Prefeito de BH do PSB privatiza escolas públicas por meio das PPPs

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A Prefeitura de Belo Horizonte inaugurou ontem (21) a Unidade Municipal de Educação Infantil Belmonte, o primeiro caso de privatização de uma escola estatal por meio das inconstitucionais Parcerias Público-Privadas – PPPs. O prefeito de BH é Márcio Lacerda (PSB), do mesmo partido de Eduardo Campos, pré-candidato à presidência da república, e do prefeito derrotado ainda no primeiro turno em Curitiba, Luciano Ducci. Disso Curitiba se livrou!

A empresa privada que vai gerir a UMEI, que receberá 440 crianças de 0 a seis anos, é a Inova BH, empresa da Odebrecht Properties. Até o final do ano mais quatro escolas construídas via PPP e privatizadas ficarão prontas, e até 2014 mais 37 unidades.

Nem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi tão neoliberal. Ele criou a Lei das organizações sociais – OS para privatizar a gestão da universidades federais e escolas públicas para ONGs, mas não teve coragem de executar.

A empresa privada será responsável por serviços como manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, segurança, limpeza, sustentabilidade ambiental e mobiliário, por 20 anos. Os serviços pedagógicos não estão incluídos, mesmo assim a privatização inconstitucional é grave.

A empresa privada será remunerada com grandes quantidade de dinheiro público, sem qualquer risco de prejuízo. É o caso claro de capitalismo sem riscos.

Celso Antônio Bandeira de Mello, o maior jurista do direito administrativo do país, entende que a Lei 11.079/2004, a Lei das PPPs, é “grosseiramente” inconstitucional. A previsão de: garantia do contrato pela Administração Pública com vinculação de receitas, fundos públicos ou empresas públicas; de árbitros privados decidirem questões de interesse público; e a transferência da sociedade de propósito específico para os financiadores da parceria sem demonstração de documentos de habilitação são inconstitucionais.

A modalidade de PPP será a concessão administrativa, que tem o intuito de enriquecer empresas com boas relações com o Poder Público, e jogar gastos públicos para governos do futuro. As inaugurações de prédios estão garantidos agora, para os governantes neoliberais atuais.

Essa mesma gente que defende PPPs e outras privatizações defendem o financiamento privado de empresas nas eleições. A “mecânica” é simples. Dinheiro público vai para as empresas privadas, e parte desse dinheiro vai para os políticos que como governantes pagaram as empresas privadas.

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44% das licitações na modalidade RDC não são finalizadas

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Segundo o Dnit – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, que é o maior contratador de obras da União, desde que o RDC – Regime Diferenciado de Contratação foi criado em em 2011, foram iniciadas 150 licitações, mas 66 (44%) delas não foram finalizadas.

As empreitairas querem que os valores estimados nas licitações sejam mais altos, com a previsão da chamada contingência, que é o valor extra para cobrir o risco de os projetos custarem mais que o previsto.

Para a contrução da nova ponte da Amizade (Brasil-Paraguai), as sete empresas privadas queriam receber no mínimo R$ 217 milhões, mas o governo Dilma só aceitava pagar R$ 195 milhões.

As empresas privadas, acostumadas com altos lucros, desistiram da licitação.

“Havia corrupção na ditadura militar”, “muita corrupto critica políticos corruptos” e “quem corrompe é a iniciativa privada”

Foto de Marisa Cauduro/ Folhapress

Foto de Marisa Cauduro/ Folhapress

Em entrevista na Gazeta do Povo há uma boa entrevista com o jornalista e escritor Oscar Pilagallo, sobre seu livro Corrupção – Entrave ao Desenvolvimento do Brasil.

Ele informa que a corrupção no Brasil não aumentou nos últimos anos, mas sim o que há são mais instrumentos de transparência pública e uma imprensa mais atuante. Informa que havia corrupção na ditadura militar, mas com a imprensa censurada e sem possibilidades de controle social.

O escritor ainda denuncia que “muita gente que critica os políticos também acaba cometendo atos que envolvem algum tipo de corrupção na vida privada”.

O autor informa que o Brasil não é mais corrupto do que outros paíeses com desenvolvimento semelhente. Na Rússia, Índia, China, Argentina, México há mais corrupção.

Outra denuncia importante: que na maioria das vezes quem corrompe o Poder Público é a iniciativa privada.

Rogerio Galindo da Gazeta do Povo acusa Beto Richa de criar Secretaria Fantasma

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Por Rogerio Waldrigues Galindo no Caixa Zero da Gazeta do Povo

O leitor pode fazer o teste: ligue para o telefone geral do Palácio Iguaçu e peça para falar com o cerimonial. Para onde você imagina que será transferido? Para a Secretaria Especial de Cerimonial e Relações Internacionais? Parece que seria o caminho mais óbvio, afinal o governador Beto Richa (PSDB) criou a secretaria faz três meses. Mas não: o telefonema cairá numa coordenadoria da Secretaria de Governo, comandada por Cezar Silvestri. Erro? Não.

