Microsoft, traficantes, Celepar e Beto Richa

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Você já viu esta história: o traficante entrega drogas para as crianças e adolescentes, de graça, as vicia e depois cobra, e cobra caro pelo vício.

Agora vejam esta notícia: a Microsoft Brasil vai disponibilizar “DE GRAÇA” soluções tecnológicas para capacitação de pessoas em tecnologia da informação (TI) e uso de plataforma de aprendizagem virtual, MAS POR APENAS DOIS ANOS.

Sim, isso mesmo. Nesta terça-feira (9), no hotel mais caro e elitista do Brasil, o Copacabana Palace do Rio de Janeiro, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), assinou um “protocolo de intenções” com a Microsoft Brasil para o objeto já citado. Quem pagou a conta do hotel? A Microsoft? Foi feita licitação prévia a assinatura?

Beto Richa disse que isso servirá para “melhor comunicação entre alunos e professores na rede estadual de ensino”.

O Paraná foi “escolhido” pela Microsoft, junto com São Paulo, também administrada por um tucano, Geraldo Alckmin, por ter “diretrizes de governo” que dão segurança para a Microsoft.

A Microsoft confessa que seu “programa” é focado para o público jovem.

O presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy, disse que o Paraná está “puxando o trem da competitividade” no país. É a tese neoliberal, incentivar a competição, o egoísmo, e não o compartilhamento e a fraternidade.

E a Celepar – Companhia de Tecnologia da Informação e Telecomunicações do Paraná está envolvida nesse escândalo.

Quem faz a comparação da Microsoft com um traficante é o sociólogo e professor Sergio Amadeu, pesquisador de cibercultura e membro da comunidade do software livre. Com isso a Microsoft acionou judicialmente por calúnia contra Sérgio Amadeu. Veja parte de uma entrevista com Amadeu, que cita Bill Gates:

“Você concorda com a comparação entre a Microsoft e os traficantes de drogas?

O próprio Bill Gates parece concordar com essa comparação, de acordo com essa citação:

“Embora três milhões de computadores sejam vendidos a cada ano na China, as pessoas não pagam pelo software. Um dia eles pagarão, penso eu. E mesmo enquanto eles estão roubando, queremos que eles nos roubem. Eles ficarão como que viciados e um dia, de algum modo, vamos descobrir como cobrá-los na próxima década.” [Citação retirada da revista Fortune, dia 20 de julho de 1998]

No entanto, prefiro comparar a Microsoft com a indústria do cigarro, esses vendedores de drogas legalizadas. Eles distribuem amostras grátis e cigarros de chocolate para fazer com que as crianças comecem a fumar. Hoje, a Microsoft dá amostras grátis do Windows para escolas e estudantes. As escolas deveriam se recusar a fazer parte desse jogo.”

Além disso essa prática de Beto Richa, com apoio da Celepar, desrespeita a Lei Estadual 14.058/2003, que determina que a Administração Pública do Paraná deve utilizar, preferencialmente, programas abertos de computador. Na aquisição de softwares proprietários, deve ser dada preferência para aqueles que operem em ambiente multiplataforma, permitindo sua execução sem restrições em sistemas operacionais baseados em software livre. Também descumpre a Lei 14.195/2003 e Lei 15.6742/2007. Todas essas leis da época do governador Roberto Requião (PMDB), mas que ainda estão em plena vigência.

E acaba com a política de software livre no Estado, que privilegia o compartilhamento e o desenvolvimento nacional.

Por favor 2014, chega logo!

Gov. Beto Richa assina protocolo de intenções com Microsoft

Beto Richa vai para o Rio de Janeiro a convite da Microsoft, em horário de trabalho

Rio de Janeiro é uma bela cidade...

Rio de Janeiro é uma bela cidade…

Hoje a Gazeta do Povo denunciou que o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), vai estar quarta-feira no Rio de Janeiro, em horário que deveria estar trabalhando em Curitiba, onde vai ministrar uma palestra no Fórum Cidades e Desenvolvimento. Cidades? Mas ele é governador do Estado, e não prefeito!

O convite é da Microsoft, empresa que está sendo beneficiada com o fim do software livre implementado por Beto no Paraná. Com isso Beto está enriquecendo ainda mais a empresa de Bill Gates, e jogando no lixo dinheiro público que poderia estar servindo para investimento em tecnologia paranaense e trabalhadores do Estado.

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A Assembleia Legislativa tem justificativa para contratar Microsoft, e não software aberto ou livre?

Beto Richa quer acabar com o software livre na Administração Pública do Paraná

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Presidente do Conselho de Administração da Celepar, Cassio Taniguchi, e Beto Rixa

Presidente do Conselho de Administração da Celepar, Cassio Taniguchi, e o governador Beto Richa

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), assinará no dia 9 de abril um protocolo de intenções com a Microsoft Brasil. A empresa vai dominar a rede de ensino público estadual.

Tchau software livre, tchau software desenvolvido por brasileiros, tchau liberdade para alterar os códigos-fonte.

Viva a dependência total, e cara, junto à Microsoft de Bill Gates.

Interesse público sujeito aos interesses privados.

E o que está sendo feito da Celepar – Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná?

Por favor 2014, chega logo!