo forças, não tendo aliados de esquerda, você faz uma composição. E você faz com quem quer te apoiar. O PT negou muitos apoios. Quando fui presidente da República, eu tinha consciência de que eu era um estranho no ninho. Aquilo não foi feito para um operário chegar lá. O Congresso não tinha nem banheiro feminino.

Eu hoje acho que sou mais à esquerda do que eu era. Eu tenho lido mais, eu tenho visto que mesmo fazendo o que nós fizemos por este país, ganhando o dinheiro que ganharam em nosso governo, eles ainda não nos aceitam. Há um preconceito, que não sei se é de classe, mas é visível. E eu tento tratar isso democraticamente.

Os de cima não aceitam sequer um novo rico; se não for do meio deles, tá fora. Então te confesso que eu tenho uma coisa na minha vida que é minha coerência política. Um discurso de 1989 e um de 2009, tem coerência. O Lula nunca mudou de lado. Eu sei de onde eu vim. Fui presidente da República e voltei para o mesmo lugarzinho.”

Lei Antiterrorismo
“Eu sou contra a lei antiterrorismo. É uma loucura a gente fazer uma lei por conta dos black blocs. Este país não tem tradição de terrorismo. Nós fizemos os jogos Pan Americanos e não aconteceu absolutamente nada. Vamos fazer as olimpíadas e com o sistema de segurança que está sendo feito, não vai acontecer nada. Vamos envolver o povo brasileiro, com a quantidade de pessoas por aí que querem ser voluntárias. Não vamos trazer para cá um problema da França, americano ou do Oriente Médio. Somos outra nação.”

Richa acusa Tarso de ter bebido com Lula

10313039_10201344771294779_2910827583299292303_n

Tarso tirou foto com Lula no 4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, em 2014, em São Paulo

 

Não, não é manchete do Sensacionalista.

Perguntado por Fernando Rodrigues (UOL) sobre o pedido de Impeachment que o advogado e professor universitário, Tarso Cabral Violin, vai protocolar contra ele, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) disse que Tarso tem foto com o Lula, e “até parece embriagado”.

Um advogado, Tarso Cabral Violin, anunciou que vai protocolar um pedido de impeachment do sr. por causa do confronto de abril. Como o sr. reage a esse tipo de iniciativa?

Não reconheço a autoridade moral desse sujeito. Vou te mostrar a foto dele abraçado com o Lula, até parece embriagado. Esse sujeito montou um blog para me perseguir há algum tempo. É um petista de carteirinha. Foi diretor da Celepar [Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná] no governo Roberto Requião [PMDB]. Não reconheço a autoridade moral desse sujeito para falar qualquer coisa a meu respeito.”

O autor do Blog do Tarso informa que nunca escondeu que tem um Blog, que tem orgulho de ter sido Diretor Jurídico da Celepar durante o governo Requião, quando a Celepar se organizou e incentivou o software livre, e que infelizmente nunca bebeu com Lula, mas apenas tem várias fotos com quem ele considera ter sido o melhor presidente do Brasil de todos os tempos.

Informa também que nunca bebeu com o Doutor Sócrates, com o Che Guevara, com a Frida Kahlo, com o Leonel Brizola, com o Chico Buarque, com a Dilma Rousseff, com o Roberto Requião e nem com a Elis Regina.

Datafolha: Lula foi o melhor presidente do Brasil de todos os tempos

Lula acertou ao não extraditar Cesare Battisti

Pesquisa Datafolha realizada na sexta-feira (10) aponta que o povo brasileiro entende que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) foi o melhor presidente do Brasil de todos os tempos.

Depois vem FHC (PSDB) em segundo com apenas 15%, Getúlio Vargas (PTB) 6%, Juscelino Kubitschek (PSD) 3%, Dilma Rousseff (PT) 2% e José Sarney (PMDB) 2%.

Note-se que a Folha de S. Paulo é conhecida por ser defensora do PSDB paulista.

O Datafolha ouviu 2.834 pessoas com margem de erro de dois pontos.

