Governo Beto Richa repete Jaime Lerner e enfraquece o software livre e a Celepar com privatizações

Após 8 anos de software livre, Celepar busca soluções no mercado

Hoje na Gazeta do Povo

Por BRENO BALDRATI

Após passar oito anos focada no uso do software livre, durante o governo Roberto Requião, a Companhia de Informática do Paraná (Celepar) está voltando ao mercado em busca de soluções de Tecnologia da Informação (TI). Ainda prejudicada pela falta de confiança das empresas, que em alguns casos tiveram seus contratos rompidos unilateralmente, a companhia passou o primeiro ano do novo governo estruturando as ações para os próximos três, segundo o diretor-presidente, Jacson Carvalho Leite. “Se a melhor tecnologia estiver no mercado, não sei por que não podemos ir até lá em busca dessa solução. Não dá para pensar que temos a capacidade de desenvolver tudo sozinhos”, diz Leite.

Responsável por fornecer a infraestrutura de tecnologia de 106 órgãos do governo, a empresa quer melhorar a coleta de informações sobre as diversas aéreas do estado e atuar como uma central estratégica para o governo, ajudando na tomada de decisões. Um exemplo de como isso está sendo feito é um programa usado pelo secretário de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, que permite acompanhar em tempo real, pelo iPad, a movimentação do caixa do estado. “De 15 em 15 minutos ele recebe um relatório com tudo que está entrando e saindo dos cofres do governo”, conta Leite.

Um dos projetos mais importantes em discussão na empresa é o de biometria, que usa dados de diferentes órgãos do governo para facilitar a identificação dos cidadãos. O programa teria, inclusive, acesso ao banco de dados de endereços da Copel, e serviria para agilizar o atendimento de serviços públicos, como do Detran, eliminando a necessidade de papel. A área de segurança também poderia se beneficiar do projeto, com a busca rápida por antecedentes criminais, por exemplo. “Ainda é um projeto piloto, estamos testando. Mas ele poderá unificar o acesso a diferentes informações apenas pela leitura da digital do polegar de um cidadão”, diz Leite.

Outro programa em estudo é a instalação de uma rede Voip (voz sobre IP) para todos os órgãos governamentais. O objetivo é baixar os custos de comunicação do estado. Os telefones de todas as repartições públicas estaduais funcionariam como se fossem ramais. O custo para a implementação está avaliado entre R$ 27 milhões e R$ 30 milhões.

Qualificação

Segundo Leite, a empresa vai investir R$ 3,3 milhões em treinamento para os funcionários em 2012, o maior investimento da Celepar nos últimos anos. Em 2011, o governo de Beto Richa gastou R$ 265 mil em treinamentos. Para o presidente da estatal de informática, os recursos são necessários para atualizar os funcionários com os últimos lançamentos do mercado.

Cortella diz que Haddad foi um dos maiores Ministros da Educação que o Brasil já teve

Hoje na Gazeta do Povo

“O saldo final da gestão Haddad é positivo”

Mario Sergio Cortella, professor da PUCSP e doutor em Educação

Filósofo, autor de vários livros e doutor em Educação, o professor Mario Sergio Cortella esteve em Curitiba no dia 1.º deste mês e concedeu entrevista à Gazeta do Povo. Professor há cerca de 30 anos na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), Cortella já ocupou o cargo de secretário de educação na capital paulista e veio ao Paraná proferir uma palestra para o corpo docente do Centro Universitário Curi­­tiba (UniCuritiba). Ele defendeu ações recentes do governo federal na educação e avaliou o tempo de gestão do ex-ministro Fernando Haddad.

O governo anunciou recentemente a distribuição de tablets a escolas públicas, mas críticos dizem que não há evidências de que a medida ajude na aprendizagem dos alunos. Como o senhor avalia a questão?

Eu nunca ouvi alguém dizer que aparelho resolve aprendizagem. Então, quando um crítico vem e diz isso, ele está fazendo uma crítica contra quem? Dou um exemplo para esclarecer. Você entrega um lápis ou um livro para uma criança, mesmo que ela ainda não escreva nem leia. Ela vai aprender a usar aquilo na prática do dia a dia. O mesmo vale para novas tecnologias, como os tablets. No entanto, é claro que será preciso que estados e municípios tenham um projeto pedagógico.

No fim do ano passado o MEC anunciou a intenção de elaborar um currículo nacional único para a educação básica. A medida não afeta a autonomia dos estados e municípios na definição de conteúdos?

