Governo Beto Richa é acusado de elitizar, precarizar e privatizar a Escola de Dança do Teatro Guaíra

Os pais de alunas e alunos, professores e servidores da Escola de Dança do Teatro Guaíra – EDTG acusam o governo Beto Richa (PSDB) de fazer mudança, PARA PIOR, na Escola, sem qualquer discussão com os envolvidos. O Teatro Guaíra vai ser reformado e não foi providenciado pelo governo estadual um novo local para instalá-la. Além disso a EDTG passa por muitas dificuldades e os pais, professores e funcionários têm receio até do fim da Escola.

Com isso prepararam até um abaixo-assinado reivindicatório a ser enviado ao Secretário de Estado da Cultura, Paulino Viapiana.

Uma das acusações é a tentativa do governo Beto Richa privatizar o ensino de dança para as crianças até 12 anos, conforme informado em matéria da Gazeta do Povo. Outra acusação é o autoritarismo e a falta de transparência do governo estadual, em especial da Secretaria de Estado da Cultura.

Note-se que ainda é possível, conforme várias denúncias do Blog do Tarso, que o governo Beto Richa privatize museus, teatros e a Orquestra Sinfônica por meio de Organizações Sociais – OS, para fugir dos concursos públicos e licitações.

Com a palavra o Governo do Estado.

Veja o documentário “Teatro Político, uma história de utopia”, de Ana Carolina Caldas

Veja o documentário “Teatro Político, uma história de utopia”, de Ana Carolina Caldas, roteirista, pesquisadora e produtora.

Do Teatro Político 60

Você conhece a história do CPC (Centro Popular de Cultura) da UNE em Curitiba? Pois abrimos as gavetas.  Sente-se e fique à vontade para acompanhar por aqui capitulo a capitulo da  história deste movimento político cultural costurado nos encontros e desencontros entre arte, educação e política, no período entre 1959 a 1964. Antes de vir a ser o CPC da UNE, os antecedentes desta história percorreram os debates do Teatro de Arena, a Revolução Cubana, a busca pelo nacional-popular e tantos outros temas. Assim como em todo o Brasil, a cidade de Curitiba também fez parte da efervescência dos debates e defesas pelo  teatro nacional-popular: bandeira empunhada desde o Teatro de Arena por Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha. O pai de todos os CPC`s da Une.

O conteúdo que inspira o projeto  é fruto da dissertação de mestrado de Ana Carolina Caldas, defendida em História da Educação pela Universidade Federal do Paraná (2003). História ainda desconhecida que a partir de agora começa a ser desvendada para fazer justiça e homenagear personagens que vocês “lerão” por aqui e assistirão em agosto no documentário,  como: Ferreira Gullar, Arthur Poerner, Zé Renato, Gianfrancesco Guarnieri e os curitibanos Walmor Marcelino, Dadá (Euclides Coelho de Souza), René Dotti, Edésio Passos, Oraci Gemba, Adair Chevonicka, Alcidino Bittencourt e tantos outros estiveram lá e cá.

Link para download da dissertação de mestrado “Centro Popular de Cultura da UNE (1959-1964) – Encontros e desencontros entre arte, política e educação” de Ana Carolina Caldas.

RESUMO:

História veiculada e contada pela imprensa local, na decada de 60,  em especial pelos jornais O Dia, o Diário do Paraná, Estado do Paraná e seção paranaense do jornal Última Hora, é a memória de um movimento que contou com a participação de curitibanos como o jornalista Walmor Marcelino, o titeriteiro Euclides Coelho de Souza – o Dada do Teatro de Bonecos, e sua esposa Adair Chevonicka, a socióloga Zélia Passos, Oraci Gemba, Abauna Busmayer, além de jornalistas e cronistas críticos de artes dos jornais curitibanos da época, como Edésio Passos, Silvio Back, René Dotti, Mário Fernando Maranhão, entre outros.

A história se desenrola a partir de “três instantes”, ou seja, três denominações diferentes para um mesmo grupo:    Teatro do Povo, Sociedade de Arte Popular até chegar à constituição do Centro Popular de Cultura da UNE, propriamente dito. De 1959 a 1964, um grupo formado por artistas, estudantes e intelectuais curitibanos inseridos na cena do teatro nacional – popular da época, conseguiu assim como noticiado pelo jornal Diário do Paraná, em 1961, “inaugurar o teatro político em Curitiba.”