Captura de Tela 2015-04-11 às 19.20.01

Lula e os movimentos sociais participam amanhã de plenárias em defesa da Democracia

lula_participa_ato_trabalhadores_cnv1

Movimentos sociais realizarão amanhã (31 de março), plenárias em todo o Brasil para discutir a luta pelo fortalecimento da democracia, em defesa da Petrobras, dos direitos da classe trabalhadora, contra o retrocesso – político, econômico, social e trabalhista -, pela implementação do projeto de desenvolvimento econômico com justiça e inclusão social.

Em defesa das reformas populares política, agrária, urbana, tributária e da comunicação para avançar no projeto democrático e popular.

Amanhã fará 51 anos que ocorreu o golpe militar de 1964, o que gerou mais de 20 anos de ditadura militar no Brasil (há debate se o golpe foi dia 31 de março ou no dia da mentira, 1º de abril).

O Blog do Tarso faz campanha para que a principal bandeira nos próximos dias seja contra a corrupção pelo fim do financiamento empresarial nas campanhas eleitorais.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar em São Paulo do Dia Nacional de Mobilização, cujo slogan é “Democracia sempre mais, ditadura nunca mais”. Na capital de São Paulo o ato começa às 18h, na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro (Rua Tabatinguera, 192).

A plenária promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros movimentos populares do campo e da cidade, da juventude, feministas e de combate ao racismo servirá para convocar e preparar duas grandes mobilizações de rua que acontecerão nos dias 7 de abril e 1º de maio, Dia do Trabalhador, em todo país.

No Paraná está em pauta a preparação do #DevolveGilmar no 02 de abril e do Dia Nacional de Lutas no 07 abril. Será dia 31 de março, 14h, no Sintracon (Trajano Reis, 538 – São Francisco – Curitiba). Confirme, convide e compartilhe o evento no Facebook http://goo.gl/I3bDrc.

O Blog do Tarso e a Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs estarão lá.

 

 

Lula, Dilma e o PT erraram

Dilma-Lula-posse

Alguém tinha alguma dúvida de que a elite branca brasileira conseguiria reunir muitas pessoas hoje nas ruas contra a presidenta Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores?

Por mais que menos de 1% dos brasileiros tenham saído às ruas, o grande capital venceu uma batalha nesse dia 15 de março de 2015.

Com o apoio da velha mídia, que divulgou há semanas maciçamente as manifestações e chamou os brasileiros às ruas desde a manhã do domingo, empresários milionários, movimentos golpistas de direita e políticos de oposição conseguiram chamar a atenção dos demais 99% dos brasileiros que não saíram às ruas.

Além de algumas privatizações e concessões ao mercado financeiro nacional e internacional, uma das grandes falhas dos presidentes Lula e Dilma e do PT foi de não terem feito a democratização da mídia quando podiam.

Outra falha grave foi a de alguns dirigentes do Partido que se distanciaram do povo, dos movimentos sociais e dos militantes da base do PT, não discutiram política nos últimos 12 anos e se encastelaram nas instâncias superiores do PT e do Poder Público Federal.

Não é uma crítica aos mais de 95% dos membros do Partido dos Trabalhadores, mas sim a alguns dirigentes que pensaram mais em seus projetos pessoais e não fizeram o que deveria ser feito.

É claro que sabemos que em uma Democracia que assume a chefia do Poder Executivo não tem todo o poder para mudar o Brasil para melhor. Longe disso. Temos um Congresso Nacional, ainda bem. Temos o poderio do grande capital que domina a mídia, a cabeça dos brasileiros, os burocratas e agentes políticos. Mas é possível que o governo federal faça avanços gradativos, sem retrocessos.

É claro que politicamente Lula errou bem menos do que Dilma, pois é um dos maiores políticos e foi o maior presidente do Brasil de todos os tempos. Mas ainda é possível que a presidenta dê uma volta por cima, não faça tantas concessões ao capital internacional, faça a reforma política popular por meio de lei a ser aprovada no Congresso e a democratização dos meios de comunicação e não deixe que o projeto neoliberal-entreguista vença as eleições em 2018.

