Juiz Pinto do Paraná censura Paulo Henrique Amorim a pedido de Francischini

Depois de ameaçar me bater e censurar meu Blog do Tarso com uma notificação extrajudicial, o deputado delegado truculento Fernando Francischini (PSDB) agora conseguiu censurar o jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada. Veja o post de Paulo Henrique:

PINTO JR, O JUIZ-CENSOR DO PARANÁ

O ansioso blogueiro pode supor, por exemplo, que não tem o direito de fazer uma critica ao filme “Tropa de Elite”.

O ansioso blogueiro não viu e não gostou

A Censura acabou com o regime militar, não é isso ?
Não, amigo navegante.

O Censor agora é o Juiz.

É o que alimenta, por exemplo, a alma do Daniel Dantas e o bolso de seus 1001 advogados.

Este ansioso blogueiro convive com este problema há algum tempo, como se percebe na aba “Não me calarão”.

Mas, poucas vezes se viu diante de tão inusitada decisão quanto a que acompanhou as duas ações que, com muito orgulho, acaba de receber.

São de autoria de um notável deputado tucano, o policial Francischini, de edificante carreira no Espirito Santo e no Paraná.

Um exemplo de policial a ser seguido !

Acompanha a ação inusitada decisão do Juiz-Censor José Roberto Pinto Junior, da 8a Vara Cível de Curitiba.

Ele exige que um dos posts publicados sobre o exemplar policial seja retirado do ar, sob pena de multa diária.

O que, por si só já é um ato de Censura, uma vez que a ação ainda não foi julgada, mas o Juiz já resolveu interditar , antes de saber quem tem razão, o livre curso da liberdade de expressão.

Com alguma relutância, o ansioso blogueiro seguiu instrução de seu sensato advogado, Dr Cesar Marcos Klouri e fez o que o Juiz-Censor mandou fazer.

A decisão merece uma tese de Doutorado.

A certa altura, diz assim: o réu fica IMPEDIDO de publicar matérias SIMILARES !

Matérias similares !

Quer dizer que, além de calar a boca de um jornalista num texto especifico sobre a ampla e polêmica atuação do deputad , o ansioso blogueiro FICA IMPEDIDO DE TRATAR DE MATÉRIA SIMILAR.

“Similar”.

Os Censores do Regime Militar eram mais precisos.

Ou mais liberais.

O ansioso blogueiro pode supor, por exemplo, que não tem o direito de fazer uma critica ao filme “Tropa de Elite”.

O Conversa Afiada toma a liberdade (se é que ainda dispõe de alguma …) de encaminhar esse provavelmente impróprio post aos doutos Juízes Ayres Britto – gabcarlosbritto@stf.jus.br – e Eliana Calmon – gab.eliana.calmon@stj.jus.br

O Ministro Ayres Britto, como se sabe, determinou ao Conselho Nacional de Justiça que explicasse aos Juízes brasileiros que a “liberdade de expressão é irmã siamesa da Democracia”; que “a liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade”; e que Juiz não é Censor.

Sendo assim, o ansioso blogueiro e o blog Conversa Afiada deram cumprimento à ordem do Dr Pinto Junior e esperam que ele receba as recomendações do Ministro Britto e Dra Calmon com boa vontade – e humildade.

Em tempo: o escritório que defende o notável policial tucano é o “Kfouri&Gorski”. Por coincidência, “Kfouri” é o sobrenome que leva Miguel Kfouri Neto, maxima autoridade do Tribunal de Justiça do Paraná.

Paulo Henrique Amorim, cidadão brasileiro, protegido pela Carta de 1988, e que vai continuar a analisar a carreira do deputado e policial Francischini, porque ele não está acima de Lei.

Trabalhadores da Celepar podem entrar em greve

Assembleia dos trabalhadores vai debater no dia 21 de junho o indicativo de greve, diante da intransigência da Celepar em abrir as negociações, informa o SINDPD-PR 

Curitiba, PR (19/06/2012) – Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação (SINDPD-PR) se reuniram com a direção da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) na tarde desta segunda-feira (18), em audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Na reunião, a empresa manteve postura intransigente quanto à abertura das negociações para o acordo coletivo, pois exige que o sindicato realize uma nova assembleia para submeter à aprovação a mesma proposta que já foi rechaçada pelos trabalhadores no dia 30 de maio. Ficou determinado na audiência no MPT que o sindicato e a Celepar têm 20 dias para decidir se a negociação vai à Dissídio Coletivo, no qual a Justiça sentencia a negociação salarial, ou não.

O SINDPD-PR convocou uma assembleia geral dos trabalhadores da Celepar para o próximo dia 21 de junho (quinta-feira), às 15h30, na qual será tomada a decisão sobre o Dissídio Coletivo e o indicativo de greve, o que gera impacto na sociedade paranaense. A Celepar administra os sites das secretarias e órgãos públicos do governo do estado. Também gerencia a emissão de serviços do Detran, licenciamento de veículos, de carteiras de identidade, boletins de ocorrência policiais on-line, gestão de ambientes, entre outras atribuições.

No final da tarde de ontem, a direção da Celepar enviou comunicado aos trabalhadores com proposta considerada “fake” pelos sindicalistas, ou seja, que traz mudanças em relação à proposta oficial, entregue ao MPT, e colocada em debate sobre a mediação da Justiça do Trabalho. O jogo empresarial visa confundir os trabalhadores, dizem os dirigentes. Além da atitude arbitrária de cassar as liberações de dirigentes sindicais e cortar os salários destes sob a alegação de que o acordo coletivo não foi renovado e, portanto, não estaria em vigor, a Celepar impõe um clima de insegurança entre os trabalhadores, no qual todos os direitos adquiridos e benefícios estariam suspensos. Os funcionários da empresa começam a temer o corte de benefícios básicos, desde a cobertura do plano de saúde até direitos trabalhistas previstos na CLT. A Celepar ainda propõe gerir por meio de “atos administrativos”, toda e qualquer situação que envolva direito trabalhista. O sindicato defende regras claras, objetivas e que não deixem margem a dúvidas.

“Não podemos nos curvar diante de tamanha arbitrariedade e nem deixar que as estratégias da empresa nos confundam ou que desorganizem o movimento. Vamos defender os direitos e uma negociação que respeite nossas lutas, conquistas e que reconheça o valor justo do nosso trabalho. É o mínimo que exigimos”, diz nota do SINDPD-PR aos trabalhadores da Celepar.

Jornalista: Thea Tavares (MTb 3207-PR)

Contatos: SINDPD-PR – (41) 3254-8330, com Fábio Auache.