Beto Richa participou de jantar em homenagem ao ex-presidente golpista do Paraguai

O governador Beto Richa (PSDB) foi na última quinta-feira (15) à cerimônia de posse do novo presidente do Paraguai, Horácio Cartes, do Partido Colorado, em Assunção. Até aí tudo bem, a presidenta Dilma Rousseff (PT) e vários outros presidentes de países americanos também foram.

O problema é que um dia antes, Beto Richa participou do jantar de despedida do ex-presidente golpista Federico Franco, do Partido Liberal.

Nenhum outro representante do governo federal brasileiro participou desse jantar.

Note-se que os juristas Pedro Estevam Serrano (veja também aqui), Roberto GargarellaJoão Bonifácio Cabral JuniorCarol Proner e Larissa Ramina, o Partido dos Trabalhadores – PT, o governo da presidenta Dilma Rousseff, o senador Roberto Requião (PMDB), os jornalistas Janio de Freitas e Paulo Moreira Leite, os Oficiais e Subalternos das Forças Armadas e Policiais do Paraguai e o ex-presidente da OAB, Cezar Britto, entendem que Franco foi alçado ao Poder no Paraguai após golpe contra o ex-presidente Fernando Lugo.

PSDB, o senador Álvaro Dias e o P.I.G apoiaram o golpe, com a anuência do Estados Unidos da América.

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Brasileiros aprovam cotas raciais e sociais

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O Instituto Paraná Pesquisas/Gazeta do Povo mostra que a maioria dos brasileiros apoiam as cotas raciais (48,5% a 45,6%) e as cotas sociais (73,9% e 22,7%).

Mas infelizmente os brasileiros apoiam mais as cotas sociais do que as raciais. A Gazeta informa que segundo o professor de Física da UFSC, Marcelo Tragtenberg, membro do programa de acompanhamento das ações afirmativas da universidade, isso ocorre porque se acredita, “erroneamente”, que as cotas sociais incluem automaticamente alunos negros: “Constatamos em simulações na UFSC antes (2006) e depois das cotas (2012) que se as ações afirmativas valessem somente para escolas públicas, o porcentual de negros na universidade não mudaria. A política de bônus da USP somente para escolas públicas durante os quatro primeiros anos não mudou significativamente o porcentual de negros e a universidade agora adota também bônus para pretos, pardos e indígenas”. A professora do Departamento de Ciências Sociais da UEL e pós-doutora em relações raciais, Nilza Maria da Silva, também defende as cotas raciais: “Embora nos últimos anos tenham havido mais discussões sobre as questões raciais, muitos brasileiros ainda não acreditam na existência do racismo, portanto, para essa parcela da população as cotas não têm sentido. Ainda existe a crença na democracia racial”.

Entre os brasileiros que menos defendem as cotas raciais e as sociais são os pertencentes a uma elite que teve a oportunidade de concluir o ensino superior. Ainda não perceberam que desde 1988 nossa Constituição da República exige a redução das desigualdades sociais e raciais.

Viva as cotas raciais e sociais! Enquanto existir desigualdade no Brasil.

Osmar Dias tem chances reais de vencer Alvaro Dias para o senado em 2014

Captura de Tela 2013-08-19 às 04.48.58O ex-senador Osmar Dias (PDT) tem chances reais de vencer seu irmão, Alvaro Dias (PSDB), para a vaga única do senado nas eleições em 2014. Pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas/Gazeta do Povo informa que Alvaro tem entre 39 e 44%, e Osmar tem entre 30 e 35%.

Alvaro será candidato ao senado, a não ser que Beto Richa (PSDB) desista da reeleição ao governo por causa da crescente rejeição ao seu governo.

Osmar Dias já disse que desta vez pode concorrer contra o irmão, e tem chances reais de vitória. Osmar ainda pode ser o candidato a vice de Gleisi Hoffmann (PT).

Caso Osmar não seja candidato ao senado, um candidato do PT (Jorge Samek, Paulo Bernardo, Dr. Rosinha ou André Vargas) ou PMDB (Sérgio Souza, Orlando Pessuti ou João Arruda) em chapa da presidenta Dilma Rousseff (PT) e dos candidatos ao governo Roberto Requião (PMDB) e Gleisi podem surpreender.

Contra Alvaro pesam a violência contra os professores em seu governo e sua oposição aos programas sociais que mudaram o Brasil nos últimos dez anos. Assim como uma chapa com os desgastados tucanos Beto Richa e Aécio Neves.

A briga vai ser boa em 2014!

Heroi em Atenas, Vanderlei Cordeiro de Lima ataca governo Beto Richa

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Em quem você confiaria, em um juiz de futebol ligado ao governo Beto Richa ou em um heroi nacional?

