Um ano de vigência da Lei Nacional de Acesso a Informações. O ICI ficou mais transparente?

Hoje faz um ano que a  Lei 12.527/11 começou a viger, que regula o acesso a informações previsto na Constituição Social e Democrática de Direito de 1988.

As entidades do Terceiro Setor que recebem dinheiro público, entidades privadas sem fins lucrativos como associações e fundações privadas qualificadas como organizações sociais – OS e organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIPs, infelizmente ainda são muito pouco fiscalizadas pelos órgãos de controle como os Tribunais de Contas e Ministério Público, e pela sociedade, o chamado controle social.

As ONGs movimentam milhões de dinheiro público, seja quando fomentadas pelo Poder Público ou quando inconstitucionalmente são utilizadas como terceirizadas.

Quando, por exemplo, parlamentares de oposição solicitam informações sobre as ONGs que recebem dinheiro de determinados municípios, muitas vezes as Casas Legislativas negam pedidos de informações.

Esse absurdo tende a acabar no último ano com a vigência da Lei 12.527/2011, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff (PT).

A nova lei é aplicável a toda a Administração Pública brasileira, inclusive Administração indireta (autarquias, fundações públicas, empresas estatais) e os poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas.

Uma inovação interessante é que a lei é aplicável também, no que couber, às entidades do Terceiro Setor que recebam dinheiro público, como as OSs, OSCIPs e demais ONGs de interesse público.

Pelo texto constitucional de 1988 já era necessário que qualquer entidade pública ou que manejasse dinheiro público fosse transparente, mas faltava uma lei para deixar isso ainda mais explícito para alguns agentes públicos não tão compromissados com o interesse público.

A lei obriga que os operadores de dinheiro público deem publicidade aos seus atos, os divulguem por meio da tecnologia da informação, fomentando a cultura da transparência. A informação deve ser imediata, ou quando impossível, em até 20 dias.

Portanto, a partir de maio, as entidades do Terceiro Setor que recebam benefícios públicos estarão obrigadas a ser transparentes, mesmo como entidades privadas, devendo divulgar seus atos e informar/disponibilizar qualquer informação requerida pelos cidadãos, independentemente de autorização de alguma autoridade.

Se parlamentares tiverem seus requerimentos de informação desautorizados pelos Parlamentos, podem fazer pedidos diretamente às entidades, que deverão ser respondidos, sob pena de responsabilização de seus dirigentes.

Isso vale para qualquer órgão ou entidade pública ou privada que seja de interesse público.

Esperamos que a lei ajude ainda mais o processo de transparência e democrático exigido na Constituição, o qual desde o fim da ditadura nosso país vem aprimorando, com o auxílio de uma sociedade cada vez mais participativa e instituições como o Ministério Público, Tribunais de Contas, CNJ, etc., cada vez mais atuantes.

Ver ainda o post Sobre a Lei de acesso a informação sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff.

Há um ano protocolarei um requerimento administrativo para o ICI – Instituto Curitiba de Informática, uma entidade privada qualificada como organização social – OS que recebe milhões de reais em dinheiro público da prefeitura de Curitiba sem licitação. O documento foi elaborado por alguns dos meus alunos, que assinaram o original, veja: Hoje começa a valer a Lei Nacional de Acesso a Informações. Aproveito para tentar abrir a caixa-preta do ICI!

Até hoje não obtive informações como a relação dos contratos administrativos, convênios e demais acordos de vontade celebrados entre o ICI e demais órgãos e entidades da Administração Pública do Brasil, com objeto, valor do acordo e vigência, desde a fundação do ICI; relação das verbas financeiras recebidas pelo ICI do Município de Curitiba, desde sua fundação; relação dos contratos administrativos com empresas privadas na área de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), com o nome da empresa, objeto do contrato, valor e vigência; informação sobre como o ICI realiza a contratação de seus trabalhadores, se por Concurso Público ou por outro meio que atenda os princípios constitucionais da publicidade, isonomia, moralidade, entre outros; relação de todos os trabalhadores do ICI; Acordo Coletivo de Trabalho do ICI; informação sobre como o ICI realiza suas contratações de compras e serviços, se por licitação ou por outro meio que atenda os princípios constitucionais da publicidade, isonomia, moralidade, entre outros; valor da remuneração e demais benefícios recebidos por seus Diretores, Conselheiros e demais cargos de comando como superintendes, gerentes, etc; Estatuto Social do ICI, etc.

