FHC confessa pressão da Globo em 1996 para privatizar a Vale

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acabou de lançar o livro “Diários da Presidência, 1995-1996”, Volume 1, pela Companhia das Letras. Nessa obra FHC confessa que no início de seu governo, em 1995, ele não estava totalmente convencido de que privatizaria a empresa estatal Companhia Vale do Rio Doce, “não que tenha alguma reação antiprivatista, mas porque ela é um instrumento muito grande de coordenação de políticas econômicas” (p. 78).

Informa que os ex-presidentes Geisel (p. 102), Itamar Franco (p. 451 e 534) e José Sarney (p. 388 e 799) eram contrários à privatização. Sarney chegou a tentar aprovar no Senado uma norma de que o próprio Senadora poderia proibir privatizações de determinadas empresas estatais (p. 801).

Confessa que toda a sua equipe econômica queria a privatização: José Serra, Pedro Malan, Banco Central e Pérsio Arida (p. 388).

Mesmo sendo algo totalmente imoral e patrimonialista, FHC diz com naturalidade que conversava e aconselhava vários grandes empresários sobre como comprar a Vale. Fez isso com Antônio Ermírio de Morais (p. 752) e outros empresários (p. 852).

Após pressão do jornal O Globo em 1996, por meio de editorial (p. 527), FHC decidiu vender a empresa estratégica.

A Vale acabou sendo privatizada em maio de 1997 por apenas R$ 3,3 bilhões para o consórcio Brasil liderado pela CSN de Benjamin Steinbruch, fundos de pensão como a Previ, Petros, Funcef e Funcesp, o banco Opportunity e o fundo Nations Bank. O dinheiro foi para o superávit primário e dar uma folga no orçamento, antes das eleições para prefeito de 1996.

Essas informações são essenciais em tempos do maior desastre ambiental de todos os tempos no Brasil, provocado pela Vale, privatizada em tempos de FHC.

Campanha nacional: Amaury Ribeiro Jr. do A Privataria Tucana no Roda Viva #PrivatariaRodaViva

O Blog do Tarso está iniciando uma campanha nacional para que o autor do bestseller “A Privataria Tucana” do jornalista premiado Amaury Ribeiro Jr. seja entrevistado no programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo. O livro há meses está entre os mais vendidos na categoria “não-ficção” no Brasil.

Será que agora que José Serra será o candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, o governador Geraldo Alckmin permitirá a entrevista na TV Estatal do Estado de São Paulo?

Divulgue, curta no facebook, retwite no Twitter. #PrivatariaRodaViva

Até Beethoven comenta o livro A Privataria Tucana

Do Blogs do Além

Blog do Beethoven

NÃO ADIANTA GRITAR QUE ELA É SURDA

Sim, até eu já escutei ai se eu te pego… O método da insistência derrota qualquer barreira fisiológica.

Que época paradoxal. Nunca houve tanta música disponível e tantos músicos em atividade. Mas nas rádios, nas pistas, nos fones, celulares só se escuta delícia, delícia…

Antes de mais nada, quero dizer que gostei da música cantada por Teló. Não a acho o mal do século, como muitos têm dito no Facebook e Twitter. A estes peço calma. O século está apenas começando.

A música tem qualidades. Faz parte de um gênero incompreendido: o sertanejo universitário. O sertanejo tem apanhado da crítica e o universitário da polícia paulista.

Invejo Teló. Demorei bem mais tempo para ter um clássico. E nunca um jogador famoso coreografou uma sonata minha.

Como um dos primeiros românticos e apaixonado pelo lirismo dramático, implico um pouco com o verso que diz:

A galera começou a dançar
E passou a menina mais linda

Poderia ter sido escrito assim:

Um conjunto de pessoas com afinidades se pôs a bailar
Quando transcorreu diante de meus olhos a mais formosa criatura

Já vejo todo mundo cantando-a desse jeito no carnaval.

Além do mais, tenho uma ligação com a música popular e sou chegado numa sanfona. Luiz Tatit e José Miguel Wisnik, na canção Baião de Quatro Toques, radiografaram bem esse aspecto. Conhece? http://migre.me/7umqP. Nela eles usaram a estrutura de minha mais famosa sinfonia para fazer um baião.