O Brasil e as urnas

A vitória de Dilma Rousseff neste segundo turno encerra a mais longa e mais renhida disputa eleitoral da nossa história moderna

A vitória de Dilma Rousseff neste segundo turno encerra a mais longa e mais renhida disputa eleitoral da nossa história moderna. Foto de Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Quem queria tirar Dilma Rousseff do poder, sepultar Lula e varrer o PT do mapa sofreu uma derrota vexaminosa

por Marcos Coimbra na Carta Capital

A vitória de Dilma Rousseff neste segundo turno encerra a mais longa e mais renhida disputa eleitoral da nossa história moderna

A bela vitória de Dilma Rousseff no domingo 26 encerra a mais longa e mais renhida disputa eleitoral de nossa história moderna. Estivemos a vivê-la nos últimos três anos. Logo após a curta fase de lua de mel com a presidenta, que mal chegou ao fim de 2011, nada aconteceu na política brasileira sem ter relação com a eleição concluída agora.

As oposições nunca perdoaram a ousadia de Lula em lançar Dilma como sua candidata à sucessão. Tinham certeza de que a derrotariam, apesar de conhecerem a popularidade do ex-presidente. Com a empáfia de sempre, julgavam que qualquer um dos nomes de seus quadros era melhor.

A derrota para Dilma doeu mais do que aquelas duas infligidas por Lula. Ela não era uma liderança carismática ou figura extraordinária. Perder para ela significava que poderiam perder outras vezes e que não era necessário um (ou uma) Lula para vencê-las.

Quando ficou evidente o fato de Dilma, ao longo do primeiro ano de governo, conquistar a simpatia da larga maioria da população, tornando-se uma presidenta com avaliação em constante crescimento, desenhou-se um quadro inaceitável para as lideranças antipetistas na política, na sociedade e nos oligopólios midiáticos conservadores. O desfecho que temiam era o ocorrido neste segundo turno: a sua reeleição e a continuação do PT no comando do governo federal.

Chega a ser cômica a queixa dos adversários dirigida à presidenta neste ano, chorosos da “desconstrução” sofrida na campanha. Em nossa história política, não houve uma chefe de governo tão sistemática e impiedosamente “desconstruída” quanto Dilma.

Em 2012, a oposição inventou o circo do julgamento do “mensalão”, transformando irregularidades eleitorais praticadas por lideranças do PT, absolutamente comezinhas na vida política brasileira, no “maior escândalo” da história brasileira. Com o apoio de figuras patéticas no Judiciário, fizeram um escarcéu midiático para atingir a imagem do partido, de Lula e, por extensão, da presidenta. Mal encerrado o capítulo anterior, procuraram nova estratégia para prejudicá-la. Desta feita, buscaram atingi-la em sua qualificação gerencial e mostrar a sua “incompetência”. A prova estaria no insucesso na luta contra a inflação.

A mesma orquestração utilizada para apresentar o “mensalão” como o “maior escândalo” de todos os tempos passou a ser feita para, a partir do início de 2013, convencer a sociedade de que vivíamos um surto inflacionário agudo e não a crônica inflação que nossa economia enfrenta desde 1994.

As manifestações de junho daquele ano, que começaram de forma legítima, caíram do céu como uma dádiva para as oposições conservadoras. Fizeram o possível para assumir seu controle e dirigi-las contra Dilma e o governo federal.

No início de 2014, julgavam preparado o palco para a derrota da petista, com a Copa do Mundo no centro da ribalta. O vexame de um fracasso retumbante na organização do evento seria a pá de cal.

Os pretensos entendidos em política foram afoitos ao decretar que Dilma estava fadada à derrota. Primeiro, ao acreditar que enfrentava níveis de rejeição impeditivos de qualquer possibilidade de sucesso. Segundo, ao supor haver na sociedade um “desejo de mudança” avassalador. Terceiro, ao acreditar na aniquilação do PT e sua militância depois da batalha do “mensalão”.

A vitória de Dilma Rousseff mostra que a maioria da população soube compreender as dificuldades enfrentadas por ela em seus primeiros quatro anos. Indica que a desaprovação decorria do bloqueio da mídia conservadora e que os eleitores não se dispuseram a substituí-la por um sentimento apenas negativo. Revela que a sociedade valoriza e preza o amplo conjunto de iniciativas colocadas em movimento pelos governos petistas desde 2003.