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Depois de 15 anos, TCE/PR fará fiscalização dos contratos do ICI

Gustavo Fruet (PDT), prefeito eleito de Curitiba, visitou o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Fernando Guimarães, na tarde desta quarta-feira (7). Foram discutidas as informações levantadas pelo TCE-PR que podem ser colocadas à disposição da equipe de transição de governo na Prefeitura de Curitiba.

O ICI – Instituto Curitiba de Informática foi discutido: “O Tribunal de Contas passará a fazer uma fiscalização sobre os contratos do ICI, pois é importante que a população saiba a qualidade dos serviços prestados por essa organização social tão importante para a cidade”, lembrou Gustavo.

O ICI foi criado de 1997 para 1998, na gestão Cassio Taniguchi, e sempre foi considerado uma caixa-preta, pois nunca divulgou para onde que vai o dinheiro do povo curitibano repassado ao Instituto privado, que são milhões, sem licitação ou concurso público. Quais são as empresas privadas contratadas pelo ICI, sem licitação? Também queremos saber quanto ganha de salário cada diretor do ICI. Queremos saber se o ICI é que presta o serviço para a prefeitura ou é apenas um intermediador para fins de fuga da licitação, do concurso público e da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Parabéns ao presidente do TC, Fernando Guimarães, e ao prefeito eleito, cuja promessa de campanha foi de deixar o ICI mais transparente.

Pedro Ribeiro deixa escapar que o ICI faz pesquisa interna. Isso é gravíssimo!

ICI. Foto de Tarso Cabral Violin

O jornalista Pedro Ribeiro do Documento Reservado acabou de deixar escapar no programa Jogo do Poder Paraná que o ICI – Instituto Curitiba de Informática faz pesquisa interna nestas eleições para prefeito de Curitiba!

Como assim?

O ICI é uma OS – organização social, entidade privada que presta serviços de informática para a prefeitura de Curitiba e recebe, sem licitação, milhões de dinheiro público e sua sede fica em prédio público da prefeitura.

É uma entidade que sobrevive, basicamente, com dinheiro público.

O ICI tem os dados de praticamente todos os curitibanos.

Caso o ICI esteja supostamente fazendo pesquisas internas como informou Pedro Ribeiro, é um caso grave de utilização de informações e dinheiro público para proveito do prefeito, o que é crime e improbidade administrativa.

Se o ICI está supostamente fazendo pesquisa, que sejam públicas, e não para consumo interno do prefeito Luciano Ducci (PSB), que é candidato.

A informação de Pedro Ribeiro deverá ser encaminhada para o Ministério Público. É gravíssima e deve ser investigada!

Russomano vai auditar contratos de gestão tucanos com as Organizações Sociais da Saúde

Celso Russomanno (PRB), candidato à Prefeitura de São Paulo, prometeu na Sabatina Folha/UOL, realizar auditoria em todos os contratos de gestão das OSs – organizações sociais, celebrados pelos demotucanos, que são a privatização da saúde na capital paulista.

Russomano afirmou que “os serviços públicos são péssimos” e criticou o Hospital Israelita Albert Einstein e a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro: “Existem organizações sociais que trabalham bem e as que trabalham mal. Estive no Jardim Mitsutani. Lá a UBS é administrada pelo Einstein e é da pior qualidade. Estavam faltando três médicos no Programa de Saúde da Família. Fomos ao Pronto Socorro de Santo Amaro, administrado pela Santa Casa de Santo Amaro, por denúncia de que um raio X computadorizado estava largado no chão há seis meses. Não adianta fazer convênios e não fiscalizar. Vou para as ruas fiscalizar, porque essa é minha forma de gerenciar. A gestão atual não fiscaliza, mas paga em dia. Para onde está indo o dinheiro? Vou fazer auditoria em todos esses contratos.”

