
É normal que quem seja de direita, conservador, reacionário e neoliberal vote em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 2014.
O problema é que há pessoas, que até são esclarecidas, que para não parecerem de direita, nem conservadoras, nem reacionárias ou neoliberais, alegam que vão votar em Aécio para gerar a alternância de poder, que seria bom para a Democracia e para o combate à corrupção.
Isso é um equívoco!
Os Estados Unidos são uma ditadura “bolivariana”? A Inglaterra é uma monarquia absolutista? A Suécia é um país corrupto? Me parece que não. Os Democratas ficaram no poder nos EUA com Franklin D. Roosevelt e Harry S. Truman de 1933 a 1953. Margaret Thatcher e John Major foram primeiro-ministros pelo Partido Conservador entre 1979 e 1997 no Reino Unido. O Partido Social Democrata na Suécia ficou no poder entre 1936 e 1976 com os primeiro-ministros Per Albin Hansson, Tage Erlander e Olof Palme.
São democracias consolidadas. São países com uma Administração Pública na qual há corrupção, mas em níveis aceitáveis.
Corrupção se combate com a implementação de uma burocracia-deliberativa, com servidores profissionalizados, com controles procedimentais e controle popular da Administração Pública, com transparência.
Democracia representativa não é a obrigatoriedade na mudança dos governantes, mas na abertura de possibilidade dessa mudança. Mas mudança pela mudança, mudança para pior, mudança com retrocesso, não é aceitável.
E é discutível o que é mudança. A mudança no Brasil começou a ocorrer com um trabalhador no poder. A mudança continuou com uma mulher no poder. E esse mudança deve continuar. Uma mudança com redução das desigualdades regionais e sociais, uma mudança com desenvolvimento nacional sustentável, uma mudança com o fortalecimento da classe-média e dos pequenos empresários.
E a mudança vai continuar, com a reforma política com redução do poder financeiro e com o aumento do debate programático, a democratização da mídia, conforme manda a Constituição, uma reforma tributária com a retirada do dinheiro dos ricos e distribuição para os pobres, e com a classe média pagando menos impostos.
Dilma 13.