Deputada Cantora Mara Lima critica a Virada Cultural por não ter música cristã

A deputada estadual Cantora Mara Lima (PSDB) criticou a Virada Cultural realizada em Curitiba por não ter música cristã, evangélica e gospel na sua programação, pois este estilo musical “tem ganhado cada dia mais popularidade e por isso não poderia ser ignorado pelo poder público”.

Mara Lima é cantora de música evangélica e exige mudanças para o ano que vem.

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A redução da desigualdade na América Latina, segundo o Banco Mundial

No Carta Maior

A maioria da população da América Latina, vilipendiada por décadas de neoliberalismo, hoje está melhor do que ontem, diz estudo do Banco Mundial. A pesquisa apresentada no mês passado pelo setor de Pobreza, Igualdade e Gênero da América Latina e do Caribe, do Banco Mundial, destaca que, dos 17 países para os quais há dados comparáveis, 13 experimentaram um decréscimo na desigualdade. O artigo é de Alfredo Zaiat.

Alfredo Zaiat – Página12

Buenos Aires – O documento do Banco Mundial “A diminuição da desigualdade na América Latina na década de 2000. Os casos da Argentina, do Brasil e do México” oferece uma análise oportuna para compreender o ciclo político aberto na região que setores conservadores combatem com perplexidade, porque têm poder econômico, os grandes meios de comunicação e agora também capacidade de mobilização e vontade de orientar a agenda pública, mas não conseguem debilitá-lo, nem da gestão diária nem na hora da contagem de votos. Não conseguiram até agora porque, em que pese o que afirmam representantes da direita e da esquerda, a maioria da população da América Latina, vilipendiada por décadas de neoliberalismo, hoje está melhor do que ontem.

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Foto do dia: vampiros?

Virada Cultural de Curitiba de sol, 11.11.12. Foto de Rafael Urban

Injusta Sentença – José Dirceu

Do Blog do Zé Dirceu

Dediquei minha vida ao Brasil, à luta pela democracia e ao PT. Na ditadura, quando nos opusemos colocando em risco a própria vida, fui preso e condenado. Banido do país, tive minha nacionalidade cassada, mas continuei lutando e voltei ao país clandestinamente para manter nossa luta. Reconquistada a democracia, nunca fui investigado ou processado. Entrei e saí do governo sem patrimônio. Nunca pratiquei nenhum ato ilícito ou ilegal como dirigente do PT, parlamentar ou ministro de Estado. Fui cassado pela Câmara dos Deputados e, agora, condenado pelo Supremo Tribunal Federal sem provas porque sou inocente. Continuar lendo

Neutralidade é ponto de discussão no Marco Civil da Internet e PL pode ser votado amanhã

A chamada neutralidade na rede, que trata do uso comercial da conexão pelas operadoras, é um dos pontos que ainda gera bastante discussão dentro do projeto que cria o Marco Civil, lei que definirá as diretrizes do uso da internet no Brasil. O substitutivo da proposta do Governo Federal poderá ir a votação amanhã (13) no Plenário da Câmara dos Deputados.

O princípio da neutralidade da rede significa que toda e qualquer tipo de informação que trafega na conexão deverá ser tratada da mesma forma. Isso representa que a  velocidade de navegação (acesso aos conteúdos ou transmissão de dados) deverá ser a mesma para todos os usuários, sem intervenção das empresas que oferecem a conexão.

“Por ser o início desta discussão, o Marco Civil será uma espécie ciberconstituição. A questão da neutralidade e outros pontos ainda causam discordância entre governo, empresas, organizações e os usuários finais. Mas certamente teremos uma lei que vai contemplar todos os lados”, disse o deputado João Arruda (PMDB-PR), presidente da Comissão Especial criada para analisar o projeto na Câmara.

Contexto

Após ter sido adiada por três vezes, a votação foi programada para esta terça-feira (13), em um acordo feito pelos líderes partidários na última semana. “Adiar a votação do Marco Civil da Internet para esta próxima terça foi importante para consolidar a discussão em nome da unidade. Estaremos votando um projeto que ouviu todos os lados e, portanto, respaldado pela democracia”, disse João Arruda.

O deputado ressaltou ainda que o projeto representa um grande avanço na regulamentação desta tecnologia ao mesmo tempo em que prioriza o usuário. “Será a melhor legislação do mundo voltada a internet, garantia da privacidade e liberdade de expressão”.

O relatório da Comissão Especial, que deu origem ao substitutivo do projeto do Governo Federal, foi elaborado após uma série de audiências públicas no Congresso Nacional e nas principais capitais do país. Os encontros permitiram a defesa de posicionamentos de técnicos e especialistas em legislação e direito, blogueiros e ativistas digitais.