Se eleito Russomano deveria rescindir todos os contratos com as OSs, que são inconstitucionais. Mas a auditoria já é um começo.

Os candidatos de Curitiba poderiam fazer a mesma proposta, no mínimo, com relação ao ICI – Instituto Curitiba de Informática, que é uma OS da informática no município considerada uma caixa-preta, que lida com milhões de dinheiro público sem licitação, sem concurso público e sem um controle efetivo do Tribunal de Contas, Ministério público e da própria população.

Prefeitura de Curitiba é refém do ICI? Bomba! Bomba!

ICI. Foto de Tarso Cabral Violin do Blog do Tarso, via Instagram

Por Dr. Lineu Tomass

ESTADO OMISSO TRANSFORMA-SE EM REFÉM.  Na medida do fracasso da gestão do Estado Brasileiro, que se acelera ano a ano, alguns espertalhões, vendo esta fragilidade, aliaram-se com  malandros políticos na base de SÓCIOS  OCULTOS,  e a partir daí  penetraram dentro das entrranhas das finanças públicas e monopolizaram alguns “negócios” do Estado.

A  REVELAÇÃO BOMBA !   Conversei com uma alta autoridade  do Paraná, super conhecedor das manobras das entranhas de orçamentos  (grana pública), quando fui informado que o ICI – INSTITUTO CURITIBA  DE  INFORMÁTICA, hoje detém um poder absoluto na administração do Município de Curitiba, cobrando  preços milionários nos programas de “softer” (alguns inúteis), que instala na Prefeitura e seus órgãos, E  DETÉM   OS SEGREDOS DOS PROGRAMAS E O   COMANDO  TOTAL  DO  MUNICÍPIO  DE CURITIBA, A PONTO DE  TORNÁ-LA  HOJE  REFÉM  DO ICI,  POIS SE O ICI QUIZER, ELE PARA COM OS SERVIÇOS DA CAPITAL, DESDE OS SINAIS DE SEMÁFOROS  ATÉ  PODENDO PROVOCAR O CAOS  NOS SERVIÇOS DE SÁUDE, com um simples ato de “desligar um botãozinho”, disse o informante. SOMOS  REFÉM  DO ICI EM CURITIBA !

PARA ONDE VAI A  ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL ?  Como o ICI atua em outras capitais, podemos dimencionar o poder que está acumulado no país, cujo comandante hoje, já está na classificação dos  BILIONÁRIOS do país.  Pergunta-se.  Neste estilo de administração pública de  “Estado-Refém”,  FICA  EM  REGIME  DE ESPÉCIE DE  SEQUESTRO  ATÉ O FINAL DOS TEMPOS ?  Neste estilo de entrega  incestuosa do orçamento do Estado, pode-se dizer  que o Estado (Prefeitura de Curitiba),  vive sob o regime constitucional da ADMINISTRAÇÃO  PÚBLICA  ?  Claro que não !

ESTADO  ESTÁ SENDO PRIVATIZADO SORRATEIRAMENTE NA  MALANDRAGEM. A omissão de todos dos políticos, está levando a Nação à morte do ESTADO DE DIREITO, substituido que está, pelas ONGs e  OCIPS eivadas de  “SÓCIOS POLÍTICOS OCULTOS “, que aprovam leis facilitadoras da morte do PODER DO ESTADO formando assim novas castas de  novos BILIONÁRIOS  que sugam os recursos do povão, aumentando o fosso social entre os privilegiados da Casa Grande e os trouxas da Senzala, que se contentam com as côdeas do banquete, hoje traduzidos em cestas básicas, mercadões populares, saúde  “meia-boca”, bolsa-disto, bolsa-daquilo, segurança pública falida,  transporte público falido, educação das piores do mundo,   etc. etc. etc.

ORÍGEM DO ICI.  Esta OCIP, o ICI, foi fundado na gestão do ex-prefeito CASSIO  TANIGUCHI, quando então aniquilaram (fecharam) o  CPD- Centro de Processamento de Dados da Prefeitura de Curitiba, que era admistrado pelo IPPUC- Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba, cujo órgão dava conta de todas os programas de computação da Prefeitura.  Foi proposital ?

