Depois de assumir discurso neoliberal e reacionário, hoje o PSDB também virou golpista ao apoiar o dia 15

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O PSDB foi criado em 1988 por membros do PMDB que eram contrários a José Sarney e Orestes Quércia, para a defesa da social-democracia. Para chegar ao poder, se aliou ao PFL (ex-PDS, ex-ARENA, atual Democratas) e abraçou o neoliberalismo em 1994 com Fernando Henrique Cardoso para ganhar de Lula do Partido dos Trabalhadores. Governo FHC que comprou os deputados federais para aprovar a reeleição do então presidente em 1998, para vencer a chapa Lula/Leonel Brizola (PDT). Em 2002 com José Serra, em 2006 com Geraldo Alckmin e em 2010 novamente com Serra o PSDB abraçou não apenas o neoliberalismo, mas também um discurso conservador e reacionário. Hoje o PSDB decidiu assumir também o discurso do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), democraticamente reeleita em 2014. Veja sua nota oficial:

Nota oficial do PSDB sobre as manifestações populares convocadas para o dia 15 de março

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) se solidariza com as manifestações de indignação dos brasileiros diante da flagrante degradação moral e do desastre econômico-social promovidos pelo governo Dilma Rousseff.

O PSDB defende a livre manifestação de opinião e o direito à expressão dos cidadãos e, portanto, apoia os atos pacíficos e democráticos convocados para o próximo dia 15 de março em todo o país.

Mais do que uma garantia constitucional, a liberdade de pensamento e de crítica é fundamento essencial para o fortalecimento da vida democrática e o enraizamento social dos valores republicanos.

O PSDB repudia a atitude daqueles que, em nome de seus interesses partidários, cerceiam e deturpam o direito à livre manifestação, e tentam convencer a população de que a crítica aos governantes se confunde com atentados contra a ordem institucional e o Estado de Direito.

Na verdade, ao contrário de que alguns tentam fazer crer, os protestos que ocorrem nas redes sociais e nas ruas não defendem um terceiro turno, mas a rigorosa apuração de responsabilidades sobre a corrupção endêmica incrustrada no corpo do estado nacional, e cobra o abandono dos compromissos assumidos publicamente com a população. São manifestações legítimas de um país que vive em plena democracia e se posiciona perante múltiplas e graves crises.

Acreditamos que a participação popular melhora as instituições e eleva os padrões de governança pública. Por isso, o PSDB, através de seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças participará, ao lado de brasileiros de todas as regiões do país, desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira.

O PSDB reitera seu compromisso com todos os que desejam um país mais forte, íntegro, justo, solidário e democrático.

Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB

Senador Cássio Cunha Lima
Líder do PSDB no Senado Federal

Deputado Carlos Sampaio
Líder do PSDB na Câmara dos Deputados

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14 comentários sobre “Depois de assumir discurso neoliberal e reacionário, hoje o PSDB também virou golpista ao apoiar o dia 15

  1. Essa atitude de querer desqualificar as manifestações de 15 de março estão dando mais gás para os indignados com o governo federal. Quanto mais tentam classificar o movimento como um golpe, aí que o pessoal se mobiliza mesmo. Apoiar o governo e o partido dos trabalhadores é tão democrático como a crtítica que estão programando para o dia 15. O que há de antidemocrático nisso ? Ainda que entre os manifestantes existam aqueles que paradoxalmente apoiam uma intervenção militar (um absurdo completo, diga-se de passagem, pois se valem da liberdade para atacar a democracia), rotular o movimento do dia 15 como golpista é o mesmo que chamar todo petista de corrupto. Acho que quanto mais se acirram os ânimos, menores as chances do diálogo que é o que estamos precisando ! (estamos todos no mesmo barco lembra ?). As lideranças políticas, sindicais e os movimentos sociais que estão promovendo a manifestação do da 13, com todo o direito devem ir as ruas mas deveriam ir com mais calma ao rotular dessa forma quem tem uma visão diferente (e real, ao meu ver) da crise que está assolando esse país. Vocês estão insuflando o movimento do dia 15 e se já está ruim para o governo, que está ilhado politicamente, desacreditado e não consegue ter uma visão clara sobre qual rumo dar ao país, muito pior será para toda a nação se houver uma crise de governabilidade (se é que isso ja não estamos vivendo, basta ver o Lula tomando à frente nas reuniões com partidos políticos e ministros) e aí sabe lá onde tudo isso pode parar… a coisa é séria !

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  2. olha,criticar a manifestação e uma coisa,mas o que querem o golpe são ridicularizados por todos,inclusive os de direita

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  3. Ninguém quer saber de golpe, isso é coisa de quem está desesperado tentando desqualificar o movimento. Agora, e as pesquisas quando saírem com popularidade do governo em um dígito, vai ser golpe ?

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    • Ninguém quer golpe? kkkkkkkkkkkk Um monte de gente quer a “intervenção militar”. E Impeachment, por mais que hoje seja impossível ocorrer, seria golpe se não demonstrada responsabilidade direta de Dilma

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      • Um monte é um bando de gatos pingados. Golpe nada, previsão Constitucional de IMPEACHMENT ! O Sr. Sabe Muito bem.

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      • Desqualificar manifestações porque elas são contra um governo que você apoia, senhor Tarso, é uma atitude que decorre, mesmo que de forma inconsciente para a maioria das pessoas, de uma visão autoritária da política que se baseia em uma lógica mais ou menos assim: se eu acho legítimas manifestações do ‘meu grupo’ contra Collor, Itamar e FHC, mas não reconheço a outras pessoas o direito de fazer o mesmo contra a Dilma sem serem desqualificadas e chamadas de golpistas, então eu estou entrando num campo perigoso que é a noção de que existe uma hierarquia entre partidos, ideias e projetos políticos e que justamente os meus estão no topo dessa hierarquia. Não é que quem age dessa forma tenha necessariamente inclinações autoritárias, isso passa despercebido na maioria das vezes; as pessoas não se dão conta do componente autoritário que essa ideia carrega. É a mesma lógica que dá legitimidade e suporte à repressão estatal em regimes autoritários ou ditatoriais. O senhor deveria aceitar manifestações como parte da democracia ao invés de pinçar uns idiotas que pedem intervenção militar e usá-los, com alguma má fé, como ‘prova’ de que há um golpe em curso. Isso é verborragia, não corresponde à realidade. É tão difícil aceitar protestos que são contra o governo que você defende? Muito democrático, não?

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  4. Golpe tem é que ser dado sim, mas com uma espada bem afiada que arranque o pescoço dessas imundícies petistas que vão desde a Dilma até seus asseclas que jogaram o país na lama por causa de corrupção. Fazer igual ao Estado Islâmico, que aliás, é apoiado na visão curta dessa guerrilheira subversiva que se autodenomina presidenta. A batata de vocês companheiros está assando!!

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  5. Golpe baixo.
    com sessões no senado onde não existia a menor chance de defesa. somente teatro ja que os votos estavam definidos por partido.
    quem tem a maioria no senado ganha.
    a prova disso e o waldir que confrontou o interesse do partido e aliados logo foi pressionado a renunciar.

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