Os 100 dias do Governo Beto Richa foram um desastre

Foto Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Enquanto a Folha de S. Paulo e a Gazeta do Povo fazem em suas edições de domingo um balanço positivo dos 100 dias do Governo da Presidenta Dilma Rousseff, o jornal Gazeta do Povo foi bastante crítico com relação ao Governo de Carlos Alberto Richa, que segundo o maior jornal do Paraná:

1. Apenas reclama dos Governos anteriores; Veja no Blog do Tarso “Governo Beto Richa começa mal

2. Fez um calote no início do Governo; Veja do Blog do Tarso “Calote de Beto Richa é ilegal

3. Aderiu ao nepotismo, ao nomear a 1ª Dama como super-Secretária da Família e o irmão como super-Secretário de Infraestrutura. Veja no Blog do Tarso “ética, democracia, verdade e legalidade: princípios do Beto Richa, será?

4. Nomeação do Ezequias Moreira (escândalo da sogra fantasma) na Sanepar; Veja do Blog do Tarso “Ezequias Moreira pivo do escândalo da sogra fantasma é nomeado por Beto Richa

5. Nomeação de Cássio Taniguchi (considerado pelo Poder Judiciário como Ficha Suja) como Secretário do Planejamento (mesmo cargo no Governo Jaime Lerner); Veja o Blog do Tarso sobre Taniguchi

6. Nomeação do filho do Deputado Nelson Justus na Cohapar;

7. Inauguração da extrabanda larga da Copel sem dar o devido crédito ao Governo Requião;

8. Cancelou a Escola de Governo que foi um modelo de transparência do Governo Requião;

9. Lançou o Paraná Competitivo, que está há mais de um mês sem sair do papel;

10. Filas no Porto de Paranaguá;

11. Primeira Dama foi a que mais recebeu destaque na Agência de Notícias do governo estadual;

12. “Novo jeito de governar” ainda não foi implantado na prática; Veja texto do jornalista Rogério Galindo

13. Período de 100 dias trouxe decepção;

14. 100 dias do Governo Beto Richa trouxe traços conservadores; Veja do Blog do Tarso “Beto Richa é inimigo do Estado”

15. Nomeou um primo no Detran;

16. Filho assumiu secretaria na prefeitura de Curitiba;

17. Reclama que não tem dinheiro mas contratou sem licitação locação de helicópteros e aeronaves por R$ 2 milhões;

18. Promessas feitas em campanha são vazias;

19. Governo “deixou a desejar”; veja texto no Blog do Tarso

20. Fica apagando incêndios e não conseguiu propor nada de novo;

21. De positivo liberou investimentos de pequenas Centrais Elétricas (PCHs), medida já iniciada no Governo anterior;

O Blog do Tarso complementa o desastre:

1. Beto Richa irá privatizar serviços da Celepar. clique aqui, aqui e aqui

2. Beto Richa é contra fauna e flora do litoral. clique aqui

3. Beto Richa irá privatizar a saúde. clique aqui

4. Beto Richa é contra a liberdade de imprensa. clique aqui

5. Beto Richa deixou herança maldita com falta de creches na prefeitura. clique aqui

6. Beto Richa é lernista. clique aqui

7. Beto Richa vai criar agência para regular suas privatizações via PPPs. clique aqui

8. ex-secretário de Beto Richa e possível futuro Secretário de Segurança é adepto do Direito Penal do Terror. clique aqui

9. Beto Richa é contra o software livre. clique aqui

10. Beto Richa só fala em contrato de gestão mas não os assina. clique aqui

11. Beto Richa vai privatizar a folha de pagamento. clique aqui

12. Beto Richa está perdendo credibilidade com os PMs. clique aqui

13. Beto Richa continua sendo investigado por Caixa 2. clique aqui

14. Beto Richa censura blogs por meio do judiciário. clique aqui e aqui

15. Governo Beto Richa nomeou ilegalmente no Lactec. clique aquiaqui

16. Beto Richa engavetou projeto da Defensoria Pública e até agora não a criou. clique aqui

17. Beto Richa não resolveu a questão dos radares e Consilux. clique aqui

18. Beto Richa abandonou a prefeitura e deixou pendências como Urbs e ICI. clique aqui

19. Beto Richa anulou aposentadorias de ex-governadores mas não acabou com a pensão de Dona Arlete Richa. clique aqui e aqui

20. Legistas do IML insatisfeitos com Beto Richa. clique aqui

Veja matéria completa da Gazeta do Povo:

Início de gestão Beto Richa

Primeiros dias de Beto Richa decepcionam quem espera grandes mudanças. Sem dinheiro em caixa, governo começa “apagando incêndio”

Publicado domingo na Gazeta do Povo | ROSANA FÉLIX

O “novo jeito de governar”, bordão utilizado por Beto Richa (PSDB) durante a campanha eleitoral de 2010, ainda não foi implantado na prática. Nos primeiros 100 dias à frente do governo do Paraná, o tucano manteve algumas práticas condenáveis da gestão anterior – como o nepotismo e a indicação de aliados políticos – e ainda não lançou nenhuma política pública de impacto. O início da gestão foi marcado pelas reclamações da “herança maldita” deixada pelos antecessores – o que em parte é verdade – e o debate antecipado da eleição municipal de 2011. As ações mais efetivas ocorreram apenas como resposta à tragédia ambiental que devastou o litoral do Paraná em março.