E O PODER LEGISLATIVO ?  A Câmara Muncipal de Curitiba e seus vereadores da época e de agora, sempre deram respaldo legal a todos os desejos (privados ?), dos prefeitos de Curitiba, e não cumpriram suas funções e foram  (e são), coniventes com todo estes atos de morte  e agonia lenta  da administração pública.

DE  NOVO  A  PERGUNTA :  “Para  onde  vai  o “Estado”  Brasileiro ?  “

Caos na saúde de Curitiba é culpa do ICI, diz Gazeta do Povo

Quem é o palhaço na história?

Coluna de hoje do Celso Nascimento na Gazeta do Povo

Saúde dos curitibanos sofre de “informática”

O prefeito Luciano Ducci, médico, ex-secretário municipal de Saúde e premiado condutor de alguns bons programas na área da saúde pública – como o Mãe Curitiba –, esperava que pudesse ser reconhecido nas urnas pelos bons serviços prestados ao setor. Ele ainda não perdeu a esperança, mas enfrenta fortes dores de cabeça com o funcionamento deficiente que o sistema vem apresentando nos últimos meses – exatamente no ano em que busca a reeleição.

Filas de pacientes, demora exagerada nos atendimentos, unidades 24 horas que às vezes só funcionam 12, falta de médicos e outros profissionais – tudo isso tem provocado reclamações azedas da população que depende dos serviços gratuitos dos postos espalhados pela cidade. Pelo menos duas mortes recentes foram registradas em razão das deficiências.

Sabe-se agora que uma das causas está na informática. O problema começou no início desse ano, quando os prontuários dos pacientes foram “migrados” para um outro software instalado pelo ICI (Instituto Curitiba de Informática). Além de travamentos constantes, aconteceu também o pior: o sistema não “lia” os prontuários produzidos na versão antiga ou embaralhava os dados, trocando nomes, doenças, datas dos atendimentos anteriores, diagnósticos, exames etc. Às vezes, informações sigilosas, de conhecimento apenas do paciente e do médico, ficam disponíveis para qualquer um.

A balbúrdia obrigou muitos postos a retroceder ao século passado, voltando a preencher formulários à mão. Prestadores de serviços (laboratórios, clínicas, hospitais), com faturas a receber por serviços prestados, nem sempre conseguem acessar o sistema. Agendamentos de consultas e exames são perdidos, provocando transtornos graves e generalizados em toda a estrutura.

Além de discutido repetidamente nas reuniões do Conselho Municipal de Saúde (CMS) – órgão que reúne as autoridades da área e representantes dos usuários –, o problema já foi parar também no Ministério Público. Está com o promotor Marco Antonio Teixeira uma montanha de reclamações de pacientes, fornecedores e profissionais que atuam no sistema público. A investigação já foi aberta.

Membros do próprio Conselho também recorreram ao MP e já questionaram a secretaria municipal de Saúde. A coluna teve acesso ao ofício assinado pelo conselheiro Michel Deolindo, dentista que trabalha num posto da periferia, no qual ele relaciona cinco perguntas e pede aos gestores da saúde municipal solução urgente para os problemas que aponta. Encaminhado no início de abril, o ofício ainda não recebeu resposta.

Procuradas pela coluna, fontes do Instituto Curitiba de Informática e da secretaria municipal de Saúde não desmentem a existência de problemas pontuais, negam a dimensão de gravidade que vem sendo difundida e asseguram que as soluções já estão em fase final. Garantem, também, que nenhum prontuário foi perdido ou inutilizado e que o acesso a eles será totalmente recuperado.

Falei no Canal 21 sobre a falta de transparência do ICI

Ontem falei sobre a falta de transparência do ICI – Instituto Curitiba de Informática e descumprimento da Lei de Acesso à Informação, no Jornal Mercosul da Rede Mercosul Canal 21.

ONG que recebe milhões de Curitiba se nega a cumprir Lei da Transparência

Sede do ICI em Curitiba, que é de propriedade do povo curitibano, mas utilizada por instituição privada não transparente. Foto de Tarso Cabral Violin / Blog do Tarso. Via iPhone/Instagram

O Instituto Curitiba de Informática – ICI é uma associação privada qualificada como organização social – OS pelo Município de Curitiba, e recebe milhões de reais anuais da Prefeitura de Curitiba, para prestar serviços de TIC  – Tecnologia da Informação e Comunicação para o município.

