Pela estatização dos hospitais de Curitiba – Blog do Esmael

O dinheiro público chega ao hospital, mas não aos trabalhadores que precisam recorrer a greves; constantes paralisações colocam em risco a vida de milhares de pessoas que necessitam de atendimento emergencial.

Do Blog do Esmael Morais

O dinheiro público chega ao hospital, mas não aos trabalhadores que precisam recorrer a greves; constantes paralisações colocam em risco a vida de milhares de pessoas que necessitam de atendimento emergencial.

Há 15 dias, mais ou menos, eu sugeri à prefeitura de Curitiba que encampasse todos os hospitais privados que dependem do poder público para sobreviver. Entre esses, está o Hospital Universitário Evangélico, o maior do estado, e, consequentemente, o mais problemático em todos os sentidos. 

Trago à baila isso de novo porque a maioria dos jornais do Paraná estampa hoje em suas manchetes a questão da saúde, por óbvio, com destaque ao “Anjo da Morte” no Evangélico (médica que supostamente abreviava a vida dos pacientes).

Tirando o lado exagerado e pitoresco dos jornais (lembremos sempre o caso da Escola de Base), a gestão da saúde na capital é plena. Logo, tudo que dá certo ou errado recaem sobre a gestão do prefeito Gustavo Fruet (PDT).

Faço um pequeno parêntese para o caso do ex-prefeito Saul Raiz, de 83 anos, baleado no domingo, que não conseguiu os primeiros atendimentos médicos no Hospital São Vicente.

A área da saúde é muito sensível. Não adianta culpar o governador Beto Richa (PSDB) ou a presidenta Dilma Rousseff (PT). Tem que funcionar bem, custe o que custar. Os hospitais privados que recebem dinheiro público não funcionam como deveriam. São um saco sem fundo que comem os recursos — principalmente do SUS — mas sempre operam no vermelho e põe em risco a vida de milhares de curitibanos e paranaenses devido à falta de atendimento digno aos pacientes.

Saúde, Educação e Segurança jamais poderiam ser terceirizados. Deveriam ser consideradas cláusulas pétreas das três esferas administrativas. Têm que ser objeto primeiro do Estado, do Poder Público. Portanto, reitero a minha posição pelo encampamento de todos os hospitais que dependam do erário para existir.

A estatização de um serviço essencial não é o fim do mundo, pois na semana passada a prefeitura da capital o fez às pressas — sem planejamento — porque o Hospital do Bairro Novo fora abandonado à própria sorte pela mesma mantenedora do Hospital Evangélico.

Na prática, esses hospitais são estatais há muito tempo. Entretanto, a gestão dos recursos públicos injetados neles é privada – e muitas vezes inconsequente.

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7 comentários sobre “Pela estatização dos hospitais de Curitiba – Blog do Esmael

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  2. Uma idéia um tanto duvidosa! Encampação dos hospitais privados que recebem subvenções da União(SUS)?
    O único hospital que está mal das pernas é o Evangélico e isso se dá por conta de sua má administração.

    Santa Casa de Curitiba(atende SUS e particulares, está bem financeiramente), Pequeno Príncipe(uma vez errei a portaria e entrei no setor do SUS achei mais limpo que o setor privado, está bem financeiramente, Hospital de olhos do Paraná, atende muito SUS e particular, também está bem financeiramente, HC esse então coitado atende SUS aliás atende pacientes de todo o Brasil em busca da sua excelência em transplante de medula óssea, lá tem uma ou outra greve mas a questão é salarial, você não vê questionamento a qualidade do atendimento.

    Agora o Evangélico, ahhhhhhh o Evangélico, esse é partilhado pela sociedade evangélica, são várias denominações evangélicas que a aportam financeiramente, é uma sociedade empresária como outra qualquer, que deveria dar lucro mesmo não sendo esse objetivo, no Bom Dia PR de hoje dia 21/02/2013, o diretor do Hospital sr. Odair Braun diz que a dívida está batendo na casa dos 260 milhões de reais, será que é viável a encampação desse hospital, isso seria um prêmio a uma gestão incompetente, que não soube aproveitar os convênios firmados com a prefeitura mesmo que esses convênios fossem questionáveis!!!! Não nos esqueçamos que a passagem de ônibus por si só já tá dando uma dor de cabeça enorme para o Fruet equacionar, as empresas querem mais e o povo curitibano é que vai pagar todas essas as contas.

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  3. Concordo, por que vimos milhões e milhões de reais indo para os hospitais, postos e unidades 24hrs e quando vamos lá para uma consulta o que sempre ouvimos dizer é que não chegou os remedios, as luvas os equipamentos basicos e que o hospital ta trabalhando com diminuição de custos, onde, em que parte esse dinheiro some?

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