Testemunhas reforçam suspeita de uso eleitoral de cargos no Porto durante governo Beto Richa

Após denunciar que Beto Richa escondeu denúncia de corrupção em seu governo, a Gazeta do Povo voltou a publicar denúncias de suspeita de uso eleitoral de cargos no porto de Paranaguá, durante o governo Beto Richa (PSDB). Dois ex-servidores comissionados do Porto dizem que suas nomeações e exonerações ocorreram em função da pré-campanha tucana à prefeitura de Paranaguá.

A Gazeta ainda denunciou que o primo do ex-superintendente da APPA, escolhido e exonerado por Beto Richa, teve acesso a documentos restritos do Porto, para defender o primo.

Beto Richa escondeu denúncia de corrupção em seu governo

Porto de Paranaguá

Carlos Alberto Richa, vulgo Beto Richa, demitiu na semana passada o senhor Airton Maron, do cargo de superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA. Disse que foi por “motivos técnicos”.

Eis que agora o Ministério Público está investigando criminalmente denúncia de venda de cargos no Porto, em troca de apoio ao candidato do PSDB de Beto Richa para a prefeitura de Paranaguá. O nome do candidato é Alceu Maron Filho, primo do ex-superintendente e um dos coordenadores da campanha de Beto Richa no litoral. Além disso há suspeita de arrecadação ilegal de recursos para financiamento da campanha tucana.

A Gazeta do Povo (sábado) disse que essa denúncia de corrupção “teria sido o real motivo da demissão”.

Na sexta-feira (23), com autorização da Justiça, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no Porto. Existiriam documentos e gravações como provas das denúncias realizadas.

Um dos denunciantes, um comerciantes da cidade, disse que pagou R$ 22 mil por um cargo comissionado no Porto administrado pelo governo Beto Richa.

Beto Richa sempre disse que os cargos comissionados do seu governo seriam preenchidos com pessoas competentes, por motivos técnicos. Mas a denúncia demonstra que o ex-superintendente ofereceu duas vagas em cargos comissionados para o PSL, por troca de apoio.

Colunista denuncia que durante governo Beto Richa cargos comissionados foram negociados no Porto de Paranaguá

 

Hoje na coluna do Celso Nascimento na Gazeta do Povo:

Negócios

Corre solta uma informação pra lá de estapafúrdia, mas que só merece ser registrada porque proveniente de altas fontes ligadas ao governo estadual: cargos comissionados teriam sido negociados numa autarquia estadual. Este teria sido motivo para a abrupta demissão de um alto funcionário na semana passada. Para ocupar postos-chaves na sua administração, interessados pagavam “pedágio” para que fossem indicados e nomeados. Um pretenso interessado teria gravado a negociação e levado o caso ao conhecimento superior. Para evitar escândalo se a fita vazasse, a providência foi decretar a rápida demissão do protagonista.