Conforme amplamente divulgado no Blog do Tarso, há mais de vinte dias enviei um pedido de informação ao ICI, requerendo várias informações para a entidade privada, já que a Lei de Acesso a Informação exige total transparência também das entidades do Terceiro Setor que recebam dinheiro público.

Veja a petição que encaminhei pelo correio para o ICI (com AR), já que ele se negou a receber o protocolo, clique aqui.

Veja agora a resposta atrasada do ICI, clique aqui. Em sua resposta, o ICI culpa o prefeito Luciano Ducci (PSB) por ele ainda não ter regulamentado a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação), por meio de decreto, sendo que a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o governador Beto Richa (PSDB) já regulamentaram nos seus âmbitos federal e estadual, respectivamente.

O ICI, em sua resposta, simplesmente joga a Constituição e a Lei de Acesso à Informação no lixo, ao não respeitar o princípio constitucional da publicidade (art. 37 da CF) e o art, 2º da Lei:

Art. 2o  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

A lei é clara ao obrigar que entidades privadas do Terceiro Setor que recebam dinheiro público devem ser transparentes.

O maior jurista do Direito Administrativo paranaense, professor doutor Romeu Felipe Bacellar Filho (titular da UFPR e PUCPR), é claro ao dizer em suas palestras que o dinheiro público é igual ao Rei Midas. Enquanto no que Midas encosta vira ouro, no que envolve o dinheiro público, publicizado está.

Em sua resposta, o ICI, para divulgar o contrato de gestão celebrado com o Município de Curitiba, que deveria estar divulgado no site da prefeitura e do ICI, quer cobrar R$ 141,00 para o obtenção de cópias, quando solicitei a disponibilidade por meio de CD ou outra forma digital.

E todos os demais pedidos foram negados:

1. Relação dos contratos administrativos, convênios e demais acordos de vontade celebrados entre o ICI e o Município de Curitiba, com objeto, valor do acordo e vigência, desde a fundação do ICI;

2. Relação dos contratos administrativos, convênios e demais acordos de vontade celebrados entre o ICI e demais órgãos e entidades da Administração Pública do Brasil, com objeto, valor do acordo e vigência, desde a fundação do ICI

3. Relação das verbas financeiras recebidas pelo ICI do Município de Curitiba, desde sua fundação;

4. Relação dos contratos administrativos com empresas privadas na área de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), com o nome da empresa, objeto do contrato, valor e vigência;

5. Relação de todos os trabalhadores do ICI;

6. Valor da remuneração e demais benefícios recebidos por seus Diretores, Conselheiros e demais cargos de comando como superintendes, gerentes, etc.

O ICI ainda informa que não faz concurso público para a contratação de seus trabalhadores, e nem licitação para suas contratações.

O Acordo Coletivo de Trabalho do ICI com seus trabalhadores, o instituto também quer cobrar pelas cópias, ao invés de divulgar no seu site.

Essa falta de transparência é uma vergonha! O que o ICI tem a esconder da população curitibana? Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, façam alguma coisa!

Veja mais informações sobre o ICI, clique aqui.

Tarso Cabral Violin – Blog do Tarso

ICI não explica o inexplicável: falta de transparência e caixa-preta

Vejam a coluna de hoje do Celso Nascimento da Gazeta do Povo

Olho vivo

Uma nota oficial do Instituto Curitiba de Informática (ICI) não desmente a descrição feita por esta coluna a respeito da dificuldade que o advogado Tarso Cabral encontrou para protocolar um pedido de informações no primeiro dia de vigência da Lei do Acesso da Informação. Mas lamenta que ele não tenha seguido o caminho correto para encaminhar seu requerimento, que, segundo o ICI, se encontra descrito no site da instituição. O endereçamento do pedido via Correios com AR (Aviso de Recebimento) é o procedimento que Violin deveria seguir, o que lhe garantiria a cobrança de prazo para a resposta. A nota não faz referência ao fato de a Justiça, em uma ação popular impetrada há dois meses, já ter determinado ao ICI a liberação de informações de teor parecido às requeridas por Cabral, até agora não atendido.

