Sindicato vai acionar a Celepar na Justiça
Empresa não apresenta qualquer justificativa ao MPT e diz não ter obrigação de formalizar o motivo das demissões
A audiência entre o Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (SINDPD-PR) e a direção da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) nesta sexta-feira (13) definiu pelo encerramento da mediação por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT 9ª Região) no caso das demissões arbitrárias ocorridas na virada do ano. Isto porque a empresa, que até a audiência do dia 9 de janeiro alegava ter inúmeros motivos para demitir os funcionários concursados não apresentou nenhuma documentação que fundamentasse sua atitude e argumentou não ter obrigação de formalizar os motivos dos afastamentos. O sindicato, por meio de sua assessoria jurídica, encarou a postura da empresa pública como desrespeitosa à mediação e decidiu por acionar a Celepar na Justiça.
O advogado dos trabalhadores, André Passos, também vai entrar com pedido de abertura de inquérito no MPT-PR, a fim de investigar a postura discriminatória, o abuso de poder na empresa, visando coibir futuras investidas similares, e pleiteando a reintegração dos funcionários concursados, demitidos sem justa causa. “A Celepar possui normativa de penalidade e avaliações periódicas de desempenho dos trabalhadores e, por isso, ela não pode alegar o direito de demitir sem motivos os trabalhadores na hora e como bem entender”, disse Passos. “Vale ressaltar que, na última avaliação realizada, todos os funcionários demitidos foram avaliados positivamente e em todo o período funcional jamais sofreram alguma punição ou responderam a processo administrativo. A primeira ‘punição’ foi a demissão sumária”, completou o advogado dos trabalhadores. Dos quatro funcionários que ganharam a conta como presente de Natal do governo Beto Richa (PSDB) nesse início de 2012, três movem ação na Justiça contra a Celepar por assédio moral e pelo reenquadramento funcional.
Perseguições, medo e insegurança
A diretora do SINDPD-PR, Valquíria Lizete da Silva, reclama do clima de medo e insegurança que se instalou na empresa após o início das perseguições e pela forma truculenta com que se deram os afastamentos. “Agora, se não precisa haver motivos para alguém ser demitido, depois de ter prestado concurso público, cumprir as normas e passar nas avaliações de desempenho, tudo descamba para o subjetivo: se chefe não gostar da pessoa ou se ela se sobressair como liderança, corre o risco de ser demitida. É um desrespeito, um absurdo e uma barbárie, que revela um retrocesso tremendo nas relações de trabalho”, disse Valquíria. “Esse procedimento fere o caráter de estabilidade conferido pelo concurso público. Para ser honesta, a Celepar deveria colocar no seu edital de concurso um aviso, no qual informa aos candidatos que eles fiquem cientes de que poderão ser demitidos a qualquer momento e sem motivo algum”, reclama a sindicalista.
Um dos casos relatados ao MPT-PR dá conta de um funcionário que foi demitido um dia após voltar da licença médica. Ele trata uma depressão que só se agravou com a perseguição sofrida na empresa. Como o MPT já investiga várias denúncias e processos de trabalhadores da Celepar, o encerramento da mediação atual objetiva facilitar a tramitação desses processos no órgão.
Pode demitir, e depois o Juiz manda reconduzir e pagar indenização.
CurtirCurtir
Isso não é privilégio da Celepar outra empresa caminha para isso!!!!
CurtirCurtir
Qual?
CurtirCurtir
Agora vai ser uma festa de demissões esta postura da empresa demonstra que ela não está nenhum pouco preocupada com as relações de trabalho.
CurtirCurtir
Estas demissões na Celepar é somente para intimidar os funcionários que tinham ou tem intenção de entrar com futuras ações.
Infelizmente voltamos ao tempo onde esta pratica era normal.
CurtirCurtir
E essa história da indústria das ações trabalhistas? Mais um golpe baixo da direita?
CurtirCurtir
Não sei se da direita, mas com certeza de mentirosos e covardes que se escondem atras de blogueiros laranjas que recebem dinheiro publico.
CurtirCurtir
Parabéns a todos que votaram nesse Beto Richa… aos poucos ele vai destruindo o Estado… esse é o jeito do PSDB governar. Mais 7 anos desses sem-vergonhas no poder.
CurtirCurtir
O CELEPAR foi entregue de bandeja para a turma do ICI. O modus operandi do ICI pode até ter algumas virtudes mas, certamente, a ética NÃO é uma delas. Os tubarões da informática estão aguardando ansiosamente que o ICI processe o desmonte do CELEPAR e o descarte das cabeças pensantes do órgão para poderem banquetear-se da terceirização que vai se seguir.
Tudo muito tucano, tudo muito previsível.
CurtirCurtir
Pode sim, “si et in quantum” haja a justa causa para fazê-lo.
De triste memória, recordei-me do medíocre e instulto “filósofo suicida” Getúlio Vargas “A lei ? Ora, a lei…”
CurtirCurtir
Pode sim concursado celetista… Estatutário, a conversa e ações vão além da vontade de demitir… é outra seara.
CurtirCurtir
Concordo com Mário Lobato para eles neste momento não é interessante ter cabeças pensantes o descarte delas fará com que o desmonte seja mais fácil.
Não se engane isto é só o começo da história não esquecendo que a Celepar no Governo Lerner estava fechando as portas e tudo isso vai começar novamente, até o final deste mandato infelizmente o caminho dela é a terceirização.
CurtirCurtir
estatutários que se cuidem. avaliação negativa de desempenho também dá rua pra vcs.
CurtirCurtir