Governo Jaime Lerner lesou usuários do pedágio e foi favorável às concessionárias, diz TCU

Jaime Lerner e Beto Richa, criador e criatura

O governo Jaime Lerner (DEMO, com apoio do PSDB) lesou usuários do pedágio e foi favorável às concessionárias, diz o Tribunal de Contas da União, conforme a Gazeta do Povo da última quinta-feira.

Além de privatizar as estradas do Paraná e implementar um dos pedágios mais caros do mundo, entre 1997 e 1998, o ex-governador Jaime Lerner (1995-2002), com o apoio do PSDB do atual governador Beto Richa, fez modificações nos contratos com as concessionárias em 2000 e 2002 que geraram benefícios indevidos às empresas privadas.

O TCU ainda aponta que os contratos celebrados por Lerner em 1997 desrespeitaram a Lei de Concessões de 1995.

O levantamento do TCU foi solicitado pela Senadora Gleisi Hoffmann (PT) em 2011, atual Ministra da Casa Civil da presidenta Dilma Rousseff.

O governo Roberto Requião (2003-2010) tentou judicialmente acabar com as ilegalidades e imoralidades dos contratos celebrados por Lerner, mas o Poder Judiciário sempre deu ganho de causa às concessionárias, de forma liminar, ou ainda não julgou as demandas definitivamente.

Beto Richa suspendeu 140 ações contra as concessionárias para iniciar negociações com as concessionárias. Por enquanto essas negociações não surtiram efeito: a tarifa continua estratosférica, as concessionárias continuam não fazendo investimentos, duplicações e obras, e o povo paranaense continua a mercê da incompetência do governo.

Maiores informações na matéria da Gazeta do Povo.

Pedágios no Paraná criados por Lerner e mantidos pela Justiça garantem lucro fácil para as concessionárias

Reportagem dessa segunda-feira na Gazeta do Povo informa que as concessionárias do pedágio no Paraná, criado pelo governador Jaime Lerner (DEMO), garantem lucro de R$ 206 milhões para as empresas privadas, com arrecadação de R$ 1,42 bilhão.

Nos últimos 14 anos as concessionárias investiram em obras nas estradas apenas R$ 2,65 bilhões, o equivalente ao que elas ganharam somente nos últimos dois anos.

O governo de Roberto Requião (PMDB) tentou diminuir as tarifas do pedágio, mas não conseguiu devido às decisões do Poder Judiciário, normalmente condescendente com o grande capital.

O governo Beto Richa (PSDB) está negociando com as concessionárias, por meio do seu apagado secretário de infra-estrutura Pepe Richa (irmão do governador). Aumentando a tarifa ou o prazo dos contratos, conseguirá que as concessionárias façam mais obras.

Charges: Choque de Gestão de Beto Richa no pedágio, as concessionárias entram com o pé, o povo com a b*

 

Charge: Beto Richa e Alckmin vão inventar o pedágio interplanetário

Hoje na Folha de São Paulo

Charge: Beto Richa é o Robin Hood as avessas

Governo Beto Richa permitirá que concessionárias cobrem pedágio dos paranaenses da RMC de Curitiba

Criador e criatura

O super-secretário de infraestrutura José Richa Filho (irmão de Beto Richa) estuda com as concessionárias a cobrança de pedágio por quilômetro. Com isso milhares de paranaenses moradores da região metropolitana de Curitiba, que hoje não pagam pedágio, passarão a pagar. As concessionárias agradecem!

Gazeta do Povo denuncia que Beto Richa e seu irmão silenciam sobre o pedágio

Criador e criatura

Hoje na Coluna de Celso Nascimento na Gazeta do Povo

Impasse 1

Reina silêncio absoluto de todos os lados sobre a questão do pedágio. Logo nos primeiros dias de governo, o secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, anunciou o início de negociações com as concessionárias visando reduzir as tarifas. Nem as concessionárias se entusiasmaram com a ideia nem o governo federal, que é “dono” das estradas delegadas e pedagiadas pelo estado, se animou. E o assunto, hoje, parece esquecido.

Impasse 2

O impasse residiria num ponto do qual as concessionárias não demonstram vontade de abrir mão: elas pretenderiam prorrogar em mais 15 anos os contratos atuais (que terminam em 2023) em troca da diminuição das tarifas. O governo do estado teme o impacto político que sofrerá se aceitar esta proposta. Além disso, não pode fazê-lo unilateralmente – é preciso que o governo federal concorde. Já experiente no ramo do pedágio barato, o governo federal prefere esperar pelo fim dos contratos e, no futuro, mudar o modelo de concessão adotado no Paraná.