A saga de um blogueiro em busca de informações teoricamente públicas

Do Blog da Joice Hasselmann no dia 16/05

O blogueiro Tarso Cabral Violin hoje sentiu na pele o que já sabíamos que aconteceria: a tal Lei Nacional de Acesso a Informações por enquanto é só um monte de letrinhas quando o assunto é a transparência dos órgãos públicos do Paraná ou nos que prestam serviço ao poder público.  Hoje Tarso fez o teste. Foi ao ICI, Instituto Curitiba de Informática em busca de informações. Bem, não conseguiu respostas, nem informações sobre o que queria, apenas a certeza de que a lei não é cumprida aqui e que informação é artigo de luxo em muitas salas espalhadas por prédios públicos. O blogueiro relatou “cheguei às 13h20 e a recepcionista informou que o ICI não tem um setor de protocolo e que eu teria que esperar até as 14h para a chegada da secretária do presidente da entidade. Nesse ínterim a Dr.ª Caroline, advogada do ICI, me procurou para informar que o ICI não receberia a petição, que eu deveria providenciar o protocolo via site do ICI. Depois chegou outro advogado, o Dr. Alexandre, que informou que eu deveria encaminhar o pedido pelo correio, com aviso de recebimento – AR”.

Fico me perguntando cá com meus botões: porque será que é tão difícil fornecer simples informações sobre procedimentos que envolvem o dinheiro público? Bem, até imagino a resposta, mas não custa perguntar…

O ICI, o pateta e o mundo do faz de conta

Em “nota à imprensa” divulgada pelo Blog do Zé Beto (se é que se pode chamar de imprensa um blog de baixa qualidade e credibilidade), o ICI – Instituto Curitiba de Informática, entidade privada qualificada como Organização Social – OS, que recebe milhões de reais e utiliza bens e servidores públicos para prestar serviços de informática para a prefeitura de Curitiba, sem ter participado de licitação, divulgou uma nota patética sobre a minha saga para conseguir informações de interesse público junto ao ICI, noticiada durante a semana devido à vigência da Lei de Acesso a Informação.

A nota começa dizendo que fui bem atendido. Nunca neguei isso.

A nota diz que fui orientado pelos advogados da casa a – como qualquer cidadão – entregar seu pedido via postal. Falta uma informação: a Dr.ª Caroline me disse que eu teria que protocolar a petição via internet. Informação errada.

A nota disse que eu reagi mal no blog de “meus amigos”. Não sabia que eu tinha tantos amigos, pois divulgaram minha saga o Celso Nascimento da Gazeta do Povo, a Joice Hasselmann, o Esmael Morais, o Cícero Cattani, e milhares de internautas via Facebook e Twitter.

A nota diz que eu desconheço a Lei 12.257/2011, a Lei de Acesso à Informação. Quem fez a nota? Um jornalista, um advogado do ICI ou um comediante? A Lei é clara ao obrigar que entidades privadas sem fins lucrativos que recebam dinheiro público devem prestar informações a todos os cidadãos.

A nota diz que o ICI publicou em sua página na internet um dia antes do prazo legal explicações sobre o acesso à informações. Não informa a nota que pedir requisições pelo correio e ainda pedir justificativa vai contra disposições expressas da lei.

A nota diz que o contrato de gestão é público. Sim, mas e as demais informações que requeri? Salário dos diretores, o quanto que ganha da prefeitura, quais são as empresas privadas que o ICI contrata serviços de TI, etc.

A nota diz que suas contas estão aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná. O TC faz fiscalização no dia-a-dia do ICI, como faz nos demais órgãos e entidades estatais? Não. Faz apenas uma verificação formal da prestação de contas do ICI. Isso não é controle efetivo. E o controle popular?

Com a palavra o ICI, a entidade privada que se acha acima da lei. Parece que estamos no mundo do faz de conta!