A vitória de Dilma é uma vitória dela e de seu governo, que chega ao fim da eleição com níveis de aprovação inferiores tão somente aos de Lula em seu segundo mandato. E é uma vitória do ex-presidente, que se renovou na eleição e se reafirmou como a maior liderança política de nossa história (aceitem ou não aqueles que não gostam dele).

E é uma grande vitória do PT, de seus militantes e simpatizantes. O partido sai fortalecido da eleição em um sentido muito mais profundo. O partido reencontrou o ânimo de sua juventude.

Quem queria tirar Dilma Rousseff do poder, sepultar Lula e varrer o PT do mapa sofreu uma derrota vexaminosa.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) comenta a eleição da Presidenta Dilma Rousseff (PT)

“Neste momento, passados dois dias das eleições, eu tenho que agradecer a Deus pelo comportamento do povo brasileiro. Eu acho que o povo brasileiro, com todas as divergências, com todos os seus votos diferenciados, deu uma lição de política nos políticos”. Esta é parte da mensagem de Lula sobre as eleições realizadas no último domingo.

“Não existe nenhuma possibilidade de imperar neste país qualquer tentativa separatista. Isso só demonstra ignorância de quem pensa assim, só demonstra falta de sabedoria política. Porque o povo brasileiro acata o resultado eleitoral”, é o que diz Lula sobre a tentativa de dividir o Brasil.

Veja a mensagem dele.

IMG_2899

Lula 2018

Lula acertou ao não extraditar Cesare Battisti

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado o melhor presidente do Brasil de todos os tempos, será o candidato ao cargo de presidente pelo Partido dos Trabalhadores em 2018. Vontade ele tem. Sua saúde está cada vez melhor.

Seu provável adversário será o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Marina Silva (PSB, ex-PT, ex-PV, futura Rede Sustentabilidade) saiu queimada das eleições de 2014 e dificilmente será competitiva em 2018.

Presidenta recebeu o manifesto dos comunicadores com Dilma ontem em São Paulo

10271604_780319262021667_7542522091488347415_n

Ativistas digitais, jornalistas e blogueiros entregaram ontem para a presidenta Dilma Rousseff (PT) um manifesto dos comunicadores em seu apoio, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi em ato político no Itaquera, São Paulo, para milhares de moradores e membros dos movimentos sociais e culturais da juventude, do Hip Hop, do Funk, da CUT, dos artistas, dos blogueiros progressistas, entre outras parcelas importantes da sociedade. O evento foi chamado de #PeriferiaComDilma e #ComunicadoresComDilma.

O autor do Blog do Tarso, Tarso Cabral Violin, assinou o manifesto e estava presente no evento, assim como comunicadores de todo o Brasil.

Você também é comunicador? Assine o manifesto e divulgue esse importante documento em apoio à Dilma.

10371908_780319098688350_8258157911193698555_n

Amanhã, 17h, Dilma e Lula em Itaquera, São Paulo

comunicadores com dilma-01

Amanhã (20.10.2014), 17h, ocorrerá um grande ato com Lula e Dilma na Praça Brasil – Cohab 2 – José Bonifácio, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.

Veja e confirme presença no evento do Facebook (clique aqui) e também o FB dos Comunicadores com Dilma.

Os Movimentos de Cultura, Comunicação, Juventude, Direitos Humanos e Moradia estarão juntos em um grande ato com a presença da presidenta e do ex-presidente da República.

Alguns desses movimentos vão entregar seus manifestos específicos para a presidenta Dilma. Veja aqui o manifesto dos Comunicadores com Dilma: comunicadorescomdilma.wordpress.com.

A hashtag a ser usada amanhã será #PeriferiaComDilma e #ComunicadoresComDilma.

O Blog do Tarso estará presente no evento.

 

Datafolha: Lula dá votos para Dilma, FHC e Marina tiram votos de Aécio

Captura de Tela 2014-10-15 às 23.12.09

Segundo a pesquisa do Datafolha divulgada hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o melhor cabo eleitoral do Brasil, pois 37% dos brasileiros são levados a escolher a candidata de Lula.

Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) é o pior cabo eleitoral, pois apenas 16% dos brasileiros seriam levados a votar no candidato de FHC e 28% não votariam no candidato do ex-presidente tucano.

Marina Silva (PSB, ex-PT, ex-PV, futura Rede Sustentabilidade) não é boa cabo eleitoral, pois apenas 20% dos brasileiros votariam em seu candidato e 23% não votariam em seu candidato.

Ou seja, tanto FHC quanto marina mais tiram votos do que dão votos para quem eles apoiarem.

E como eles apoiam Aécio, são más notícias para o tucano.

Já Dilma, com o apoio de Lula, tem mais é que se aproveitar do petista, considerado o maior presidente do Brasil de todos os tempos.

Foram ouvidas 9.081 pessoas em 366 municípios, com nível de confiança de 95%, com registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) BR 01098/2014.

Captura de Tela 2014-10-15 às 23.13.47

1989: de arrepiar…

Em 1989 vários artistas apoiaram a eleição de Lula (PT) para a presidência. Perdemos para Fernando Collor de Mello (ex-PRN), após uma criminosa edição do Jornal Nacional do debate da Globo.

Não deixe que Aécio Neves (PSDB) se eleja, tão neoliberal quanto Collor e com a mesma tentativa de golpe da velha mídia e da elite financeira. Vamos eleger Dilma 13!

Chico Buarque é Dilma 13

Chico Buarque, o maior cantor brasileiro e um dos maiores artistas do Brasil, depois de declarar apoio à presidenta Dilma (PT), agora vai gravar um depoimento em apoio à candidata do Partido dos Trabalhadores. Foi inesquecível o vídeo acima, no depoimento de apoio de Chico em 2002 ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma Rousseff

 

Pesquisa aponta que Dilma é a candidata da esperança

Dilma-Lula-posse

Analisando a última pesquisa Datafolha, que aponta empate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, percebemos que a exemplo de Lula, Dilma é a candidata da esperança.

Enquanto que os privilegiados que tiveram ensino médio e superior votam mais em Aécio, Dilma ganha fácil entre os que têm apenas ensino fundamental e esperança de, quem sabe um dia poder estudar, por 60% a 40%.

Os que ganham mais de dois salários mínimos votam mais em Aécio, sendo que entre os ricos que ganham mais de 10 salários mínimos Aécio dispara (74% a 26%), mas Dilma vence entre os que recebem até 2 salários (ela tem 58% e ele 42%), ou seja, aqueles que precisam urgentemente melhorar sua condição econômica e social. São os que têm esperança de que o que a Constituição determina, que é a erradicação da miséria e redução das desigualdades sociais, seja cumprido ainda mais pelo Estado.

Nas regiões do Brasil mais pobres, Norte e Nordeste, Dilma ganha disparado, respectivamente por 60/40 e 66/34. São os que têm esperança de que um dia a exigência Constitucional da redução das desigualdades regionais seja cumprida pelo Poder Público.

Se entre os cidadãos que moram nas médias e grandes cidades existem mais eleitores de Aécio, entre os eleitores que moram em cidades com até 50 mil habitantes, Dilma ganha por 55% a 45%. Ou seja, são os brasileiros que vivem normalmente em cidades que, por serem menores, têm menos escolas, menos hospitais, menos acesso à cultura, à internet, e que têm esperança de uma vida melhor.

Dilma perde entre a classe alta e a classe média alta, mas ganha na classe média média (52/48), entre a média baixa (53/47) e entre os excluídos (64/36), todos eles com esperanças justas de melhorarem de vida.

Entre os mais privilegiados, infelizmente reina um sentimento de manutenção do status quo, um sentimento de mais egoísmo, individualismo e, em alguns casos, ódio contra as minorias.

Mas confio no ser humano, confio que ainda é possível existir um sentimento de solidariedade, de fraternidade, de busca de uma igualdade e uma real liberdade de ser cidadão!