Uma parte da letra diz assim, ó:

Pra quem compôs, pra quem tocou 
e pra quem ouve 
É o destino que sempre se quis 
É uma quinta sinfonia de Beethoven
Que decantou e só ficou a raiz

Aliás, gostaria que soubessem que a 5ª Sinfonia nem é a preferida de meu repertório. Gosto mais da Nona de Beethoven, que compus em homenagem à minha avó italiana.

Agora queria mudar de assunto. Pulemos de faixa. A motivação inicial deste post foi a minha audição, que anda meio esquisita.

Esses dias, sentei-me na frente da tevê para assistir à implosão de um moinho. Olha o que provoca o recesso do futebol. Achei que ia só ver, mas fiquei feliz ao notar que eu estava reconhecendo o som de um apito de segurança. Logo depois, para minha surpresa, ouvi também o que parecia ser uma explosão. Mas o prédio não caiu, ficou quase intacto. A julgar pela imagem, o ouvido me enganou. Fiquei com dó maior do prefeito.

Mas o fato que me tem deixado intrigado depois que voltei a ouvir algumas coisas é o enorme silêncio da grande mídia em relação ao lançamento do A Privataria Tucana. Será que só eu escutei o barulho retumbante que o livro provocou nas redes sociais? Não pode ser. Ignorar esses sons é um tiro audível no pé. Não sou especialista em comunicação, meu negócio é música. Mesmo assim recomendo aos que silenciaram até agora que escutem o conselho de Teló: tomem coragem e comecem a falar. Senão vocês se matam.

Amaury Ribeiro Jr diz que pode incluir Beto Richa no “A Privataria Tucana 2”

Do Paraná Blogs

Novidades de Amaury: CD, cartilha em quadrinhos e “Privataria II”

“O pessoal do MST me pediu licença para editar uma versão do livro para as crianças e adolescentes, em forma de história em quadrinhos. É claro que eu dei a licença. E tem mais novidade. Vai sair o CD do Privataria com músicas que fiz a alguns anos e que precisam de uns ajustes”, revelou Amaury durante o debate realizado na noite de 19/01 em Curitiba.

Alguém lembrou que a privataria tucana não acabou mas continua avançando no Paraná e em outros estados através da “terceirização” da saúde e da cultura, decidida com apoio de deputados aliados do governador Beto Richa sem ouvir em nenhum momento a população. Propõe-se entregar um relatório completo do processo dessa votação, acompanhado dos nomes dos deputados e das empresas que apoiaram suas campanhas eleitorais (obtidas no TRE),  para o Amaury incluí-lo no “Privataria II”, em elaboração.

Amaury afirmou que só escreve com fatos e documentos que provem as denúncias, cabendo às entidades fazer os documentos chegarem até ele.

Os presentes quiseram saber se Amaury acha que a CPI da Privataria sai ou não sai.

“Depende da pressão popular. O livro sozinho já tem dados e informações documentais mais que suficientes”, responde Amaury que, humoradamente, completa: “Meu filho é ‘filho’ do Banestado. Foi feito em Nova Iorque por causa do Banestado. É a minha CPI e vou voltar a ela no Privataria II”.

Ao final do debate  formou-se uma fila para os autógrafos, incrivelmente organizada.

“Êita povo prá gostar de fila, sô”, brincou Amaury, pegando a caneta para autografar dezenas de exemplares.

Vendendo dez exemplares de uma vez para um dirigente da associação dos ex-funcionários do privatizado Banestado, William diz que “Curitiba lançou a ideia e o bloqueio da mídia e das redes de livrarias está sendo vencido pelos convites para as dezenas de atos iguais a este que acabamos de assistir.”

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Livro “A Privataria Tucana” continua sendo o 2º livro de não ficção mais vendido

Férias!

Livro “A Privataria Tucana” de Amaury Ribeiro Jr continua sendo o 2º livro de não ficção mais vendido, segundo a Folha de S. Paulo do último dia do ano. Perde apenas para a biografia de Steve Jobs. A Privataria Tucana é também o segundo livro eletrônico mais vendido, em todas as categorias, perdendo também para Jobs.

Curiosidade: a Folha diz que o livro A Privataria Tucana é de “não-ficção”. Isso que dizer que ela concorda que não há nenhuma ficção no livro, ratificando os escândalos das privatizações tucanas de José Serra e demais tucanos?