Rafael Greca, se eleito prefeito, vai rescindir o contrato de gestão do Município de Curitiba com o ICI (organização social – OS)

O ex-prefeito Rafael Greca, pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo PMDB, prometeu via Twitter que, se eleito prefeito, vai rescindir o contrato de gestão do Município de Curitiba com o ICI – Instituto Curitiba de Informática, uma organização social – OS que presta serviços de informática para a prefeitura, utilizando bens e servidores públicos, contratado sem licitação, e não faz concurso público. Em mensagem via Facebook Greca disse ainda que a cidade não pode perder R$ 57 milhões por mês em virtualidades. Por fim, promete que os serviços de informática voltarão a ser prestados pelo antigo CPD – Centro de Processamento de Dados, que foi extinto por Cassio Taniguchi (DEMO) e seus serviços privatizados para o ICI.

ICI. Foto de Tarso Cabral Violin / Blog do Tarso. Via iPhone/Instagram

ICI à toda prova

Do Cícero Cattani

O desafio do professor de Direito Tarso Cabral Violin é romper a barreira de acesso aos contratos do ICI, agora com o amparo da Lei da Transparência de Dilma. A primeira tentativa foi frustrante: o pessoal do ICI pediu que ele enviasse sua solicitação de informação pelo Correio. Na prefeitura, a informação é que se aguarda a regulamentação da lei para instalar a sala de informações, como previsto pela Lei da Transparência. No Twitter, Tarso, que é advogado em Direito Público, professor de Direito Administrativo, mestre em Direito do Estado pela UFPR e blogueiro,  acredita  “que a transparência do ICI e de toda a administração municipal em Curitiba será um dos princípios debates na eleição

União está preparada para receber pedidos de informação. ICI não

O Blog do Esmael informa que segundo a Controladoria-Geral da União, até as 18h de ontem, os órgãos e entidades federais receberam 708 pedidos de informação, no primeiro dia de vigência da Lei de Acesso à Informação, conforme balanço realizado pelo Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC). O Banco Central foi a entidade com mais pedidos: 49 (7% do total), em seguida os ministérios do Planejamento (37 pedidos – 5%); Relações Exteriores (36 pedidos – 5%); Saúde (28 pedidos – 4%); e Justiça (24 pedidos – 3% do total).

Todos os órgãos superiores do governo federal colocaram em seus sites na internet páginas para o serviço de acesso à informação,disponibilizando de pronto informações de interesse público, mesmo sem pedido.

Em Curitiba até a Câmara Municipal está preparada para cumprir a lei. Apenas o ICI – Instituto Curitiba de Informática, organização social que presta serviços de informática para a prefeitura de Curitiba, não permite protocolo de pedidos de informação, exigindo que o pedido seja via Correio, com AR – aviso de recebimento.

Colunista Celso Nascimento da Gazeta do Povo denuncia ICI sobre lei de acesso a informação

ICI ontem. Foto de Tarso Cabral Violin / Blog do Tarso. Via iPhone/Instagram

Hoje na Gazeta do Povo

Olho vivo

Acesso 1

A Lei de Acesso à Informação entrou em vigor ontem, após os seis meses de prazo que os órgãos por ela abrangidos tiveram para adequar suas estruturas para atender às demandas previstas no novo dispositivo. A lei os obriga a fornecer todas as informações requeridas por qualquer cidadão sobre atos de interesse público – um avanço da democracia brasileira que dá ao povo a possibilidade de exercer controle sobre a gestão do dinheiro público.

Acesso 2

O primeiro teste de obediência à lei foi aplicado ontem mesmo. O advogado Tarso Cabral e um grupo de alunos de direito quis protocolar um pedido de informações no Instituto Curitiba de Informática (ICI) – instituição que, embora seja não governamental – presta todos os serviços de informática da prefeitura. Recebe milhões: ainda recentemente seus contratos foram renovados para vigorarem até 2016, ao custo de meio bilhão de reais.

