O presidente do ICI ficará por apenas mais dois meses no cargo, por isso que os atuais quatro conselheiros escolhidos por Gustavo Fruet referendaram o atual presidente.
Arquivo diário: 15/01/2013
Neoliberalismo venceu a Democracia: presidente do ICI escolhido por Ducci fica no cargo
O neoliberalismo, por enquanto, está vencendo a Democracia. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), eleito com mais de 60% dos votos, por enquanto não conseguiu trocar o comando do ICI – Instituto Curitiba de Informática. O ICI é uma associação privada qualificada como organização social – OS, criada pelo ex-prefeito Cássio Taniguchi (DEMO), que recebe milhões da prefeitura sem licitação e não faz concurso público. Presta serviços de tecnologia da informação e comunicação – TIC.
Uma das grandes promessas de Gustavo era deixar o ICI mais transparente e diminuir as terceirizações de atividades fim. Mas para a prefeitura não parar, e como o Conselho de Administração tem 10 membros, mas Fruet pode escolher apenas 4 membros, o Conselho acabou decidindo hoje, por unanimidade, segundo Joice Hasselmann, a manutenção de Renato Rodrigues como presidente. Ele é homem de confiança e foi escolhido pelo ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), derrotado ainda no primeiro turno nas eleições de 2012.
O modelo das OS foi criado no governo FHC para a privatização de serviços.
Foto do Dia: Gustavo Fruet brinca com crianças
Se nomear Ezequias “Sogra Fantasma” Moreira, Beto Richa estará desrespeitando o Paraná
Do Caixa Zero, Rogelio Galindo
A história de que Beto Richa perdoa o “pecador mas não o pecado” foi um jeito de o governador manter a seu lado um dos mais fiéis companheiros desde os tempos de Assembleia Legislativa: Ezequias Moreira.
Ezequias tem o seguinte problema: mantinha a sogra no gabinete de Richa no Legislativo, sem trabalhar. Recebia o dinheiro. Não sou eu quem está dizendo. A sogra dele, Veronica Durau, admitiu o esquema. A Justiça condenou. Ezequias não recorreu e até devolveu o dinheiro, depois de ser pego com a mão no jarro.
Beto jura que não sabia de nada. Ok: é estranho. No governo do estado, não saber de algo é mais plausível. São milhares de funcionários espalhados por um território do tamanho de vários países. Na Assembleia, cada gabinete tem uma dúzia de pessoas, num espaço pouco maior do que o de uma casa da Cohapar.
Esqueçamos o fato de que Richa deveria ter descoberto o esquema antes da imprensa, antes da Justiça, antes de quem estava fora de seu gabinete. Manter Ezequias com cargos públicos depois disso é o que pega realmente mal.
Ezequias, porém, ganhou uma vaguinha no gabinete de João Claudio Derosso em 2008. Depois, quando Richa virou governador, levou-o para a Sanepar. Justo na diretoria de Relações com os Investidores. Pois é.
Agora, dizem que na reforma do secretariado, Ezequias será alçado a píncaros ainda mais altos e inusitados, conforme mostra a reportagem desta terça de Euclides Lucas Garcia, esse grande repórter, na Gazeta do Povo.
A conversa de que Ezequias já pagou sua dívida não pode colar. Ele devolveu o dinheiro. Ótimo. Mas responde a ação penal por isso, ainda em curso. Merecer o direito da dúvida é uma coisa. Promovê-lo depois de tudo o que ocorreu é um absurdo, um incentivo à bandalheira.
Richa tem a obrigação de não nomeá-lo para cargo algum no secretariado enquanto o julgamento não ocorrer. Desrespeitar essa regra básica de convivência é desrespeitar o eleitorado todo do Paraná.
O PSDB tem batido, com razão, no PT pelo tratamento que vem dando aos mensaleiros. Ezequias devolveu o dinheiro de um mensalinho que saía do gabinete de Richa na Assembleia e que lhe rendeu meio milhão de reais. Parece pouco? João Paulo Cunha foi condenado por um terço desse dinheiro.
Beto Richa privatiza área para Hospital Sírio-Libanês
O governador Beto Richa (PSDB) assinou hoje um convênio para a construção de uma unidade do Hospital Sírio-Libanês em Curitiba.
O governador cedeu um imóvel gigantesco na Vila Izabel, de propriedade do Estado, de 10 mil metros quadrados, para o hospital privado. Juridicamente a cessão do imóvel tem prazo de 50 anos, mas sabemos que esse tipo de cessão se estenderá para todo o sempre.
O grande problema é que o hospital não atende apenas pelo SUS. Também fará o atendimento da elite curitibana e paranaense, cobrando altos valores, tudo em terreno do povo paranaense. Os pobres serão atendidos numa porta do lado, com menor qualidade, pelo SUS. Os ricos serão atendidos pela porta da frente, com tapete vermelho e muito luxo. Tudo em terreno público.
A pergunta que não quer calar: por que Beto Richa não constroi um hospital público-estatal no local, com atendimento 100% gratuito?
Depois do movimento de 68, Diretas Já e Fora Collor, agora é “Granito no Batel já”!
Protesto da TFP é combatido em Curitiba
Ontem na praça Tiradentes em Curitiba ocorreu um mini-protesto realizado pelo ridículo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira contra o casamento gay. O mini-protesto é chamado de Cruzada pela Família e fez a mesma palhaçada na semana passada em Maringá.
Havia apenas 30 participantes, provavelmente da TFP – Tradição, Família e Propriedade, e também provavelmente saudosos do integralismo nazi-fascista, da ditadura militar, da monarquia e do liberalismo do século XIX.