Epílogo do livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr

Diversão de férias

Depois desta jornada pelos pântanos da política em que todos são vilões e o Brasil é a vítima, acho importante encerrar a narrativa com algumas observações. A primeira delas é que o país e suas instituições não têm o direito de continuar fazendo de conta que não viram a rapinagem organizada que devastou os bens do Estado nos anos 1990 e começo da década seguinte. E que serviu para tornar os ricos mais ricos.

Varrer a sujeira para debaixo do tapete, como se fez tantas vezes,não é mais possível. Não há tapete suficiente para acobertar tanto lixo. O Brasil, que escondeu a escravidão e ainda oculta a barbárie de suas ditaduras, não pode negar aos brasileiros a evisceração da privataria. Quem for inocente que seja inocentado, quem for culpado que expie sua culpa.

Se isso não acontecer, isto é, se a memória do saque não se tornar um patrimônio dos brasileiros, o país poderá repetir esta história, mais cedo ou mais tarde. Não é demais reparar que, na América Latina, estamos atrasados nestas providências. No México, o ex-presidente Carlos Salinas de Gortari — espécie de santo padroeiro da privataria latina — crivado de denúncias de corrupção, saltou em seu jatinho e fugiu para Nova York. Na Bolívia, após privatizaraté a água, que entregou à francesa Suez-Lyonnaise des Eaux e ànorte-americana Betchel, o “modernizador neoliberal” Gonzalo Sánchez de Lozada foi ejetado do seu trono aos gritos de “assassino”e voou para Miami.

Tripulando uma razia privatizante que liquidou até mesmo estatais que davam lucro e um processo de concentração de renda que desempregou 30% da população ativa, Carlos Menen virou sinônimo de azar. Na Argentina, as pessoas dizem “Mendéz” para não pronunciar seu nome receando uma catástrofe. No Peru, após aprovar sua segunda reeleição, Alberto Fujimori evadiu-se do país sob acusação de surrupiar US$ 15 milhões do erário e de autorizara execução de dissidentes. Condenado a 25 anos de prisão, Fujimori admitiu, depois, ter concedido propinas — “briberization”, comodiria Joseph Stiglitz — o que somou à sua pena mais alguns anos de cadeia.

Para quem entende a desigualdade social como um valor em simesmo e o Estado do Bem-Estar Social como um trambolho no caminho da realização plena do indivíduo, Salinas de Gortari, Sánchez de Losada, Menem, Fujimori e similares fizeram o que tinham que fazer. Foram flagrados — uma lástima do seu ponto devista — mas não se pode fazer maiores reparos à sua ação política em termos de coerência. Resta saber se quem interpreta o Estado Mínimo como uma perversidade inefcaz — aqui ou em qualquer outro lugar — está disposto a fazer valer sua condição cidadã e exigir da Polícia, do Fisco, do Ministério Público e da Justiça que cumpram a sua parte. Se jogar uma luz sobre este passado ainda imerso nas sombras, este livro, que termina aqui, terá cumprido a sua parte. E tudo o que houve terá valido a pena.

Viva la privatización!

Final do capítulo 8 do livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr:

Dizem que o Espanhol [Gregório Preciado, casado com uma prima de José Serra], hoje totalmente livre de dívidas, também costuma se emocionar em festas ao lembrar do apoio que sempre recebeu no país. “Viva el Brasil”, costuma brindar Preciado. “Viva la privatización”, emendam seus inimigos.

Parte do capítulo 5 do livro “A Privataria Tucana” de Amaury Ribeiro Jr: Vale do Rio Doce

Para Ricardo Sérgio, a vida muda para valer quando Clóvis Carvalho, futuro ministro da Casa Civil, apresenta-o a José Serra e Fernando Henrique Cardoso. É o ponto zero a partir do qual principia a construir sua saga de coletor de contribuições milionárias para o PSDB. Corria o ano de 1990 e Serra, candidato a deputado federal, estava com dificuldades para levantar dinheiro para a campanha. Ricardo Sérgio era o homem certo. Virou tesoureiro, papel de que também se incumbiria em 1994, na eleição de Serra ao Senado. Para Fernando Henrique, arrecadou dinheiro nas campanhas presidenciais de 1994 e 1998.