Mais uma derrota para Beto Richa: trabalhadores da Celepar ganharam na Justiça do Trabalho o Dissídio

Mais informações em breve

Todo mundo é salafrário? – Paulo Moreira Leite

Revista Época, Vamos Combinar

Editorial do Estadão, na sexta-feira, fez observações duras sobre o comportamento de Joaquim Barbosa, o ministro relator do julgamento do mensalão.

Observou que “desde as primeiras manifestações de inconformismo com o parecer  do revisor Ricardo Lewandovski” a atuação de Joaquim Barbosa “destoa do que se espera de um membro da mais alta Corte de Justiça do país.”

O jornal, o mais influente nos meios jurídicos, explica que, em vez de “serenidade” o ministro “como que se esmera em levar um espetáculo de nervos `a flor da pele, intolerância e desqualificação dos colegas.” Continuar lendo

Estádio do Corinthians: grama preta?

Clique na imagem e veja a reportagem da TV Folha sobre o estádio do Corinthians em Itaquera, que receberá a abertura da Copa do Mundo do Brasil de 2014.

 

Financiamento público de campanha

Folha de S. Paulo de domingo

CHICO ALENCAR

Dize-me quem te financia…

Hoje, há a bancada dos bancos, a das empreiteiras… Ideal seria a Justiça cassando candidaturas e legendas que captassem verba privada. O país ganharia muito

“Dize-me quem te financia que eu te direi quem representas” é uma boa atualização para a antiga máxima popular. O modelo de financiamento privado de campanhas degenera a democracia representativa, pois os eleitos são a voz do dono; este, seu patrocinador, é o dono da voz.

Repete-se, no Brasil republicano do século 21, uma característica dos tempos coloniais: um Estado carregado de interesses particulares.

Entre nós, as eleições bienais ficam cada vez mais caras, impedindo que as maiorias sociais tenham a devida expressão política. A empreitada milionária produz resultados previsíveis: quem mais arrecada mais chance de vitória tem.

Além disso, o acordo interpartidário tem fundação sólida em programas… de TV e rádio. Depois, na partilha do governo. Nada de doutrinas: todos podem se aliar a todos.

O ex-governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal, com conhecimento de causa, abriu o jogo: “Empresas e lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso.”

As contas das últimas eleições municipais revelam que o financiamento dos candidatos eleitos para as prefeituras nas capitais e grandes cidades (e isso apesar de 80% de “doações ocultas”…) é similar ao financiamento que constituiu o Congresso atual: cerca de 60% dos deputados e senadores receberam, declaradamente, recursos de empreiteiras e conglomerados bancários.

Forma-se a bancada da Vale, da Camargo Corrêa, do Itaú, da OAS, da Andrade Gutierrez, da Gerdau, do Bradesco, do agronegócio… Tudo legitimando o poder do capital privado nos Executivos e nos Legislativos.

Há um novo formato, ardiloso, para dissociar as candidaturas de seus nada desinteressados patronos: empresas “doam” generosas somas aos grandes partidos, depois destinadas às campanhas sob a rubrica secreta e legal do “diretório partidário”.

Tais repasses contrariam a cobrança do Barão de Itararé, há meio século: “Quem cabra dá e cabrito não tem precisa explicar de onde vem”. A quem serve um sistema tão avesso à transparência?

Nosso problema político central é a promiscuidade entre o público e o privado e o clientelismo patrimonialista. A sangria do erário seguirá enquanto não se aprovar financiamento público e limites claros na relação entre autoridades e empresariado.

A adoção do financiamento exclusivamente público e austero de campanha é imperativo democratizante. O voto partidário, em lista pré-ordenada e flexível, com possibilidade de interferência do eleitor, é o que mais se adequa a esse modelo.

A Justiça Eleitoral determinaria a cassação de candidatos e legendas que captassem dinheiro de empresas privadas. A medida, ao contrário da aparência, desoneraria o erário, debilitado pela corrupção sistêmica, e reduziria a disparidade na disputa.

Há também propostas progressivas, como restringir as contribuições a pessoas físicas e os valores totais, mas os que fazem política de negócios rejeitam até isso.

O povo, que é induzido a não querer “dinheiro dos impostos na política”, também descrê da representação que elege: porque muitos gastam na conquista de votos mais do que a remuneração que terão ao longo do mandato? O apreço pela democracia impõe mudança em um sistema que condiciona o direito de votar e de ser votado à propaganda enganosa e ao poder econômico.

CHICO ALENCAR, 63, é professor de história e deputado federal pelo PSOL-RJ

ObsCena: ditadura militar ensinou tortura a índios

Caderno Ilustríssima da Folha de S. Paulo de domingo e TV Folha.