Pronto socorro de blogueiros! Contribua!

No Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim

O Barão de Itararé abre conta para recolher contribuições e ajudar os blogueiros perseguidos pera judicialização da censura

Acessem: www.baraodeitarare.org.br

ABERTA A CONTA DO FUNDO DOS BLOGUEIROS

Banco do Brasil, agência 4300-1, conta corrente número 50.530-7.

Esta é a conta especial para arrecadar recursos para o fundo de apoio aos blogueiros vítimas de processos judiciais e perseguições políticas. Conforme o aprovado na reunião de terça-feira passada (2), na sede do Centro de Estudos Barão de Itararé, este fundo será o pronto-socorro da blogosfera não corporativa. O dinheiro arrecadado será utilizado para cobrir custas de processos e advogados – e não para saldar multas e indenizações anteriores. A definição do apoio caberá à Comissão Nacional dos Blogueiros, eleita em junho passado, no III Blogprog em Salvador, e composta por representantes de 15 estados e mais nove integrantes nacionais. Blogueiros com mais estrutura, que já contam com assistência jurídica, abriram mão do uso do fundo para favorecer os ativistas digitais com maiores dificuldades financeiras.

Para ajudar nas futuras batalhas judiciais, nos últimos dias o Barão de Itararé também promoveu várias reuniões com advogados de renome e entidades de direitos humanos. Todos se comprometeram a ajudar na defesa do blogosfera e da liberdade de expressão, inclusive dando assistência nos processos locais e acompanhando os processos quando eles cheguem às instâncias nacionais. O Barão de Itararé ainda firmou uma parceria com a ONG Artigo 19, especializada na luta pela liberdade expressão, para elaborar o “Mapa da violência contra os blogueiros e ativistas digitais”. O questionário será postado em vários sítios e blogs na próxima semana. Durante um mês, as vítimas de ameaças, violências e processos judiciais deverão preencher o questionário. Na sequência, para garantir maior segurança nas informações, os dados serão checados. A pesquisa resultará num relatório que será encaminhado a ONU e outros organismos internacionais e nacionais.

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PEC 37: Proposta de reduzir poderes do MP deve ser rejeitada

Por Pedro Estevam Serrano na Carta Capital

Nos últimos anos travou-se uma intensa batalha em nossos tribunais em torno da questão sobre a legitimidade do Ministério Público para presidir investigações penais, em especial quando se trata de crimes do colarinho branco, contra a administração pública e que envolvessem agentes policiais.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A questão é polêmica e, juridicamente, sem fácil solução. Não vou me prender aos aspetos jurídicos relativos à ordem vigente. Em termos práticos o STJ, uma turma do STF e até agora 5 ministros do pleno de nossa Corte Suprema já se pronunciaram pela legitimidade da presidência de investigações criminais pelo MP, o que define a questão em relação à legislação vigente.

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Paulo Bernardo, II ato – Editorial da Carta Capital

Paulo Bernardo, II ato, na Carta Capital

Proponho um teste aos leitores. Qual é o país onde a mídia está na mão dos oligopólios? Qual é o país onde esta mesma mídia alinha-se de um lado só, sistematicamente contrária a qualquer esforço igualitário e, portanto, a favor da reação? Qual é o país onde os profissionais do jornalismo chamam o patrão de colega? Qual é o país onde nas redações ainda se afirma o diretor por direito divino? Evitarei fornecer a resposta certa ao pé da página, eventualmente impressa de cabeça para baixo. De fato, a resposta é do conhecimento até do mundo mineral.

Paulo Bernardo,  apressa-se a informar que um projeto de regulação ainda sairá. Foto: Yasuyoshi Chiba/ AFP e Istock Photo

Paulo Bernardo, apressa-se a informar que um projeto de regulação ainda sairá. Foto: Yasuyoshi Chiba/ AFP e Istock Photo

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Juíza decide que não há justificativa para privatizar o Maracanã e suspende licitação, mas TJ cassa a liminar

Invasão corinthiana no Maracanã em 1976, Fluminense 1 X 1 Corinthians, que se classificou para a final do Campeonato Brasileiro

Invasão corinthiana no Maracanã em 1976, Fluminense 1 X 1 Corinthians, que se classificou para a final do Campeonato Brasileiro.

A juíza Roseli Nalin, da 5ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio, a pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, suspendeu na noite desta quarta-feira o processo de privatização do Maracanã, que teria início hoje.

Nalin verificou “graves indícios de irregularidade” na licitação pois não ficou comprovou de forma clara porque é melhor para o Estado privatizar o estádio, por meio de PPP – Parceria Público-Privada. Falta de infomações no edital ainda poderiam beneficiar a IMX, empresa do bilionário Eike Batista, que fez o estudo que baseou o projeto de privatização do Maracanã e que também concorre pela concessão.

O UOL já noticiou que a concessão do complexo terá um custo R$ 111 milhões ao Estado do Rio de Janeiro e dará um lucro de R$ 1,4 bilhão à empresa que assumir o espaço. Típica PPP: lucros astronômicos garantidos para a iniciativa privada. É o famoso “capitalismo sem riscos”.

Infelizmente o Governo neoliberal do Rio de Janeiro, do governador Sério Cabral (PMDB), conseguiu cassar a liminar no Tribunal de Justiça.

No Paraná dificilmente teríamos conseguido a antecipação de tutela em primeira instância.