O óbvio precisa ser dito e compartilhado

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Texto circulando nas redes sociais:

Cole no seu mural!! Não compartilhe, mas cole e publique. Vamos fazer a maior parte das pessoas entender a situação atual.

1) PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO VETA EMENDA CONSTITUCIONAL. Sendo assim, não é para a Dilma que vocês têm que pedir a não aprovação da PEC 37 (ah, para quem não sabe, PEC significa Proposta de Emenda Constitucional), mas, sim, ao Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal).

2) PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO TEM O PODER DE DETERMINAR A PRISÃO DE NINGUÉM (ainda bem, né?!). Por esse motivo, caso vocês queiram ver os “mensaleiros” (sic) na cadeia, terão que pedir isso ao idolatrado Ministro Joaquim Barbosa, pois é o Poder Judiciário (no caso dos mensaleiros, o STF) que tem competência para fazê-lo.

3) NÃO É O PRESIDENTE DA REPÚBLICA QUE ELEGE O PRESIDENTE DO SENADO. É o próprio Senado que escolhe o seu presidente. Assim, a Dilma não pode chegar lá no Senado e gritar: “Fora, Renan Calheiros”.

4) TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL É DA COMPETÊNCIA (ADIVINHEM!) DOS MUNICÍPIOS. Então, a pessoa mais indicada para resolver esse problema, a princípio, é o prefeito de cada cidade e/ou governador, e não a Dilma.

5) TAMBÉM NÃO É ATRIBUIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA INSTAURAR CPI. Quem instaura CPI é o Poder Legislativo (no âmbito federal, a Câmara dos Deputados e/ou o Senado Federal).

6) O projeto de CURA GAY é de autoria de um deputado do PSDB. O Governo Dilma já se posicionou contra o projeto da Cura Gay, por meio da SDH. Cabe agora agora ao Presidente Nacional do PSDB e os afiliados do PSDB retirarem o Projeto de Cura Gay, pois o mandato é do Partido e não do Deputado do PSDB.

É hora de colocar cada exigência endereçada para as pessoa corretas!

Mais um bom vídeo sobre as manifestações

71% dos brasileiros estão satisfeitos com suas vidas

brasileiros

Segundo pesquisa do Ibope divulgada na revista Época de hoje:

75% dos brasileiros apoiam as manifestações, mas apenas 6% participaram delas.

71% dos brasileiros disseram estar satisfeitos com sua vida atual.

A grande maioria dos brasileiros, 77%,  citaram como motivo dos protestos o transporte público deficiente. Um percentual bem menor, 47%, citaram a insatisfação com os políticos, 32% a corrupção, 31% deficiências na educação e na saúde, e 18% a inflação.

Foram entrevistas 1.008 pessoas em 79 municípios entre os dias 16 e 20 de junho.

Tradução:

A grande maioria dos brasileiros apoia pessoas nas ruas, mas a tendência, como agora as manifestações políticas acabaram e apenas sobrou o golpismo e o vandalimo, a aprovação caia vertiginosamente.

Uma parcela muito pequena dos brasileiros saiu às ruas, e pelo que se percebe, na sua maioria pessoas pertencentes à classe-média que não perceberam como o Brasil melhorou nos últimos 10 anos.

Os brasileiros estão satisfeitos com suas vidas e não querem um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT).

Por fim, para a maioria dos brasileiros o motivo das manifestações foi a questão do transporte, um problema principalmente municipal e estadual, e não da federação.

Em Minas, petista enfrenta a massa e é ovacionado

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 No Brasil 247

Prefeito de Poços de Caldas, uma das cidades mais ricas de Minas Gerais, deixou seu amplo gabinete de trabalho, desceu as escadarias do Paço Municipal e foi ao encontro de uma multidão calculada em cerca de 10 mil jovens

O prefeito de Poços de Caldas, uma das cidades mais ricas de Minas Gerais, deixou seu amplo gabinete de trabalho, desceu as escadarias do Paço Municipal e foi ao encontro de uma multidão calculada em cerca de 10 mil jovens. A inusitada cena se deu no fim da tarde de sexta-feira, no município com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de Minas e uma das mais ricas do Brasil, sede de grandes empresas como a Alcoa, Danone, Mitsui, Nuclebrás, Mineração Curimbaba e uma população de quase 180 mil pessoas.