Mas rapidamente os curitibanos se indignaram contra esse movimento reacionário e pouco representativo e grupos anti fascistas, lésbicas, gays e pessoas que passavam no local passaram a protestar contra a presença dos conservadores. LGBTs se beijavam, outros traziam cartazes acusando o grupo de fascismo, e até brincadeiras criativas chamavam a atenção ao discurso retrógrado do grupo que trajava vestes militares e boinas, e traziam cartazes contra o casamento gay e dizendo que os gays querem acabar com a família.
Um dos contra protestos mais criativos foi de uma menina usando máscara do filme V de Vingaça, do personagem revolucionário Guy Fawkes, adotada pelo grupo Anonimous mundialmente, com a placa “Esse bofe está fora de moda -> Jesus não aprova”. Em outra, um cartaz diz: “Não nos matem por causa DELES”.
Informações e foto da revista Lado A,
Em minoria no ICI, Fruet tenta emplacar novo presidente do órgão

Fachada da sede do ICI no Cabral: instituto é uma entidade não governamental responsável pela informática da prefeitura de Curitiba. Durante a campanha, foi chamado de caixa-preta. Foto de André Rodrigues
Tomam posse hoje os quatro indicados pelo novo prefeito para o conselho do Instituto Curitiba de Informática. Comando da entidade é escolhido por dez conselheiros
ANDERSON GONÇALVES, hoje na Gazeta do Povo
O prefeito Gustavo Fruet (PDT) inicia hoje sua intervenção em uma das chamadas “caixas-pretas” da administração municipal. O conselho deliberativo do Instituto Curitiba de Informática (ICI) se reúne hoje para dar posse aos quatro representantes indicados pelo novo prefeito para participar da gestão do instituto – uma entidade não governamental que é responsável por uma série de serviços de informática utilizados pela prefeitura.
Mais do que definir a participação da nova administração municipal nas decisões do ICI, a mudança faz parte do trabalho que Fruet terá para tentar conseguir emplacar um nome para a presidência do órgão. Hoje, Fruet está em minoria, pois o conselho do ICI é formado por dez pessoas que representam o poder público e segmentos da iniciativa privada. Os dez integrantes elegem o presidente da instituição.
O ICI recebeu no ano passado R$ 128,4 milhões em contratos com a prefeitura. Além disso, o instituto armazena uma série de informações estratégicas para a gestão municipal, relativas a tributos, folha de pagamento, consultas médicas, entre outras.
Fruet pode ter dificuldades para colocar alguém de sua preferência no comando do ICI porque está em desvantagem no conselho. No fim do ano passado, o ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) convocou uma reunião extraordinária para que o conselho escolhesse dois novos representantes. Somados aos quatro indicados por outros setores, que já faziam parte do conselho durante o governo Ducci, eles somam votos suficientes para eleger um novo presidente.
Segundo a comunicação da prefeitura, ainda não está definida a data para eleição da nova diretoria do ICI. A definição poderá ocorrer na reunião de hoje, que será comandada pelo atual diretor-presidente, Renato Almeida Rodrigues. Nos bastidores, comenta-se que Fruet já estaria em tratativas para tentar fazer com que os conselheiros escolhessem um nome de sua preferência para o comando do instituto.
Informações
Os quatro nomes indicados por Fruet para participar do conselho são: o procurador-geral do município, Joel Macedo; o secretário de Governo, Ricardo McDonald Ghisi; o secretário de Administração, Fábio Scatolin; e a presidente da Curitiba S.A., Gina Paladino. Após tomar posse, o grupo entregará ao diretor-presidente do ICI uma carta solicitando informações sobre o órgão. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, são dados sobre as finanças e os contratos administrados pelo instituto, os quais não foram repassados durante o processo de transição.
O prefeito Gustavo Fruet já afirmou que pretende fazer uso do ICI durante a sua gestão, mas quer dar mais transparência aos dados colhidos pelos sistemas e acompanhar de perto os serviços contratados.
Quem é quem
Quem faz parte do conselho deliberativo do ICI:
Indicados pelo setor público
• Secretaria de Administração: Fábio Scatolin*
• Secretaria de Governo: Ricardo McDonald Ghisi*
• Procuradoria-Geral do Município: Joel Macedo*
• Secretaria de Finanças: Gina Paladino*
Indicados pelo setor privado
• Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assesspro): Luís Mário Luchetta
• Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu): Lincoln Paulo Martins Moreira
• Comunidade local de informática: Adilson Rodrigues Roesler
• Empresários de informática: Luiz Alberto Matzenbacher
• Comunidade acadêmica: Mario Shirakawa
• Associados do ICI: Luciano Scandelari
* Tomam posse nesta terça-feira como indicados pelo prefeito Gustavo Fruet.
Funções
Dos portais na internet ao 156, tudo passa pelo instituto
O Instituto Curitiba de Informática (ICI) é responsável por um conjunto de informações da prefeitura de Curitiba. Os bancos de dados mantidos pelo instituto permitem elaborar planos de governo específicos para solução de eventuais problemas na cidade. Entre os serviços administrados estão a Central 156, a central de marcação de consultas médicas, o Cartão Qualidade (cartão eletrônico com informações e créditos para os servidores comprarem produtos e serviços), a Central de Relacionamento Municipal e os portais da prefeitura na internet. Os contratos mantidos com o ICI em 2012 custaram R$ 10,7 milhões por mês para a administração municipal – ou R$ 128,4 milhões no ano. O montante representou 2,8% do orçamento da prefeitura, que foi de R$ 5,1 bilhões. A aplicação dos recursos é alvo de questionamentos pelo Tribunal de Contas do Estado (TC), que diz não ter recebido dados sobre os contratos mantidos durante a gestão anterior.