Antes de Richa nomear o amigo Ezequias Moreira para o cargo de secretário especial, havia dentro da Secretaria de Governo uma Coordenadoria de Cerimonial e de Relações Internacionais. Exceto pelo status, é exatamente o mesmo nome da nova secretaria. O curioso, porém, é que após a nomeação de Ezequias essa coordenadoria não sumiu. Para confirmar isso, bastaria olhar o organograma da Secretaria de Governo divulgado na internet. A “CCRI” continua lá.

Veja a continuação, clique aqui.

 

Beto Richa vai privatizar o Teatro Guaíra em 2014 para burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal e concurso público

O Secretário de Estado da Cultura do Paraná, Paulino Viapiana, confessou novamente que o governo Beto Richa (PSDB) vai privatizar o Teatro Guaíra em 2014, na Gazeta do Povo de hoje.

O Teatro, que é uma autarquia, precisa contratatar novos servidores públicos. A Constituição de 1988 exige a realização de concurso público, segundo o art. 37, II.

O problema é que com a incompetência de gestão do governo Estado, com a contratação de seus parentes e criação de um cargo comissionado sem concurso público a cada dois dias de governo, o Paraná está no limite de despesas com pessoal segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Qual a saída dos “gênios” neoliberais-gerenciais do governo Beto Richa? Terceirizar a gestão do Teatro para uma ONG qualificada como organização social – OS.

É o mesmo modelo de privatização que está prestes a ser considerado como inconstitucional pelo STF; que foi considerado mais caro e menos eficiente pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; e é o mesmo modelo de privatização do ICI – Instituto Curitiba de Informática, que passa pelo escândalo da Urbs/Dataprom de fuga às licitações.

Ao invés de debater com a sociedade se seria o caso de manter ou modificar o regime jurídico do Guaíra, discutir se seria conveniente ou constitucional transformar o Guaíra de autarquia em fundação estatal de direito privado ou empresa pública, Beto Richa simplesmente quer privatizar.

Mas a própria LRF determina que a substituição de servidores por terceirizados deve ser contabilizada dentro dos gastos com servidores.

Ministério Público, Tribunal de Contas e OAB, fiquem de olho por favor.

Por favor 2014, chega logo!

Gazeta do Povo pede que jovens se filiem aos partidos políticos

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Editorial de hoje da Gazeta do Povo

É hora de buscar os partidos

A negação e o preconceito não solucionam o problema. Para mudar a prática corrente da política brasileira, vai ser preciso que a sociedade novamente se engaje dentro dos partidos

Em duas semanas termina o prazo para que todos aqueles que queiram se candidatar filiem-se a partidos. Especialmente na ressaca da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da continuação do julgamento do mensalão, é possível pensar que isso não interessa ao cidadão, e que os partidos estão dominados por grupos que têm como único objetivo permanecer no poder para benefício próprio. É um diagnóstico não de todo errado, mas incompleto: é preciso saber como se chegou a esse patamar de descrença.

É bem verdade que as legendas andam com a má fama de serem, ao menos em parte, culpadas pelas disfunções da política brasileira. Elas têm lá sua parcela de responsabilidade sobre os desvios de conduta de seus integrantes. Há, entretanto, um outro lado dessa mesma verdade que é deliberadamente esquecido. É preciso admitir que boa parte da sociedade se distanciou da vida partidária e, ao agir assim, ao menos indiretamente contribuiu para se chegar ao estado de coisas atual.

Qualquer solução para a crise das instituições brasileiras precisa contemplar obrigatoriamente mecanismos que promovam uma maior sintonia entre partidos políticos e sociedade. As legendas são, na democracia brasileira, os instrumentos legítimos para a disputa política – é por meio delas que são escolhidos os representantes que decidem os rumos do país. Negar a atividade partidária, considerá-la uma atividade criminosa ou trabalho para corruptos é, em última instância, condenar a própria política.

A negação e o preconceito não solucionam o problema. Para mudar a prática corrente da política brasileira, vai ser preciso que a sociedade novamente se engaje dentro dos partidos. Vai ser preciso o aparecimento de novas lideranças partidárias, descomprometidas com a reprodução do fisiologismo e das práticas patrimonialistas. Vai ser preciso empreender um processo de revitalização das legendas, esforçando-se para torná-las mais democráticas e mais férteis no debate do programa partidário. Esse esforço só será possível se o preconceito for quebrado e se cidadãos que têm participado da vida pública, mas que estão neste momento alheios aos partidos, decidirem participar do processo eleitoral.

