A Gazeta do Povo de hoje, em matéria de Anna Simas, defendeu a cobrança de taxas nas universidades públicas, o que segundo a matéria “seria a solução”, como defende a OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e foi implementada em países como os Estados Unidos, Inglaterra e Chile (berços do neoliberalismo). Nossa Constituição Social e Democrática de 1988 já tem mais de 20 anos e, ao invés de implementá-la, os saudosos do liberalismo do século XIX continuam combatendo uma sociedade menos desigual. Querem a barbárie e não o bem-estar das pessoas. Como diz minha filha: “se liga!”

a gazeta do povo far parte do que há demais conservador nos meios de comunicação brasileiro.É claro que auniversidade é o caminho mais seguro de transformação social e inclusão e isso assusta as elites conservadora das quais a gp é um porta-voz
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A Dilma entregou os aeroportos que davam lucro, não custa nada entregar as universidades também…
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O pior inimigo do povo brasileiro é a demagogia sem sentido, como é o caso da disseminação nas escolas e faculdades do preconceito ideológico que impede a implantação do Ensino Universitário Público Pago. A maioria dos países desenvolvidos adotou este modelo, muito melhor.
A gratuidade indiscriminada favorece os que podem pagar, que utilizam boas escolas de base para que seus filhos estudem de graça nas universidades públicas, onde os professores ganham várias vezes mais que os do ensino fundamental e médio.
Os pobres estudam em escolas de base públicas, em boa parte ruins, e trabalham para pagar o ensino superior em faculdade particular de segunda linha, limitando-os no mercado competitivo.
Quem pode, que pague e contribua para que outro estude; quem não pode, que receba bolsa reembolsável e pague quando puder. Nos países que adotaram este modelo, as desigualdades sociais diminuiram muito, pelo simples fato de que os recursos para investimentos para a multiplicação das vagas são muito maiores.
Nos EUA, todo ano formam-se 18 milhões de alunos de curso superior, ante pouco mais de 1,5 milhão de alunos no Brasil. Isso porque temos de contar com as faculdades privadas que geram mais vagas que o Estado. Só que elas se proliferaram às custas de quem sofre muito para pagar. Até a China já adotou o modelo anglo-americano, em 1998.
Porém, enquanto no Brasil tivermos ensino universitário público com a gratuidade indiscriminada, corporativismo; com baixos salários no ensino de base, sem valorizar o mérito de alunos e professores, seremos eternamente um País do Futuro.
RESUMO
1) A gratuidade não tornou mais eqüitativa a educação superior, que se manteve como privilégio das camadas médias e altas da população;
2) o aporte adicional de recursos para a Universidade com a cobrança de mensalidades permite melhorar a qualidade dos serviços acadêmicos que, de outra forma, custariam pouco ou nada, mas também teriam reduzido valor para seus adquirentes;
3) o financiamento da instituição por parte do indivíduo criará uma situação de competição entre as Universidades, que repercutirá favoravelmente sobre a qualidade;
4) o aporte adicional de recursos oriundos de quem pode pagar gera um aporte adicional proporcional de vagas gratuitas para quem não pode arcar com esses encargos;
5) para os defensores do argumento do mérito, o contra-argumento é que só cabe quando o diploma estiver de posse dos formandos. O que os candidatos precisam é de igualdade de oportunidades;
6) não é possível financiar os estudos dos pobres com dinheiro dos ricos através dos subsídios de escolas particulares.
7) Se o ensino superior gratuito absorve quase a metade de todos os recursos públicos da nação que são direcionados para a matéria educacional, favorecendo apenas quem poderia contribuir financeiramente, como esperar bom-senso dos homens públicos da nação que possuem o poder de resolver as gravíssimas questões sociais que nos assola?
8) Se não há um maior alargamento na quantidade de professores universitários para universalizar e melhorar a qualidade dos ensinos básico e médio, como resolver o grave problema da educação no Brasil e, por tabela, as diferenças regionais?
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