Acesso 3

Pois bem: o ICI foi reprovado no teste. Após informações desencontradas, advogados do instituto disseram que, por se tratar de uma organização de direito privado, não estava sujeito ao cumprimento da lei e se recusaram a protocolar o requerimento. Exigiram que fosse enviado pelo correio. As informações pedidas eram bem simples. Do tipo: quanto de dinheiro o ICI já recebeu dos cofres municipais? quanto paga para outras empresas para as quais re-terceiriza serviços? quantos são e quanto ganham seus diretores?

Acesso 4

A regra é clara: o artigo segundo da Lei de Acesso à Informação estabelece que também as entidades de direito privado que recebam recursos do orçamento público são obrigadas prestar informações.

O ICI comprovou porque o modelo das Organizações Sociais – OS são inconstitucionais

Uma pessoa jurídica de Direito Público que faz parte da Administração Pública, como a União, estados, municípios, autarquias, deve respeitar o regime jurídico administrativo. Ou seja, tem prerrogativas, poderes especiais, como por exemplo aplicar sanções, rescindir contratos administrativos unilateralmente, etc, em face ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. mas ao mesmo tempo que essa entidade tem poderes, ela também tem deveres e está sujeita a várias sujeições, limitações, como por exemplo fazer licitações para as suas contratações, concurso público para escolher seus servidores, fazer apenas aquilo que estiver previsto no ordenamento jurídico, com atuação restringida pelos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, entre outros.

As pessoas jurídicas de direito privado da Administração Pública indireta (empresas estatais e fundações estatais de direito privado) têm menos poderes e ainda estão adstritas aos mandamentos constitucionais da licitação, do concurso público, e também aos princípios constitucionais.

As entidades privadas do mercado e do terceiro setor (ONGs), da iniciativa privada, não têm poderes mas também não tem deveres especiais. Basicamente devem seguir o princípio da legalidade do direito privado, tem uma liberdade maior, pois pode fazer tudo o que não for proibido.

E as entidades privadas sem fins lucrativos qualificadas pelo Poder Público como Organização Social? Têm o benefício de firmar contratos de gestão com o Poder Público sem participarem de licitação. Não realizam concursos públicos para contratação de pessoal. Não realiza licitação para suas contratações de bens e serviços. Não é fiscalizada pelo Tribunal de Contas e Ministério Público no seu dia-a-dia. Recebem milhões de reais do Poder Executivo com toda essa liberdade.

E o pior de tudo: mesmo com o princípio constitucional da publicidade do art. 37 da Constituição, até hoje não era fiscalizada pela população e nem pelos membros do poder legislativo.

Aqui em Curitiba os vereadores de oposição nunca conseguiram quaisquer informações do ICI – Instituto Curitiba de Informática (OS Municipal), nunca foram autorizados pela própria Câmara Municipal de Curitiba, até pouco tempo presidida pelo João Cláudio Derosso (PSDB), a conseguirem informações e documentos do ICI, que recebe anualmente milhões de reais da prefeitura municipal.

Hoje eu achei que essa história iria acabar. Com a nova lei de acesso a informações, entidades do terceiro setor que recebem dinheiro público devem ser transparentes e fornecer toda a documentação solicitada pela população, a não ser documentos secretos, excepcionais.

Elaborei uma petição administrativa junto com meus alunos da Universidade, com vários pedidos de informação sobre questões de interesse público do ICI, e a OS não aceitou meu documento, exigindo que eu encaminhasse o documento pelo Correio, justificando que é uma entidade privada e que a lei federal não foi regulamentada no município.

Ou seja, o ICI pretende ter os bônus do poder público (fartos recursos públicos) e os bônus da iniciativa privada (liberdade, sigilo, interesse privado). A tendência é que o STF entenda que a Lei das OS seja inconstitucional, para acabar com a farra das OSs.

Sobre a minha “saga” de hoje recomendo os seguintes posts:

Hoje começa a valer a Lei Nacional de Acesso a Informações. Aproveito para tentar abrir a caixa-preta do ICI!

Instituto Curitiba de Informática restringe acesso a informação

Advogados de Curitiba são os primeiros do país a testar a Lei do Acesso à Informação

Foi Taniguchi que privatizou o CPD em Curitiba, contratando o ICI sem licitação. Beto Richa e Luciano Ducci mantiveram a privatização

ICI esconde em seu site informações sobre como obter informações