O retorno dos cidadãos às atividades partidárias é possível. Já aconteceu em outros lugares do mundo. Na Noruega, por exemplo, as filiações partidárias dispararam entre os jovens no fim de julho de 2011. A razão para esse comportamento não foi nada banal. O terrorista Anders Breivik havia assassinado a tiros 77 pessoas na ilha de Utoya. A tragédia que comoveu a Noruega serviu para despertar a consciência da necessidade de participar dos assuntos públicos. Segundo notícias veiculadas naquela ocasião, todas as legendas tiveram adesão de jovens, até mesmo o Partido Progresso, sigla conhecida por suas posições radicais anti-imigração, ao qual Breivik era filiado.

No Brasil, não é necessário esperar que ocorram tragédias civis ou rupturas políticas revolucionárias para haver um despertar do envolvimento da sociedade na política. Não é preciso ter eventos inusitados nem situações dramáticas. É preciso, sobretudo, uma mudança de perspectiva dos cidadãos que hoje não estão incluídos nas disputas partidárias. O nascimento de novas lideranças, genuinamente comprometidas com os assuntos públicos, fará com que os partidos voltem a cumprir sua função na democracia. E até o 5 de outubro há uma janela de oportunidade para iniciar essa mudança.

Ives Gandra da Silva Martins: “José Dirceu foi condenado sem provas pelo STF”

ÍndiceHoje na Folha de S. Paulo

Dirceu foi condenado sem provas, diz Ives Gandra

Jurista afirma que julgamento abre esperança de punição a corruptos, mas cria ‘insegurança jurídica monumental’

MÔNICA BERGAMO COLUNISTA DA FOLHA

O ex-ministro José Dirceu foi condenado sem provas. A teoria do domínio do fato foi adotada de forma inédita pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para condená-lo.

Sua adoção traz uma insegurança jurídica “monumental”: a partir de agora, mesmo um inocente pode ser condenado com base apenas em presunções e indícios.

Quem diz isso não é um petista fiel ao principal réu do mensalão. E sim o jurista Ives Gandra Martins, 78, que se situa no polo oposto do espectro político e divergiu “sempre e muito” de Dirceu.

Com 56 anos de advocacia e dezenas de livros publicados, inclusive em parceria com alguns ministros do STF, Gandra, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, diz que o julgamento do escândalo do mensalão tem dois lados.

Um deles é positivo: abre a expectativa de “um novo país” em que políticos corruptos seriam punidos.

O outro é ruim e perigoso pois a corte teria abandonado o princípio fundamental de que a dúvida deve sempre favorecer o réu.

Folha – O senhor já falou que o julgamento teve um lado bom e um lado ruim. Vamos começar pelo primeiro.

Ives Gandra Martins – O povo tem um desconforto enorme. Acha que todos os políticos são corruptos e que a impunidade reina em todas as esferas de governo. O mensalão como que abriu uma janela em um ambiente fechado para entrar o ar novo, em um novo país em que haveria a punição dos que praticam crimes. Esse é o lado indiscutivelmente positivo. Do ponto de vista jurídico, eu não aceito a teoria do domínio do fato.

Por quê?

Com ela, eu passo a trabalhar com indícios e presunções. Eu não busco a verdade material. Você tem pessoas que trabalham com você. Uma delas comete um crime e o atribui a você. E você não sabe de nada. Não há nenhuma prova senão o depoimento dela –e basta um só depoimento. Como você é a chefe dela, pela teoria do domínio do fato, está condenada, você deveria saber. Todos os executivos brasileiros correm agora esse risco. É uma insegurança jurídica monumental. Como um velho advogado, com 56 anos de advocacia, isso me preocupa. A teoria que sempre prevaleceu no Supremo foi a do “in dubio pro reo” [a dúvida favorece o réu].

Houve uma mudança nesse julgamento?

O domínio do fato é novidade absoluta no Supremo. Nunca houve essa teoria. Foi inventada, tiraram de um autor alemão, mas também na Alemanha ela não é aplicada. E foi com base nela que condenaram José Dirceu como chefe de quadrilha [do mensalão]. Aliás, pela teoria do domínio do fato, o maior beneficiário era o presidente Lula, o que vale dizer que se trouxe a teoria pela metade.

O domínio do fato e o “in dubio pro reo” são excludentes?

Não há possibilidade de convivência. Se eu tiver a prova material do crime, eu não preciso da teoria do domínio do fato [para condenar].

E no caso do mensalão?