Assim como você tem o SUS na área da saúde, que estabelece parâmetros de atendimento, define o tipo de serviço que será oferecido e até o tempo médio de uma consulta, na área de educação também é necessário algo semelhante. Acho que os parâmetros curriculares nacionais, produzidos na gestão do ministro Paulo Renato, foram o ponto de partida para organizar essa estrutura básica.

Nos últimos anos cresceu bastante o número de vagas abertas pelo SiSU e pelo ProUni. O que o senhor acha dessa mudança no acesso ao ensino superior?

É uma grande alegria ver que estamos expandindo as vagas no ensino superior e ao mesmo tempo extinguindo algo tolo como o vestibular. Mas acho que ainda falta reverter uma tendência. Hoje cerca de 70% das vagas no ensino superior estão em instituições privadas.

Como o senhor avalia a gestão do ex-ministro Fernando Had­­dad à frente do MEC ?

Foi um dos melhores ministros que nós tivemos. Claro que não foi alguém que só teve sucessos, mas acho que o saldo final da sua gestão é positivo. Ele conseguiu levar adiante algumas políticas do governo FHC, como o Fundef e os sistemas de avaliação.

Charge: liberdade de imprensa X liberdade de empresa

Está começando a ficar chato: Gazeta do Povo se baseia em post do Blog do Tarso sem citar fonte, novamente

Dia 04 de fevereiro mostrei que a Gazeta do Povo se baseou em post do Blog do Tarso, sem citar a fonte.

Eis que hoje o fato se repetiu. Às 23h de ontem publiquei um post informando, baseado na Folha de S. Paulo e em foto da internet, que Beto Richa disse que a greve de policiais no Paraná seria política e que ele tietou o Neymar.

Pouco depois da meia-noite a Gazeta do Povo publicou notícia quase exatamente igual ao post do Blog do Tarso, sem citar a fonte, novamente, conforme a imagem acima, veja o post da Gazeta do Povo aqui.

Prezada Gazeta do Povo, para o bem do jornalismo paranaense, fique a vontade de utilizar o Blog do Tarso como fonte de informação, mas favor citar a fonte!

Recomendo a criação da figura do Ombudsman na Gazeta do Povo.

Celepar vai terceirizar atividade-fim novamente. Privatização para fuga do concurso público e precarização

Governador Beto Richa (PSDB) e Presidente do Conselho de Administração da Celepar, Cassio Taniguchi (DEMO)

Dia 23 de fevereiro de 2012, próxima quinta-feira, 13h45 min, a Companhia de Informática do Paraná – Celepar vai abrir a licitação na modalidade Pregão Presencial 02/2012, para contratação, em 3 lotes, de empresas para o fornecimento de solução integrada de hardware e software; áudio, vídeo e automação para montagem de Salas de Situação, compreendendo serviços de instalação, ativação, suporte técnico e garantias, que poderá custar para os cofres públicos mais de R$ 3 milhões (valor máximo de R$ 3.035.870,00).

Além de serem serviços de atividades-fim da Celepar, fontes internas da Companhia informam que vários dos serviços a serem contratados poderiam ser executados pela própria Celepar.

Isso se chama: privatização de serviços para precarização da empresa e tentativa de fuga do concurso público.

Síndrome severa de conservadorismo – Paul Krugman

Na Gazeta do Povo de segunda-feira

Mitt Romney tem um dom com as palavras – especialmente as autodestrutivas. Na sexta-feira ele fez mais uma das suas, ao dizer à Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês) que ele era um “governador severamente conservador”.

Como apontado por Molly Ball do jornal The Atlantic, Romney “descreveu o conservadorismo como se fosse uma doença”. Realmente. Mark Liberman, professor de linguística da Universidade da Pensilvânia, forneceu uma lista de palavras que comumente acompanham o advérbio “severamente”; as cinco mais, em ordem de frequência de uso, eram “incapacitado”, “deprimido”, “doente”, “limitado” e “ferido”.

Isso claramente não era o que Romney queria dizer. No entanto, se você for conferir a corrida para nomeação presidencial republicana, provavelmente acabará se perguntando se foi ou não um ato falho. Pois parece claro que algo está muito errado no conservadorismo americano moderno.

Começando com Rick Santorum, que, de acordo com o instituto Public Policy Polling, é definitivamente o favorito, no momento, entre os eleitores republicanos das primárias, estando 15 pontos na frente de Romney. Qualquer um com uma conexão à internet está ciente de que Santorum é melhor conhecido por seus comentários de 2003 sobre homossexualidade, incesto e bestialidade. Mas há muito mais coisas estranhas nele.

No ano passado, por exemplo, Santorum fez questão de defender as Cruzadas medievais contra “a esquerda americana que odeia a Cristandade”. Deixando de lado as questões históricas (porque o que é um massacrezinho ou outro de infieis ou judeus?), o que faz esse assunto numa campanha política do século 21?

