
Meus amigos progressistas de todo o Brasil me perguntam: “por que o Requião não é candidato a presidente da República?”. A resposta é óbvia, porque o PMDB nacional sempre foi adesista com o governo federal de plantão e nunca lançou um candidato para o cargo mais elevado do país para valer. O PMDB Nacional acabou como partido com a morte de Tancredo Neves. Desde então é uma união de feudos estaduais com interesse simplesmente de se manter no poder, nunca foi ou será oposição.
O PMDB do Paraná sempre foi uma exceção, com a liderança do atual senador Roberto Requião. Requião sempre manteve o PMDB nativo nos trilhos, nos termos do “velho MDB de guerra”, um partido ideológico, de centro-esquerda, contrário às privatizações e em defesa do Estado Social e Democrático de Direito.
Requião foi sempre o pmdbista do Estado com mais votos, por causa do seu dom da oratória e seus governos progressistas.
Eis que ontem o PMDB do Paraná, presidido pelo deputado federal Osmar Serraglio, decidiu dissolver 72 diretórios municipais do partido, entre eles o de Curitiba, presidido por Requião. O argumento? Uma resolução de abril do ano passado que fixava uma meta para as eleições municipais de 2012, do PMDB eleger pelo menos 10% dos vereadores em cada cidade, sob pena de dissolução do diretório local.
A legenda descumpriu a meta em 84 municípios, mas 12 foram poupados sob a alegaç˜o de que elegeram prefeitos e vices.
Serraglio pretende que o PMDB apoie a reeleição do governador Beto Richa (PSDB), considerado por atual enquete do Blog do Tarso como péssimo ou ruim por 72% dos leitores. O grupo de pmdbistas contrários a Requião no Paraná é o mesmo que não apoiou o candidato do próprio partido para prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que mesmo assim teve 101.866 votos (10,45%).
Ouça a posição de Requião sobre a dissolução, clique aqui.
O deputado federal João Arruda e os deputados estaduais Caíto Quintana, Waldyr Pugliesi, Alexandre Curi, Gilberto Martin, Teruo Kato, Ademir Bier e Nereu Moura não concordam com a decisão do PMDB estadual.
O ex-vice governador Orlando Pessuti votou pela destituição de Requião.
Em enquete do Blog do Tarso os leitores querem Requião e a ministra Gleisi Hoffmann (PT) no segundo turno na eleição para governador em 2014, com Beto Richa de fora, clique aqui.
Curtir isso:
Curtir Carregando...