Sob FHC, o caixa de campanha, que já lidava com poderosos cifrões, passou a manusear quantias espetaculares. Mais ainda após sua indicação — por Serra — para dirigir a área internacional do Banco do Brasil. Desde o seu gabinete, articularia a sucção dos recursos dos fundos de pensão estatais — Previ, Petros, entre outros — para a ciranda das privatizações. Era o homem de Serra quem orquestrava a montagem de grupos para disputar os leilõese garantia o aporte do dinheiro do BB e dos fundos para cada consórcio. Nesta modalidade dois-em-um da privataria, o dinheiro público fnanciava a alienação das empresas públicas. Leiloadas as estatais, a gratidão expressava-se zelosamente nas campanhas eleitorais do PSDB.

(…)

A proximidade entre Jereissati e Ricardo Sérgio ficaria mais evidente em 1998, ano notável em que todo o sistema de telefonia do Brasil, a Telebrás, é vendido por pouco mais de R$ 22 bilhões. É uma quantia tão impressionante quanto aquela que a União investira na Telebrás nos dois anos e meio anteriores à privatização: R$ 21 bilhões. Na oportunidade, o negócio foi vendido pela imprensa hegemônica aos seus leitores como algo maravilhoso para o Brasil e os brasileiros. Hoje, mesmo alguns tucanos desconfam — ou têm certeza — que não foi nada disso. “Só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixa e móvel”*, opinou o ex-ministrode FHC, Luiz Carlos Bresser Pereira. Um bobo ou um esperto… *“O menino tolo”, artigo de Bresser Pereira, Folha de S. Paulo, em 18/07/2010. Ministro da Fazendano governo José Sarney, Bresser Pereira foi titular das pastas de Administração Federal e Reforma do Estado e de Ciência e Tecnologia nos dois governos FHC. É um dos fundadores do PSDB.

(…)

Dois ministros de FHC — Mendonça de Barros, das Comunicações; e Paulo Renato de Souza, da Educação — em diferentes ocasiões, ouviram o empresário Benjamin Steinbruch queixar-se de ter de pagar comissão a Ricardo Sérgio em troca da sua expertise na operação que resultou na venda da Companhia Vale do Rio Doce.

O controle acionário da Vale foi vendido em maio de 1997, com direito a financiamento oficial subsidiado aos compradores e uso de moedas podres… Custou a bagatela de US$ 3,3 bilhões. Hoje, o mercado lhe atribui preço 60 vezes maior, ou seja, rondando os US$ 200 bilhões. A companhia foi privatizada de forma perversa, atribuindo-se valor zero às suas imensas reservas de minério de ferro, capazes de suprir a demanda mundial por 400 anos. Além disso, a matéria-prima registrou elevação substancial de preço na primeira década do século 21.

Diretor do grupo Vicunha, Steinbruch arrematou a Vale por meio do consórcio Brasil, que contava ainda com o Bradesco e a valiosíssima presença da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do BB, dono de um patrimônio de R$ 37 bilhões. A ajuda de Ricardo Sérgio foi essencial no aporte da Previ ao consórcio de Steinbruch.

Blogueiro do Paraná, Fábio Campana, diz que livro “A Privataria Tucana” é encomenda do PT para desqualificar adversários

Fábio Campana. Foto: Dico Kremer

O blogueiro paranaense Fábio Campana, conhecido como ferrenho defensor dos governos Jaime Lerner (DEMO), Beto Richa (PSDB) e FHC (PSDB), ao ser denunciado pelo Deputado Federal Doutor Rosinha (PT), atacou o deputado e seu partido e disse que o PT “estende suas garras ao controle de meios de comunicação para fazer valer suas versões e que encomenda livros para desqualificar seus adversários”.

Ele foi denunciado por Dr. Rosinha de ser contratado pela Assembleia Legislativa do Paraná para “falar bem” do órgão. Atualmente ele claramente faz propaganda do governo Beto Richa (PSDB), prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB) e secretário de estado e ex-deputado federal Ricardo Barros (PP).

Recomendo o principal blog da direita paranaense: http://www.fabiocampana.com.br

Em tempo: como a minha querida amiga blogueira Maria Frô achou estranho eu recomendar o Blog do Fábio Campana. Informo que recomendo para que todo o Brasil dê os votos de Feliz Natal para ele!

Em tempo 2: Fábio Campana ainda ataca a contratação pela EBC do renomado jornalista Luis Nassif. Será que o Fábio Campana pretende se comparar com o Luis Nassif?