Por isso voto Dilma 13, mesmo sem necessitar tanto de um Estado Social como precisa uma grande parcela da sociedade brasileira.

O ódio a Dilma, ao Lula e ao PT

Automóveis por todo o país de mais de R$ 100 mil destilam todo o seu ódio ao PT, à Dilma e ao Lula

Automóveis por todo o país, que custam mais de mais de R$ 100 mil, cujos donos destilam todo o seu ódio ao PT, à Dilma e ao Lula

O ódio contra a política, contra os partidos políticos, contra o Estado Social, Republicano e Democrático de Direito, contra o PT, contra a Dilma e contra o Lula aumentam a cada diz no Brasil por parte do mercado financeiro, da velha mídia e das elites econômicas.

O problema é que essa reduzida parcela da sociedade tem grande poder de influência sobre a classe média e até mesmo em certa parcela das camadas populares. Esse poder já foi maior, pois a TV Globo já teve mais poder sobre a informação e os patrões já tiveram mais poder sobre o voto de seus empregados.

Somente com a radicalização da democracia republicana é que o Brasil vai continuar no caminho certo do desenvolvimento nacional sustentável, com um desenvolvimento social, econômico, jurídico, ético e ambiental.

Mesmo com toda essa campanha de ódio a presidenta Dilma Rousseff (PT) vai vencer a sua tentativa de reeleição, talvez ainda no primeiro turno, segundo as últimas pesquisas. Será essencial que nos primeiros dias de seu novo governo Dilma sinalize para uma democratização da mídia como determina a Constituição, uma reforma eleitoral que diminua o poder financeiro nas eleições e uma reforma tributária que implemente a tributação das grandes fortunas, imposto alto de transmissão causa mortis e doação e imposto alto de transmissão intervivos, assim como o fim da tributação sobre o consumo.

O Blog do Tarso defende o fim dos falsos consensos, com um intenso debate político no dia-a-dia de nossas vidas. Mas sem ódio. As elites financeiras e políticas não vão perder espaço e poder sem dissenso. Mas cabe à esquerda e a centro-esquerda saber lidar com esse ódio de forma pacífica, mas quando necessário endurecer no discurso, sem perder a ternura jamais!

Manifestante em junho de 2013 com ódio ao PT e à política

Manifestante em junho de 2013 com ódio ao PT e à política

 

queima-e1384886862453

Manifestantes em junho de 2013 queimam bandeira do PT

 

Hiago 100 Caos, militante do movimento Hip Hop que cantava músicas com mensagens de paz e esperança, que como coloborador do PT em Curitiba foi assassinado por um sujeito que odeia a política os cavaletes e o PT, depois de um senhor da classe alta curitibana chutar um cavalete de Gleisi Hoffmann (PT) e Dilma Rousseff (PT)

 

Marina Silva (PSB, ex-PT, ex-PV, futura Rede Sustentabilidade) também com discurso de ódio ao PT nos últimos dias

Marina Silva (PSB, ex-PT, ex-PV, futura Rede Sustentabilidade) também com discurso de ódio ao PT nos últimos dias

 

Fernando Collor de Mello fez discurso de ódio contra Lula e o PT em 1989

Fernando Collor de Mello fez discurso de ódio contra Lula e o PT em 1989

 

Os tucanos Alvaro Dias, Aécio Neves e Beto Richa com discurso de ódio ao PT nos últimos dias

Os tucanos Alvaro Dias, Aécio Neves e Beto Richa com discurso de ódio ao PT nos últimos dias

 

Vestindo rosa, mulheres no RS defendem Aécio e a família e pedem: "fora PT"  Mulheres do grupo "Família Esperança" apoiam Aécio Neves (PSDB) e Ana Amélia (PP-RS) e querem "Fora PT!" Vinícius Segalla/UOL

Elite branca gaúcha, um grupinho de 30, que se autodenominam “Família Esperança”, algumas são filiadas ao PP (ex-PDS, ex-ARENA) e Solidariedade (advindos do PFL), que defendem Aécio Neves (PSDB) e Ana Amélia (PP) e têm ódio do PT, ódio de Dilma e ódio de Lula, gritam: “Fora PT!”. Foto de Vinícius Segalla/UOL

Lula e o PT aparelharam o Estado?

