44,6% acham que Governo Beto Richa é desprezível

Na enquete realizada pelo Blog do Tarso, 44,6% dos participantes entendem que o Governo Beto Richa é desprezível, neste primeiro mês. 37,6% acham ótimo, 8,9% regular, 5% ruim e 4% bom.

Logo mais uma nova enquete!

I ❤ Sarney

O Ex-Presidente da República e atual presidente do Senado Federal José Sarney, no Metropolitan Museum de Nova York, com o blogueiro.

Sim, confesso que tirei uma foto com o Ex-Presidente José Sarney, reconduzido hoje como Presidente do Senado Federal. Sarney foi o primeiro Presidente depois do fim da ditadura militar que se iniciou com o golpe de 1964. Acho que até se eu tivesse encontrado o ex-Presidente Fernando Henrique Cardozo, que foi bem pior para o Brasil do que Sarney, com suas reformas neoliberais-gerenciais, eu tiraria a foto (lembro que apoiei FHC nas eleições para Prefeito de São Paulo em 1985, quando ele perdeu para Jânio Quadros, e Eduardo Suplicy ficou em terceiro). Os únicos que eu me negaria seriam os Presidente da ditadura militar e Fernando Collor de Mello, por razões óbvias. Sarney estava no Metropolitan Museum de Nova York, durante a visita da então candidata a Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, em maio de 2010.

E não, não estou ficando louco, apenas fiz uma paródia no título desta postagem do famosa “I ❤ NY”. É claro que seu pudesse escolher o novo Presidente do Senado não escolheria Sarney. Existem vários outros nomes melhores, como os paranaenses Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), Eduardo Suplicy (PT/SP), Cristovam Buarque (PDT/DF) e Pedro Simon (PMDB/RS). Existiriam nomes bem piores, como de Fernando Collor (PTB/AL) e Kátia Abreu (DEMO/TO).

Roberto Requião, desde a campanha eleitoral, já negava qualquer intenção de ser Presidente do Senado, dizendo que não gostaria de ocupar cargos administrativos no órgão, para ficar mais livre para “sacudir” um pouco a casa, que está precisando.

O fato é que a candidatura de um Senador membro do PMDB, o partido que compõe a maior bancada no Senado, é algo natural e segue a tradição da casa. A mesma idéia aplica-se para a eleição de um Presidente do PT na Câmara dos Deputados. O problema é que o próprio PMDB escolheu Sarney, não existindo muito o que fazer politicamente pelos demais partidos, pois é claro que o PMDB, pelo seu tamanho, é um partido importante da base de apoio da Presidenta Dilma Rousseff. Portanto, a responsabilidade pela recondução de Sarney no Senado é, principalmente, do próprio PMDB.

Infelizmente o PMDB do Paraná, que também tem a maior bancada na Assembléia Legislativa, sedento por cargos no Governo Beto Richa, se acovardou a aceitou a eleição do tucano Rossoni como novo Presidente da casa. Uma vergonha!

Não sejamos ingênuos de que uma pessoa ou um partido chega ao comando do Poder Executivo Federal com totais poderes para governar sozinho. E é bom que não seja assim! Estamos numa Democracia, que por mais que ainda seja recente e formal, está sendo bem construída no período pós-ditadura.

É claro que a necessidade de uma reforma política é urgente, que o povo brasileiro ainda está aprendendo a votar e aprendendo a cobrar de seus dirigentes, que nossa democracia representativa e participativa têm que ser aprimoradas, mas estamos no caminho.

Mas a grande pergunta que fica nesse estória toda: como ninguém questionou a eleição de José Sarney para Presidente do Senado, em face ao art. 57, § 4º, da Constituição da República, que veda a recondução para o mesmo cargo na mesa do Congresso nacional, o que veda a recondução de Sarney na Presidência do Senado Federal?

Silêncio da imprensa abre caminho para a eleição de Rossoni na Assembleia do PR, por Esmael Morais

Rossoni pagava piloto de avião particular com dinheiro da Assembleia.

O deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB) deverá ser alçado ao Olimpo da moralidade hoje à tarde se for eleito presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Tudo com a anuência e o silêncio obsequioso da imprensa do estado, que faz vistas grossas ao envolvimento do tucano em irregularidades na Casa. Continuar lendo

Carta Aberta aos Magistrados Brasileiros, por Sílvio Tendler

Cesare Battisti

Paira sobre Cesare Battisti o mistério que cerca sua história. Existem muitas lacunas sobre os fatos. Somos tratados como duzentos milhões de pobres coitados que temos que nos curvar diante da vontade da Itália soberana.

O caso Battisti, sua história de refugiado começa quando é acolhido na França de Mitterrand, torna-se escritor e vive em paz. A França vira à direita, a Itália pedindo a extradição e Battisti é expulso “à la française” para atender à pressão Italiana: não extradita, mas estimula “a fuga”. Dá o passaporte e os meios para a fuga. Tudo providenciado pelo serviço secreto francês que monitora a viagem. O Brasil acolhe um perseguido, como sempre fez ao longo dos tempos. A França inicia o jogo da batata quente.

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