E a questão não é só sexo e religião: ele também declarou que a mudança climática é um engano, parte de um “esquema belamente planejado” provindo da “esquerda” para fornecer “desculpas para o governo controlar mais a sua vida”. Pode-se dizer que esse tipo de teoria da conspiração não está limitado a Santorum, mas essa é a questão: o chapéu de papel alumínio dos paranóicos caricatos se tornou já um acessório comum, quando não obrigatório, do partido republicano.

E ainda tem Ron Paul, que veio em segundo lugar nos caucus do Maine apesar da publicidade gerada por assuntos como os boletins racistas (e conspiratórios) publicados sob seu nome nos anos de 1990 e suas declarações sobre tanto a Guerra Civil quanto a Abolição da Escravidão terem sido erros. Fica claro que um amplo segmento da base de seu partido se sente confortável com os pontos de vista que se esperaria que viessem de uma direita mais extrema.

Por fim, há Romney, que provavelmente receberá a nomeação, apesar de seu fracasso evidente em conseguir estabelecer uma conexão emocional com, bem, qualquer um que fosse. A verdade, lógico, é que ele não era um governador “severamente conservador”. A grande realização que carrega sua assinatura foi uma reforma do sistema de saúde que é, em todos os aspectos importantes, idêntico à reforma nacional que foi assinada pelo presidente Obama quatro anos depois. E, num mundo político racional, sua campanha se centraria sobre essa realização.

Mas Romney está atrás de uma nomeação presidencial republicana, e, quaisquer que realmente possam ser suas crenças pessoais – se, de fato, ele acredita em qualquer outra coisa fora que ele deva ser presidente – ele precisa ganhar os eleitores das primárias, que são mesmo severamente conservadores, tanto nos sentidos intencional e não intencional da palavra.

Sendo assim, ele não pode depender de seu histórico no cargo. E ele também não estava se esforçando muito para basear a campanha em sua carreira nos negócios, mesmo antes de as pessoas começarem a fazer perguntas difíceis (e muito apropriadas) sobre a natureza de sua carreira.

Em vez disso, seus discursos políticos dependem quase que inteiramente das fantasias e delírios fabricados para apelar às ilusões da base eleitoral conservadora. Não, o presidente Obama não é alguém que “começou seu mandato pedindo desculpas pela América”, como declarou Romney, novamente, na semana passada. Mas esta “falsidade de quatro Pinóquios”, como põe o Washington Post Fact Checker [que mede o nível de verdade de declarações de políticos, graduando-as entre um e quatro “Pinóquios”], está no cerne da campanha Romney.

Como é que o conservadorismo americano conseguiu acabar se tornando tão distante e contrário aos fatos e à racionalidade? Pois ele não foi sempre assim. Afinal, a reforma do sistema de saúde que Romney quer que esqueçamos seguiu uma planta desenhada originalmente pelo instituto conservador The Heritage Foundation!

Minha resposta breve é que o jogo de vigarices que há muito se estende entre os conservadores econômicos – e os patrocinadores ricos a quem eles servem – finalmente desandou. Durante décadas o Partido Republicano tem ganho eleições apelando para divisões sociais e raciais para, depois, após cada vitória, recorrer ao desregulamento e cortes tributários para os ricos – um processo que atingiu seu ápice quando George W. Bush ganhou a reeleição fazendo pose de defensor da América contra terroristas gays casados, anunciando depois que tinha um mandato para privatizar a Previdência Social.

Ao longo do tempo, no entanto, esta estratégia criou uma base eleitoral que realmente passou a acreditar em toda essa fanfarronada – e agora a elite do partido perdeu o controle. A questão é que a situação lastimável do Partido Republicano de hoje – e tem alguém que não a considere lastimável? – não é nenhum acidente. Os conservadores econômicos fizeram um jogo cínico e agora estão enfrentando os efeitos adversos, um partido que sofre de conservadorismo “severo” no pior dos sentidos. E a doença pode levar muitos anos para ser curada.

Tradução: Adriano Scandolara

Realizado pelo Ministério da Cultura e Governo Federal, ingresso para o Festival de Teatro de Curitiba começa a ser vendido amanhã

Entre 27 de março e 08 de abril de 2012 ocorrerá o XXI Festival de Teatro de Curitiba, que existe desde 1992. Venda de ingressos começam amanhã nas bilheterias no ParkShoppingBarigüi, Shopping Mueller e Shopping Palladium ou pela internet.

O evento é realizado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo Federal, comandado pela Presidenta Dilma Rousseff (PT).