Recentemente publicamos um post que mostrou um estudo que desmente que Lula e Dilma tenham aparelhado a Administração Pública. Vamos voltar ao tema?

Você sabia que em 2010 tínhamos menos servidores estatais na União do que em 1991?

São 21.391 servidores a menos do que em 1991.

Os governos neoliberais-gerenciais de Fernando Collor de Mello (PRN) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) diminuíram indecentemente o número de servidores no âmbito da Administração Pública Federal, enquanto que Lula e Dilma apenas fizeram a recomposição com servidores concursados, levando em conta ainda o aumento da população.

tabela-funcionarios-publicos

Você sabia que o Brasil, proporcionalmente, tem bem menos servidores públicos do que vários outros países do mundo?

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informa que o número de servidores públicos, incluídos todos os entes federativos e as empresas estatais, por mil habitantes, é baixo no Brasil.

grafico-servidores-publicos-1

Você sabia que Lula e Dilma diminuíram proporcionalmente o número de servidores comissionados na Administração Pública federal?

grafico-funcionarios-comissionados1

Você sabia que a maior parte dos cargos em comissão é ocupada por servidores públicos concursados?

Você sabia que a obrigação de um percentual mínimo de servidores concursados nos cargos em comissão foi instituída pelo Decreto 5.497/2005 do Lula?

grafico-ocupacao-cargos-em-comissao

Você sabia que os servidores comissionados da União possuem alto grau de qualificação?

grafico-escolaridade-dos-comissionado1
Você sabia que com o governo Lula a remuneração média real dos cargos em comissão caiu substancialmente desde 2002, e o valor é bastante inferior à remuneração média dos servidores púbicos federais?
grafico-salario-medio-dos-comissionados

Você sabia?

Não?

A culpa dessa falta de informação é da TV Globo, revista Veja, Folha de S. Paulo, UOL, rádios CBN e BandNews e velha mídia em geral.

Informações do Brasil Debate, aqui e aqui.

Existe o petismo? Dalmo de Abreu Dallari

ju331pg07b

Um texto do maior jurista do Direito Constitucional brasileiro, Dalmo de Abreu Dallari, publicado em 1986, mas mais atual do que nunca. O Professor Dalmo sempre votou no PT, Lula e Dilma.

Existe o petismo?

Uma coisa é certa: o petismo existe e o Partido dos Trabalhadores é o seu profeta. Mas a partir daí explodem muitas dúvidas, que andam nas cabeças dos próprios petistas e que se colocam com a mesma agressividade que caracteriza a militância petista. Na realidade, o próprio relacionamento entre o PT e o petismo é apaixonado e agressivo, sem que fique bem claro se foi o petismo quem criou o PT ou se o contrário é que é verdadeiro, se é possível ser petista sem estar no PT ou se alguém pode pertencer ao PT sem ser petista. E tudo o que cerca essas questões e envolve as conseqüências que podem resultar das respostas é discutido com grande carga de afetividade pelos protagonistas.

Cada um quer ser mais autenticamente petista do que o outro, todos defendem ardorosamente seus pontos de vista a respeito do significado do petismo, da natureza do PT e de seu verdadeiro papel neste momento da vida brasileira. O fato é que todos “sentem” que são petistas e querem fazer do PT o veículo de suas idéias.

Essa “convergência na divergência”, que é problema para os petistas, é problema ainda maior para os que são contra o PT. Um dado significativo é que ninguém se limita a ser contra, pois, assim conto o petismo é uma paixão, o antipetismo é igualmente apaixonado. Mas como o PT é uma presença marcante, parecendo onipresente, ao mesmo tempo que a cada passo e em cada circunstância surge com uma aparência diferente, é extremamente difícil combatê-lo. E o que se tem visto é que as acusações, denúncias, armadilhas e agressões de muitas espécies, que são utilizadas com o propósito de enfraquecê-lo, acabam tendo efeito contrário, parecendo que o petismo se fortalece quando agredido.

Dalmo Dallari

Jornal Leia, agosto de 1986

pt