União Europeia está com medo do Brasil, da Índia e da China

Uma jovem europeia vestida de Beatrix Kiddo, a protagonista do filme “Kill Bill”, é ameaçada por três lutadores: um chinês (kung fu), um indiano (kalaripayattu) e um brasileiro (capoeira). Ela se multiplica e os três, cercados por 12 estrelas -símbolo da União Europeia- rendem-se. No fim, surge o bordão “Quanto mais somos, mais fortes”.

É um comercial da Comissão Europeia para estimular a expansão da UE que durou poucos dias. O diretor do programa na comissão, Stefano Sannino, tirou o vídeo do ar. “Ele não tinha, em absoluto, a intenção de ser racista”, afirmou Sannino, pedindo desculpas.

O indiano “Hindustan Times” publicou que “agora é oficial: a Europa está com medo da Índia, da China e do Brasil”, em referência ao vídeo.

Entrevista István Mészáros: A barbárie no horizonte

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Na Folha de S. Paulo de hoje

Filósofo húngaro encara a crise do capitalismo

ELEONORA DE LUCENA

RESUMO O filósofo húngaro István Mészáros, principal discípulo e conhecedor da obra de seu conterrâneo György Lukács, lança livro e faz palestras no Brasil. O pensador marxista argumenta que as ideias socialistas são hoje mais relevantes do que jamais foram e defende mudanças estruturais para conter a crise do capitalismo.

A atual crise do capitalismo, que faz eclodir protestos por toda a parte, é estrutural e exige uma mudança radical. Essa é a visão do filósofo István Mészáros, 82.

Professor emérito da Universidade de Sussex (Reino Unido), o marxista Mészáros defende que as ideias socialistas são hoje mais relevantes do que jamais foram. Nesta entrevista, feita por e-mail, ele diz que o avanço da pobreza em países ricos demonstra que “há algo de profundamente errado no capitalismo”, que hoje promove uma “produção destrutiva”.

Mészáros vem ao Brasil para palestras em São Paulo (amanhã, no Tuca, às 19h), Marília, Belo Horizonte e Goiânia. Maior discípulo e conhecedor da obra do também filósofo húngaro marxista György Lukács (1885-1971), Mészáros lançará aqui o seu livro “O Conceito de Dialética em Lukács” [trad. Rogério Bettoni, Boitempo, R$ 39, 176 págs.], dos anos 60.

A mesma editora lança, de Lukács, “Para uma Ontologia do Ser Social 2” [trad. Ivo Tonet, Nélio Schneider e Ronaldo Vielmi Fortes, R$ 98, 856 págs.] e o volume “György Lukács e a Emancipação Humana” [org. Marcos Del Roio, R$ 39, 272 págs.].

Folha – O sr. vem ao Brasil para falar sobre Lukács. Como avalia a importância das suas ideias hoje?

István Mészáros – Lukács foi meu grande professor e amigo por 22 anos, até sua morte, em 1971. Ele começou como crítico literário e transitou para temas filosóficos fundamentais, em trabalhos com implicações de longo alcance. Fala-se menos de sua atuação política direta entre 1919 e 1929. Ele foi ministro de Educação e Cultura no breve governo revolucionário da Hungria em 1919 e é um exemplo de que moralidade e política não só devem como podem andar juntas. Continuar lendo

Espionagem, proteção de sigilo de dados e marco civil da internet

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Por Adriano Ribeiro Lyra Bezerra, advogado, é especialista em Direito Civil e Empresarial, na Gazeta do Povo de sexta-feira

A legislação brasileira, no que concerne às atividades de navegação na internet e, mais especificamente, à proteção dos dados que circulam em ambiente eletrônico, ainda é rasa e incipiente. Não há ainda lei que se dedique integralmente a esse assunto, o que torna a resolução de conflitos que envolvem direitos sobre dados que circulam na rede mundial uma difícil tarefa para os magistrados brasileiros, que fundamentam a maioria das suas decisões apenas em regramentos constitucionais.

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