Novo Ministro interino da Justiça e Cidadania defende tiros de bala de borracha e cita a Bíblia

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O presidente interino Michel Temer (PMDB) assumiu hoje (12) após um golpe contra o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff (PT), do qual ele é vice.

Com isso o novo Ministro interino da Justiça e Cidadania é Alexandre de Moraes (PSDB, ex-PFL e Democratas), professor de Direito Constitucional, autor de livros “resumões” voltados para concurseiros e já foi advogado do deputado e presidente da Câmara dos Deputados afastado pelo STF, Eduardo Cunha (PMDB).

Ele já foi secretário de Justiça e de Segurança Pública da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e secretário do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD, ex-PFL e Democratas).

Moraes não é bem visto por entidades de Direito Constitucional nacionais.

Como Secretaria da Segurança Pública de São Paulo no governo Alckmin (PSDB) defendeu a polícia quando essa fez uma repressão forte e desnecessária contra membros do Movimento Passe Livre – MPL.

Na sua gestão ele passou a usar blindados israelenses para dispersar protestos, assim como outras formas truculentas de dispersão contra estudantes e movimentos sociais.

Moraes ainda foi contra um projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo que proíbe o uso de bala de borracha em protestos.

Durante sua gestão em 2015, a polícia paulista foi responsável pela maior taxa de homicídios de todos os tempos, com uma em cada quatro pessoas assassinadas na cidade de São Paulo, assim como as mortes classificadas como confronto entre suspeitos e policiais militares de folga aumentaram 61%.

Em seus livros, na citação inicial, ao invés de utilizar filósofos gregos, pensadores iluministas ou juristas consagrados, ele sempre cita passagens da Bíblia, misturando Direito e religião, algo típico da idade da trevas da Idade Média.

Jesus Cristo defenderia tanta truculência e violência?

Argentinos fazem trote com presidente interino Temer

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Rádio argentina faz trote com o presidente interino Michel Temer, fingindo ser o presidente neoliberal Macri, que pelo menos assumiu o poder por meio de eleições, e não por um golpe.

Escute aqui.