O presidente da Bolívia Evo Morales nacionalizou os três principais aeroportos do país, que estavam sob controle da Sabsa (Serviços de Aeroportos Bolivianos S/A), uma subsidiária da empresa espanhola Abertis. A empresa privada não realizou os investimentos determinados pelo contrato de concessão e pagava baixos salários aos seus trabalhadores. A Bolívia vai indenizar a expropriação.
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Evo Morales nacionaliza empresa espanhola na Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, exerceu seu direito soberano e decretou neste sábado a desapropriação das ações da companhia espanhola Iberdrola em duas distribuidoras de energia elétrica no país e em uma empresa de serviços e uma gestora de investimentos.
Evo prometeu uma justa remuneração e tratamento respeitoso com a empresa espanhola e justificou a nacionalização para uma distribuição igualitária dos serviços públicos. Para se ter uma percepção, na área rural de La Paz os cidadãos pagam mais do que o dobro do que se paga na área urbana da capital.
A estatal Empresa Nacional de Eletricidade – ALI é que fará a análise da indenização. O governo prometeu estabilidade aos trabalhadores das empresas desapropriadas. Evo já havia expropriado em 2010 as ações de quatro empresas geradoras de eletricidade. Os conservadores neoliberais de direita do país se manifestaram contrários à medida de Evo.
No Brasil, no Estado do Paraná, o ex-governador Jaime Lerner (ex-PFL) tentou privatizar a Copel, mas após grandes manifestações sociais contrárias, inclusive com ações populares no Poder Judiciário, desistiu do absurdo. No Rio de Janeiro a Light foi privatizada e até hoje há explosões de bueiros e apagões pela ineficiência da iniciativa privada no setor.
Evo Morales nacionaliza empresa espanhola de energia na Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, terminou de nacionalizar o setor elétrico boliviano. Ele já havia expropriado quatro geradoras de energia elétrica em 2010, e agora nacionalizou a Red Eléctrica Internacional – REI na Transportadora de Electricidad – TDE, responsável por 74% das linhas de transmissão de energia no país. A REI é subsidiária da espanhola Red Eléctrica de España – REE, segunda empresa espanhola atingida por nacionalizações na América do Sul nas últimas duas semanas (a Argentina nacionalizou a petrolífera espanhola YPF). A justificativa para a nacionalização é a falta de investimentos da empresa espanhola, pois a TDE recebeu desde 1997 (quando foi privatizada) apenas US$ 81 milhões de investimento. As ações da REI na transportadora passarão para a boliviana Empresa Nacional de Electricidad – Ende, que negociará as indenizações.