Esse balanço foi feito à Gazeta do Povo por cientistas políticos e advogados que acompanham o Executivo paranaense de perto. Segundo eles, apesar de 100 dias serem poucos para avaliar um governante, o período trouxe decepção porque havia muita expectativa com a chegada do tucano ao Palácio Iguaçu. “A juventude do governador que, para efeitos de campanha foi um elemento positivo, não se reverteu em um estilo de governar mais inovador e ousado. Pelo contrário, os 100 dias de Beto Richa trouxeram traços conservadores e até mesmo de atitudes em negação, já que ancorado no bordão que recebeu do governo anterior uma ‘herança maldita’”, afirma Celene Tonella, coordenadora do mestrado de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

“Beto Richa manteve a tradição central do nepotismo na política paranaense. Nomeou a mulher e o irmão para o primeiro escalão, tem um primo no Detran e o filho assumiu uma secretaria na prefeitura de Curitiba. Para quem esperava um modo novo de governar, não houve mudanças”, afirma o cientista político Ricardo Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O professor também questiona outras nomeações, como a de Cassio Taniguchi na Secretaria do Planejamento e a do filho do deputado Nelson Justus em uma diretoria da Cohapar. Mas ele pondera que há outros bons nomes no secretariado, que podem fazer um trabalho relevante.

Helicópteros

Segundo as fontes ouvidas pela reportagem, o balanço é negativo porque também não houve apresentação de nenhuma política pública de impacto. A gestão de Beto Richa vem reiterando que não há dinheiro em caixa e responsabiliza os antecessores (Orlando Pessuti e Roberto Requião) pela baixa capacidade de investimento. Nem Richa nem seus secretários deram detalhes sobre os problemas financeiros até agora.

“A situação orçamentária é apertada. Mas enquanto a população sofre o ajuste fiscal, o governo aluga helicópteros e aeronaves sem licitação por R$ 2 milhões”, acrescenta Oliveira. Os veículos foram usados para locomoção de Richa, sob o argumento de que a frota antiga estava sucateada.

Para o cientista político Adriano Codato, também da UFPR, é difícil avaliar qualquer governo, porque as promessas feitas em campanha são vazias. Mas, para ele, independentemente dos compromissos firmados, o comportamento do governador deixou a desejar. “Houve muito mais preocupação com o pequeno mundo da política. Um dos maiores debates foi sobre quem o Beto Richa vai apoiar na eleição de prefeito de 2012. Isso foi decepcionante.” Para ele, o governador passou a maior parte do tempo “apagando incêndios” e não conseguiu propor nada novo. “Ele ficou respondendo aos problemas localizados da administração. Se for para ficar reclamando de falta de dinheiro, passam-se quatro anos facilmente”, observou.

Investimentos

Na área econômica, um dos pontos elogiados da atual gestão é a iniciativa para liberar investimentos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). A medida, entretanto, já havia sido iniciada na gestão de Orlando Pessuti (PMDB). “O começo de governo foi muito tímido, sem nenhum lançamento de impacto. O que houve foi uma diminuição no limite de compensação de créditos de ICMS, que até é bom para o caixa do governo, mas ruim para as empresas”, explica Clécio Luiz Chiamulera, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, seccional Paraná (Ibef-PR). Ele pondera que as expectativas com o novo governador são boas.

Herança

Requião isentou microempresas

O discurso de “herança maldita” é muito usado por governantes que sucedem opositores. Roberto Requião (PMDB) seguiu o mesmo caminho em 2003. Na época, ele anunciou a suspensão do pagamento de R$ 100 milhões em dívidas de um total de R$ 250 milhões deixadas pelo antecessor. Requião dava declarações quase diárias sobre os problemas encontrados e cancelou vários contratos.

Apesar de alegar dificuldades financeiras, Requião anunciou uma medida de impacto e bastante elogiada: a isenção de ICMS para as microempresas e abatimento para as demais, que começou a vigorar já no segundo mês de governo. “Ele era um político mais experiente, já havia governado o Paraná”, diz Ricardo Oliveira, da UFPR. Beto Richa lançou o programa Paraná Competitivo, que demorou para sair do papel (leia mais no dia 24 de fevereiro no cronograma).

“Richa foi menos espalhafatoso do que Requião, até mesmo na questão da moratória. Ele não fez um estrago tão grande, mas, por outro lado, não fez nada de muito impactante”, acrescenta Clécio Luiz Chiamulera, do Ibef-PR.

2 comentários sobre “Os 100 dias do Governo Beto Richa foram um desastre

  1. O piá de prédio com a ajuda dos seus amigos da justiça tiraram novamente do ar o blog do Esmael. Aqui no Paraná voltamos aos tempos da ditadura militar, quem ousar criticar o nosso fantástico e incrível governador vai ter que responder na justiça (????????????). Bem vindos ao passado cinzento.

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