Os manifestantes protestavam contra o preço da passagem do ônibus urbano e o monopólio de uma empresa de transporte coletivo. O protesto, convocado por jovens através das redes sociais, obteve a adesão de outros setores da comunidade e transcorreu com relativa tranquilidade. Supostos provocadores infiltrados, logo identificados pelos organizadores, tentaram incitar a violência e praticar atos de vandalismo como o incêndio de um ônibus, foram prontamente detidos pela Polícia Militar.

O inusitado exemplo, único caso no Brasil, veio de um negro, eleito pelo PT. O dentista e professor Eloísio Lourenço, 45 anos de idade, casado com uma advogada, dois filhos adolescentes, é católico praticante mas tem como vice o empresário Nizar El-Khatib, muçulmano e amigo pessoal ex-presidente Lula. Eloísio Lourenço venceu em todas as urnas de Poços de Caldas, cidade tradicionalmente conservadora, derrotando outros dois fortes candidatos, o ex-prefeito e deputado federal Geraldo Thadeu (PSD) e o então prefeito Paulinho Courominas, do PPS. Seu governo tem inédita aprovação e o secretariado mereceu elogios até da oposição pela qualidade dos escolhidos e perfil técnico..

Recebido sem hostilidade por uma multidão que o ouviu em rigoroso silêncio. O prefeito petista falou por alguns minutos explicando a situação do transporte coletivo, condenando o monopólio e declarando que também era contra a situação do transporte coletivo e o seu preço caro, mas que iria fazer tudo dentro da lei, além de convidar os jovens à participarem de uma comissão que discutirá o assunto. Pediu paz, desejou sucesso e declarou que apoiava a luta do Movimento Passe Livre. Terminou recordando que “todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido” Foi ovacionado pelos jovens. O prefeito petista, negro e bom gestor, é um exemplo a todos os outros governantes que não tiveram sua impressionante coragem e espírito público nos episódios que o Brasil está vivendo.

Charge: a Globo é cúmplice do golpismo

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Dia 24 de junho – UM DIA SEM REDE GLOBO

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Antes do pronunciamento: Carta aberta dos movimentos sociais para a presidenta Dilma Roussef

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O momento é propício para que o governo faça avançar as pautas democráticas e populares, e estimule a participação e a politização da sociedade

21/06/2013

Movimentos sociais,

O Brasil presenciou nesta semana mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas de cidades.

Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.

Mais que um fenômeno conjuntural, as recentes mobilizações demonstram a gradativa retomada da capacidade de luta popular. É essa resistência popular que possibilitou os resultados eleitorais de 2002, 2006 e 2010. Nosso povo, insatisfeito com as medidas neoliberais, votou a favor de um outro projeto. Para sua implementação, esse outro projeto enfrentou grande resistência principalmente do capital rentista e setores neoliberais que seguem com muita força na sociedade.

Mas enfrentou também os limites impostos pelos aliados de última hora, uma burguesia interna que na disputa das políticas de governo impede a realização das reformas estruturais como é o caso da reforma urbana e do transporte público.

A crise internacional tem bloqueado o crescimento e, com ele, a continuidade do projeto que permitiu essa grande frente que até o momento sustentou o governo.

As recentes mobilizações são protagonizadas por um amplo leque da juventude que participa pela primeira vez de mobilizações. Esse processo educa aos participantes permitindo-lhes perceber a necessidade de enfrentar aos que impedem que o Brasil avance no processo de democratização da riqueza, do acesso à saúde, à educação, à terra, à cultura, à participação política e aos meios de comunicação.

Setores conservadores da sociedade buscam disputar o sentido dessas manifestações. Os meios de comunicação buscam caracterizar o movimento como anti-Dilma, contra a corrupção dos políticos, contra a gastança pública e outras pautas que imponham o retorno do neoliberalismo. Acreditamos que as pautas são muitas, como também são as opiniões e visões de mundo presentes na sociedade.

Trata-se, no entanto, de um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso à sociedade.

Diante do exposto nos dirigimos a V. Ex.a para manifestar nosso pleito:

Em defesa de políticas que garantam a redução das passagens do transporte público com redução dos lucros das grandes empresas. Somos contra a política de desoneração de impostos dessas empresas.

O momento é propício para que o governo faça avançar as pautas democráticas e populares, e estimule a participação e a politização da sociedade. Nos comprometemos em promover todo tipo de debates  em torno desses temas e nos colocamos à disposição para debater também com o Poder Público.

