Na “cidade de primeiro mundo”, “capita social”, nossa querida Curitiba, a prefeitura permite que o cobrador de ônibus que for vítima de um assalto durante o expediente pague às concessionárias do trasportes coletivo (empresas privadas que mantém contrato administrativo com o Município de Curitiba) parte do dinheiro levado pelos ladrões. A regra está prevista no acordo coletivo 2012/2013 firmado entre a Urbanização de Curitiba (Urbs) – sociedade de economia municipal governada pela gestão Luciano Ducci (PSB) responsável pela gestão do transporte público – os trabalhadores e o setor patronal.
Ou seja, a insegurança nas ruas não resolvida por Beto Richa (PSDB) e Luciano Ducci está saindo caro aos cobradores que são constantemente assaltados. Sebastião da Costa foi vítima de um assalto na estação-tubo, e a concessionária cobrou dele R$ 115,00 dos R$ 300 roubados: “A alegação deles é que a gente tem que trabalhar com o cofre fechado, 30 passagens fora. Mas o assaltante chega hoje e diz: se o cofre estiver fechado eu já te mato. Então, se você tiver com o cofre fechado, morre. Então, é melhor trabalhar com o cofre aberto, deixar que o assaltante leve o dinheiro e sua vida fica em paz”.
O competente e combativo procurador do trabalho (do Ministério Público do Trabalho), Alberto Emiliano de Oliveira Neto, disse que ainda que haja uma cláusula no acordo coletivo a determinação é abusiva. O Dr. Alberto entende que é obrigação do empregador garantir a segurança e a integridade do funcionário: “Não é admissível que o empregado corra o risco de ser assaltado, de ser atacado com a única finalidade de proteger o patrimônio da empresa”. A notícia foi divulgada pelo advogado, professor universitário e blogueiro Maicon Guedes.
Pergunta que não quer calar: O Luciano Ducci não é do PSB e, portanto, socialista? Ou apenas utiliza o partido como legenda?