O maratonista, heroi e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, Vanderlei Cordeiro de Lima, atacou o governo Beto Richa (PSDB):

“Quando o Beto Richa assumiu, disseram que seria uma revolução no esporte. Estou esperando até agora.

Me frustrei com a atual gestão da Secretaria de Esportes. Política e esporte juntos não dá certo.”

Vanderlei é contra montar um Centro de Excelência de atletismo em Cascavel, que vai receber um investimento total de R$ 23 milhões. Defende a implantação em Paranavaí ou em Campo Mourão, que têm revelado atletas da base para as seleções nacionais.

Faz uma grave acusação: o governo Beto Richa escolheu Cascavel porque a cidade é o reduto eleitoral do secretário estadual de esportes e árbitro Evandro Rogério Roman.

O secretário estadual de Esporte, Evandro Rogério Roman, chamou Vanderlei de leviano. Mas confessa que pode ser candidato à deputado estadual em 2014.

Na maratona olímpica de 2004 o paranaense Vanderlei, nascido em Cruzeiro do Oeste, foi atrapalhado pela invasão do escocês Cornelius Horan quando liderava a prova. E agora utiliza todo o seu prestígio mundial para criticar o governo atual, que nada atua, mas gasta muito em propaganda.

Por favor 2014, chega logo!

Gov. Beto Richa participa do lançamento do programa Top Talento images-96

Nepotismo, um sistema político brasileiro e um sistema de governo paranaense

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Por RICARDO COSTA DE OLIVEIRA, na Gazeta do Povo de domingo

Eu analiso, no livro Na teia do nepotismo, as principais famílias políticas e os parlamentares hereditários do Paraná e do Brasil. A questionável criação de centenas de cargos comissionados no atual governo estadual muitas vezes pode estar corroborada na arcaica tradição política de nepotismos, prebendas e sinecuras familiares variadas para os apaniguados do poder.

Houve boas novidades na luta contra o nepotismo, na construção da transparência e do aperfeiçoamento institucional, pautados nos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. A Lei de Acesso à Informação, os Portais da Transparência e a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram alguns avanços institucionais vindos de cima para baixo. Em dezembro, o CNJ suspendeu o concurso público para cartórios do Paraná, organizado pelo Tribunal de Justiça. A recente correição do CNJ no Tribunal de Justiça do Paraná resultou na exoneração de 27 funcionários comissionados do Judiciário paranaense por nepotismo. A exigência da divulgação das informações sobre cargo, função, situação funcional e remuneração dos servidores promove uma das maiores aberturas na Assembleia Legislativa do Paraná. Dos 459 funcionários de carreira, quase a metade estava irregular e os cortes resultarão em uma economia de milhões.

A modernização das instituições e o aumento da transparência já causaram mudanças históricas, mas algumas indicações políticas no Poder Executivo ainda parecem ir em direção contrária das mudanças saneadoras e moralizantes. Ezequias Moreira, acusado de desviar dinheiro público, foi promovido pelo governador Beto Richa a secretário especial de Cerimonial e Relações Internacionais, com direito a foro privilegiado. De acordo com o Ministério Público, Ezequias recebeu durante anos o salário da sogra, nomeada em cargo na Assembleia Legislativa e sem ter trabalhado na instituição. O deputado Fabio Camargo, filho do desembargador Clayton Camargo, presidente do Tribunal de Justiça, e neto de Heliantho Camargo, que também foi desembargador e presidente do TJ, foi eleito para o Tribunal de Contas. Logo depois, a Assembleia Legislativa aprovou a utilização dos depósitos judiciais, embora o repasse do Poder Judiciário ao Executivo paranaense tivesse sido proibido pelo Conselho Nacional de Justiça.

Assumiu na Assembleia o suplente do deputado Fabio Camargo, o deputado Antonio Carlos Salles Belinati, que era diretor comercial da Sanepar. Emília Salles, ex-vice-governadora e mãe de Antonio Carlos, “herdou” o cargo do filho. O mais novo suplente de deputado federal a tomar posse em Brasília, na licença da deputada Cida Borghetti, foi Pedro Guerra, filho de Alceni Guerra, que foi ministro da Saúde do governo Collor e deputado. Pedro ainda é sobrinho dos ex-deputados federais Waldir e Ivânio Guerra. Ele estava na superintendência da Ecoparaná, vinculada à Secretaria de Turismo, cargo que passou para Juliano Borghetti, irmão de Cida Borghetti, cunhado de Ricardo Barros e casado com Renata Bueno – deputada italiana, filha de Rubens Bueno, deputado federal.

Parece que, no governo do Paraná, alguns cargos passam não apenas entre os políticos ou os partidos, mas entre as famílias, quase que como “feudos” familiares.

Ricardo Costa de Oliveira, sociólogo, é professor da UFPR e autor de Na teia do nepotismo.