Propomos a realização com urgência de uma reunião nacional, que  envolva os governos estaduais, os prefeitos das principais capitais,  e os representantes de todos os movimentos sociais.

De nossa parte, estamos abertos ao diálogo, e achamos que essa reunião é a única forma de encontrar saídas  para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades. O momento é favorável. São as maiores manifestações que a atual geração vivenciou e outras maiores virão. Esperamos que o atual governo escolha governar com o povo e não contra ele.

Assinam: Continuar lendo

Acabou

Foi bom enquanto durou.

Desde o início fui um defensor das manifestações que ocorreram nas ruas do país.

Eu estava em São Paulo na primeira manifestação do Movimento Passe Livre pela redução de R$ 0,20 centavos na tarifa do transporte coletivo.

Poucos manifestantes de esquerda que têm uma causa clara, o passe livre: passagem de ônibus e metrô totalmente gratuita, sendo paga pelos impostos, principalmente por quem anda de carro. Eu apoio!

A Polícia Militar de São Paulo bateu nos manifestantes e a velha mídia e os conservadores/ reacionários/ direitistas aplaudiram.

Dias depois o movimento cresceu ainda com manifestantes conscientes e progressistas, com maior cobertura da imprensa. Dessa vez os manifestantes apanharam novamente da PM truculenta, mas dessa vez jornalistas da velha mídia (Folha) e das novas mídias independentes e progressistas também levaram balas de borracha na cara e gás lacrimogêneo.

Agora a velha mídia e a população se indignaram.

Virou “modinha” ir para as ruas, com “neomanifestantes” jovens ou não tão jovens assim que nunca se manifestaram para nada de interesse público. As manifestações se alastraram pelo país.

Mas aos poucos grupos conservadores/ reacionários/ de direita da classe-média começaram a tomar conta de um movimento cada vez mais descontrolado.

O MPL e outros movimentos conseguiram baixar a tarifa em suas cidades.

E pautas conservadoras ou golpistas começaram a tomar conta das manifestações.

Cartazes e faixas como “Fora Dilma”, “Fora casamento Homoafetivo”, “Pela redução da maioridade penal”, “Pela criminalização do aborto”, “‘mensaleiros’ na cadeia”, “Pelo fim dos partidos políticos”, entre outras besteiras, começaram a tomar as ruas.

Os primeiros casos de vandalismo explícito começaram a destruir bens públicos e privados, inclusive com saques.

Até causas interessantes como o questionamento com os gastos para a Copa do Mundo e por mais dinheiro para a saúde, educação e segurança, começaram a ficar sem sentido e parecendo uma simples repetição de discurso superficial e anti-governo federal.

Contradições começaram a aparecer como “mais dinheiro para a saúde e educação” e “diminuição dos impostos”.

Manifestantes que sempre participaram das questões de interesse público no país, como pessoas comuns filiadas a partidos, sindicalistas e participantes de movimentos sociais começaram a sofrer verbal e fisicamente agressões de fascistas e/ou alienados políticos.

Mas ontem (21) o movimento acabou. Dia 20 o MPL saiu das manifestações por conseguirem a diminuição das tarifas e pela “direitização” das manifestações. Mas ontem acabou de vez. Rio de janeiro, São Paulo, Curitiba e em várias outras cidades do país os vândalos tomaram conta e destruíram, e muito, bens públicos e privados como prefeituras, igrejas, lojas, museus, entre outros.

Muito dinheiro público que poderia ser utilizado para a saúde e educação, bandeiras do início do movimento, vão ser utilizados para reforma de postes, edifícios e outros bens públicos.

O movimento foi válido até ontem. Crianças, adolescentes, jovens e até alguns não tão jovens manifestaram-se e discutiram política como nunca nesses dias, mais do que nos últimos vinte anos.

Mas agora acabou. A partir de amanhã grupos não ruas serão ou torcedores pelo Brasil na Copa das Confederações ou vândalos que serão combatidos pelas polícias militares.

Já ocorreram duas mortes.

Não há mais meio termo.

Acabou a graça.

O recado, principalmente da classe-média brasileira, foi dado.

A presidenta Dilma, governadores, prefeitos, deputados, senadores, vereadores, magistrados, membros do Ministério Público escutaram.

Mas acabou.

A discussão, os debates, devem continuar, e até alguma reivindicação específica devem ocorrer.

Mas manifestações contra tudo… é bom dar um tempo, para o bem da democracia brasileira.