Cortella diz que Haddad foi um dos maiores Ministros da Educação que o Brasil já teve

Hoje na Gazeta do Povo

“O saldo final da gestão Haddad é positivo”

Mario Sergio Cortella, professor da PUCSP e doutor em Educação

Filósofo, autor de vários livros e doutor em Educação, o professor Mario Sergio Cortella esteve em Curitiba no dia 1.º deste mês e concedeu entrevista à Gazeta do Povo. Professor há cerca de 30 anos na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), Cortella já ocupou o cargo de secretário de educação na capital paulista e veio ao Paraná proferir uma palestra para o corpo docente do Centro Universitário Curi­­tiba (UniCuritiba). Ele defendeu ações recentes do governo federal na educação e avaliou o tempo de gestão do ex-ministro Fernando Haddad.

O governo anunciou recentemente a distribuição de tablets a escolas públicas, mas críticos dizem que não há evidências de que a medida ajude na aprendizagem dos alunos. Como o senhor avalia a questão?

Eu nunca ouvi alguém dizer que aparelho resolve aprendizagem. Então, quando um crítico vem e diz isso, ele está fazendo uma crítica contra quem? Dou um exemplo para esclarecer. Você entrega um lápis ou um livro para uma criança, mesmo que ela ainda não escreva nem leia. Ela vai aprender a usar aquilo na prática do dia a dia. O mesmo vale para novas tecnologias, como os tablets. No entanto, é claro que será preciso que estados e municípios tenham um projeto pedagógico.

No fim do ano passado o MEC anunciou a intenção de elaborar um currículo nacional único para a educação básica. A medida não afeta a autonomia dos estados e municípios na definição de conteúdos?

Assim como você tem o SUS na área da saúde, que estabelece parâmetros de atendimento, define o tipo de serviço que será oferecido e até o tempo médio de uma consulta, na área de educação também é necessário algo semelhante. Acho que os parâmetros curriculares nacionais, produzidos na gestão do ministro Paulo Renato, foram o ponto de partida para organizar essa estrutura básica.

Nos últimos anos cresceu bastante o número de vagas abertas pelo SiSU e pelo ProUni. O que o senhor acha dessa mudança no acesso ao ensino superior?

É uma grande alegria ver que estamos expandindo as vagas no ensino superior e ao mesmo tempo extinguindo algo tolo como o vestibular. Mas acho que ainda falta reverter uma tendência. Hoje cerca de 70% das vagas no ensino superior estão em instituições privadas.

Como o senhor avalia a gestão do ex-ministro Fernando Had­­dad à frente do MEC ?

Foi um dos melhores ministros que nós tivemos. Claro que não foi alguém que só teve sucessos, mas acho que o saldo final da sua gestão é positivo. Ele conseguiu levar adiante algumas políticas do governo FHC, como o Fundef e os sistemas de avaliação.

Um comentário sobre “Cortella diz que Haddad foi um dos maiores Ministros da Educação que o Brasil já teve

  1. REFORMA POLÍTICA – O problema fundamental é a escolha do candidato não pelo povo, mas pelo partido (…). As convenções partidárias (…) existem para escolher os filiados ao partido (…) que se lançarão candidatos. E claro, sempre serão escolhidos pelos partidos (…) os “ladrões” (Maluf, mais de 50 anos na carreira), os “corruptos” (Collor, mais de 30 anos de carreira), os “patifes” (Renan, mais de 30 anos de carreira), as “raposas” (Sarney, quase 60 anos de carreira) etc. O fim da reeleição não é solução, mas continuísmo, pois aqueles candidatos dos partidos (…) que não assumirem alguns cargos pelo voto, preencherão os outros cargos nos Ministérios, estatais, empresas públicas, bancos e outros pela indicação daqueles partidários que forem eleitos. Na eleição seguinte, a pilantragem se repete: a convenção escolhe a “nata” do partido (…) que se lançará candidata, alguns, pela nova regra, não poderão ser candidatos, certo? Mas os partidários (…) que assumirem cargos pelo voto, indicarão estes que não puderam se reeleger para preencher os outros cargos nos Ministérios, estatais, empresas públicas, bancos e outros pela indicação dos partidários eleitos. E o ciclo de desgraças e tragédias neste país não terá fim! Veremos as mesmas caras no poder para toda eternidade! E é comum os filhos destes partidários (…) assumirem as posições dos pais. REFORMA POLÍTICA efetiva é eliminar a obrigação de filiação partidária que está na CONSTITUIÇÃO URGENTEMENTE!!! Existem outros pontos fundamentais que os partidos (…) não querem discutir: o RECALL, que é substituir a qualquer tempo quem não trabalhar para representar, o cargo tem que ser do povo, não do partido; VOTO DISTRITAL para todos os cargos políticos da República, hoje tudo é preenchido por partidários (…); PLEBISCITO para legitimar uma CONSTITUINTE SEM partidários para construir a REFORMA POLÍTICA de que o país precisa. A reforma que o Reguffe quis apresentar tem todos esses itens e muito mais, mas deram um ultimato a ele para ficar calado e ele desapareceu, e agora vemos o PMDB dizendo que resolveu todos os problemas do país com aquela piada. E ninguém vê, em qualquer mídia, outras propostas de REFORMA POLÍTICA. A resposta é simples: todas as permissões e concessões para funcionamento de todas as mídias existentes no país são dadas por cargos preenchidos por indicação dos partidos (…). Ou seja, tudo que lemos, vemos e ouvimos, são aquilo que os partidos (…) querem que nós leiamos, vejamos, ouçamos. Alguém ouviu falar nalguma mídia de alguma REFORMA POLÍTICA quando houve os movimentos nas ruas? E se tentarem implantar alguma reforma que tire o poder dos partidos (…), eles, todos eles, todas as siglas, instigarão a guerra entre o povo. TENHAM CUIDADO! Outras vigarices virão e a guerra de cidadão contra cidadão será a última cartada dos partidos (…).

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