Saúde privatizada: nos EUA quanto mais complicações cirúrgicas, mais lucro privado

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Complicações cirúrgicas dão mais lucro a hospitais nos EUA, diz estudo

Do UOL, divulgado pelo Blog do Mario

Quanto mais se complicam as intervenções cirúrgicas, maior é a margem de lucro dos hospitais nos Estados Unidos, em um sistema que dissuade qualquer melhora na qualidade de atendimento, revelou um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (Jama).

“Descobrimos indícios claros segundo os quais reduzir os prejuízos aos pacientes e melhorar a qualidade dos tratamentos é penalizado de forma perversa em nosso sistema de atenção”, concluiu o doutor Sunil Eappen, um dos encarregados do Centro de Massachusetts (nordeste) para olhos e ouvidos (Massachusetts Eye and Ear Infirmary), em Boston, um dos autores da pesquisa.

“Já sabíamos que os centros hospitalares não recebem recompensas pela qualidade dos cuidados que dão, mas se desconhecia quanto dinheiro ganhavam quando seus pacientes sofriam prejuízos”, acrescentou o doutor Atul Gawande, diretor dos Laboratórios Ariadne e professor de saúde pública na Harvard School of Public Health (HSPH) e principal autor do estudo.

Os pacientes com plano de saúde que têm complicações pós-operatórias devolvem ao hospital que os atende uma margem de lucro 330% maior (39.000 dólares por paciente) do que os que se recuperam satisfatoriamente de uma intervenção, segundo os pesquisadores. Continuar lendo

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Qual sua posição sobre as fundações estatais de direito privado?

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No Cebes, divulgado pelo Blog do Mario

Debate: As Fundações fazem mal à Saúde?

Em 2010, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) realizou um seminário e publicou um livro* para debater e analisar os impasses da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), impregnado, nos últimos anos, de propostas e alternativas nem sempre comprometidas com os interesses públicos, em especial com os usuários do sistema.

Em tese, os gestores das instituições do SUS deveriam ter como objetivo tornar esse sistema universal mais efetivo, aumentando a capacidade de oferta de serviços e dando acesso aos cuidados integrais de saúde – isto é, atendendo ao conjunto das necessidades de saúde da sociedade.

Entretanto, os caminhos para atingir os objetivos de gestão do SUS nem sempre estão abertos, sendo barrados por uma legislação não condizente com as necessidades e premências do setor da saúde.

Em resposta, os gestores do SUS vem realizando mudanças com a criação de novas modalidades de instituições gestoras não subordinadas à administração direta do Estado, entre as quais se destacam as organizações sociais (entes privados) e as fundações estatais (entes estatais).

A estratégia de fuga da administração direta do Estado, que vem sendo adotada por elevado número de gestores estaduais e municipais de saúde, tem sido objeto de intensa polêmica entre os principais atores políticos do setor, envolvendo conflitos acirrados entre os gestores, trabalhadores e integrantes dos conselhos e confêrencias de saúde.

A defesa da administração pública do SUS ressalta a argumentação dos trabalhadores da saúde sobre instabilidade de vinculo empregatício e perda de direitos de servidores públicos, além da crítica compartilhada com os usuários sobre a ausência de mecanismos de controle social, não previstos nestas  Fundações.  A discussão precisa continuar para que se possam apontar soluções aos inegáveis problemas deparados pelos gestores que, ao mesmo tempo, não gere recuo nos princípios e conquistas do SUS

Com este objetivo, mais uma vez, o Cebes realiza novo debate sobre o tema, convidando especialistas, gestores, trabalhadores, usuários e quem mais desejar para expressar aqui sua opinião sobre os benefícios ou problemas causados pelas Fundações Estatais. Elas constituem, de fato, alternativa de uma gestão mais ágil e eficiente, ou não passam de arranjos privatizantes da gestão do SUS? Acompanhe diariamente novas opiniões, e não deixe de participar! Continuar lendo

Professores param no Paraná e governo Beto Richa diz que vai privatizar saúde dos servidores

Funeral do SAS. Foto do site da APP Sindicato

Funeral do SAS. Foto do site da APP Sindicato

Sob o comando da APP Sindicato, mais de quinze mil professores de Curitiba e Região Metropolitana estão paralisados hoje, em decorrência da manifestação nacional em defesa da escola pública. Em todo o Paraná são mais de 80 mil parados nesta quarta-feira. Pela manhã mais de 1000 professores protestaram em frente ao Palácio Iguaçu, onde “trabalha” o governador Beto Richa (PSDB).

O ponto alto da manifestação foi o enterro simbólico do Sistema de Assistência à Saúde – SAS, que faz o atendimento médico aos servidores estaduais. Desde que o IPE foi extinto pelo ex-governador Jaime Lerner o SAS não faz um bom atendimento, e no governo Beto Richa o caos se instalou, ainda mais quando passou o atendimento para o Hospital da Polícia Militar – HPM.

O governo Beto Richa admite que o SAS está um caos, mesmo após mais de 2 anos de gestão. O Diretor de Seguridade Funcional e responsável pelo SAS, Wagno Rigues, disse que o Estado vai celabrar um convênio com o Hospital Evangélico para o atendimento. Parece até piada. Privatização do atendimento com o Evangélico, no momento que o hospital vive uma grave crise em sua UTI.

Por favor 2014, chega logo!

Caixão na frente da sede do governo Beto Richa. Foto de Tarso Cabral Violin

Caixão na frente da sede do governo Beto Richa. Foto de Tarso Cabral Violin