Eu li todo o processo sobre o José Dirceu, ele me mandou. Nós nos conhecemos desde os tempos em que debatíamos no programa do Ferreira Netto na TV [na década de 1980]. Eu me dou bem com o Zé, apesar de termos divergido sempre e muito. Não há provas contra ele. Nos embargos infringentes, o Dirceu dificilmente vai ser condenado pelo crime de quadrilha.

O “in dubio pro reo” não serviu historicamente para justificar a impunidade?

Facilita a impunidade se você não conseguir provar, indiscutivelmente. O Ministério Público e a polícia têm que ter solidez na acusação. É mais difícil. Mas eles têm instrumentos para isso. Agora, num regime democrático, evita muitas injustiças diante do poder. A Constituição assegura a ampla defesa –ampla é adjetivo de uma densidade impressionante. Todos pensam que o processo penal é a defesa da sociedade. Não. Ele objetiva fundamentalmente a defesa do acusado.

E a sociedade?

A sociedade já está se defendendo tendo todo o seu aparelho para condenar. O que nós temos que ter no processo democrático é o direito do acusado de se defender. Ou a sociedade faria justiça pelas próprias mãos.

Discutiu-se muito nos últimos dias sobre o clamor popular e a pressão da mídia sobre o STF. O que pensa disso?

O ministro Marco Aurélio [Mello] deu a entender, no voto dele [contra os embargos infringentes], que houve essa pressão. Mas o próprio Marco Aurélio nunca deu atenção à mídia. O [ministro] Gilmar Mendes nunca deu atenção à mídia, sempre votou como quis. Eles estão preocupados, na verdade, com a reação da sociedade. Nesse caso se discute pela primeira vez no Brasil, em profundidade, se os políticos desonestos devem ou não ser punidos. O fato de ter juntado 40 réus e se transformado num caso político tornou o julgamento paradigmático: vamos ou não entrar em uma nova era? E o Supremo sentiu o peso da decisão. Tudo isso influenciou para a adoção da teoria do domínio do fato.

Algum ministro pode ter votado pressionado?

Normalmente, eles não deveriam. Eu não saberia dizer. Teria que perguntar a cada um. É possível. Eu diria que indiscutivelmente, graças à televisão, o Supremo foi colocado numa posição de muitas vezes representar tudo o que a sociedade quer ou o que ela não quer. Eles estão na verdade é na berlinda. A televisão põe o Supremo na berlinda. Mas eu creio que cada um deles decidiu de acordo com as suas convicções pessoais, em que pode ter entrado inclusive convicções também de natureza política.

Foi um julgamento político?

Pode ter alguma conotação política. Aliás o Marco Aurélio deu bem essa conotação. E o Gilmar também. Disse que esse é um caso que abala a estrutura da política. Os tribunais do mundo inteiro são cortes políticas também, no sentido de manter a estabilidade das instituições. A função da Suprema Corte é menos fazer justiça e mais dar essa estabilidade. Todos os ministros têm suas posições, políticas inclusive.

Isso conta na hora em que eles vão julgar?

Conta. Como nos EUA conta. Mas, na prática, os ministros estão sempre acobertados pelo direito. São todos grandes juristas.

Como o senhor vê a atuação do ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso?

Ele ficou exatamente no direito e foi sacrificado por isso na população. Mas foi mantendo a postura, com tranquilidade e integridade. Na comunidade jurídica, continua bem visto, como um homem com a coragem de ter enfrentado tudo sozinho.

E Joaquim Barbosa?

É extremamente culto. No tribunal, é duro e às vezes indelicado com os colegas. Até o governo Lula, os ministros tinham debates duros, mas extremamente respeitosos. Agora, não. Mudou um pouco o estilo. Houve uma mudança de perfil.

Em que sentido?

Sempre houve, em outros governos, um intervalo de três a quatro anos entre a nomeação dos ministros. Os novos se adaptavam à tradição do Supremo. Na era Lula, nove se aposentaram e foram substituídos. A mudança foi rápida. O Supremo tinha uma tradição que era seguida. Agora, são 11 unidades decidindo individualmente.

E que tradição foi quebrada?

A tradição, por exemplo, de nunca invadir as competências [de outro poder] não existe mais. O STF virou um legislador ativo. Pelo artigo 49, inciso 11, da Constituição, Congresso pode anular decisões do Supremo. E, se houver um conflito entre os poderes, o Congresso pode chamar as Forças Armadas. É um risco que tem que ser evitado. Pela tradição, num julgamento como o do mensalão, eles julgariam em função do “in dubio pro reo”. Pode ser que reflua e que o Supremo volte a ser como era antigamente. É possível que, para outros [julgamentos], voltem a adotar a teoria do “in dubio pro reo”.

Por que o senhor acha isso?

Porque a teoria do domínio do fato traz insegurança para todo mundo.