Celso Antônio Bandeira de Mello criticou o neoliberalismo do governo FHC no encerramento do VI Congresso da Associação de Direito Público do Mercosul

Celso Antônio Bandeira de Mello sendo homenageado por Ana Claudia Finger na conferência de encerramento do VI Congresso da Associação de Direito Público do Mercosul. Foto de Tarso Cabral Violin via Instagram

O VI Congresso da Associação de Direito Público do Mercosul ocorreu entre os dias 7 e 9 de junho de 2012 em Foz do Iguaçu, em homenagem in memoriam ao professor Jorge Luis Salomoni.

A conferência de encerramento foi realizada pelo professor Celso Antônio Bandeira de Mello, na presidência da professora de Direito Administrativo da Universidde Positivo e UniBrasil, Ana Claudia Finger, que fez uma bonita homenagem ao professor Celso Antônio.

Bandeira de Mello criticou o neoliberalismo iniciado no Brasil principalmente pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na época das mesmas políticas de Fujimori no Peru e Menem na Argentina, sob influência de Tatcher na Inglaterra.

Decadência/precarização nas empresas estatais, privatizações, parcerias público-privadas, terceirizações, Organizações Sociais – OS, OSCIPs – organizações da sociedade civil de interesse público, criação de agências reguladoras na década de 90 no Brasil foram questionadas.

“Se o Estado é mal prestador de serviços, ele é ainda pior para fiscalizar!”

O professor Celso Antônio chama o neoliberalismo vindo com a globalização de neocolonialismo. Informa que atualmente em vários países da América Latina hé um tentativa de barrar o neocolonialismo, com governos com marcada preocupação social. O neocolonialismo é contra o Estado Providência, ou Estado Social de Direito.

O Estado tem um papel intenso na esfera social, intenso contra os desequilíbrios sociais. O art. 3º da Constituição da República do Brasil de 1988 fala em sociedade livre, justa e solidária, com a redução das desigualdades regionais e sociais.

Para ele o neoliberalismo quase quebrou os Estados Unidos da América e a Europa, trouxe para o mundo infelicidade e desgraça. Os políticos de direita estão perdendo na Alemanha, Itália, França, etc.

Maiores detalhes, consultar o seu “Curso de Direito Administrativo”, publicado pela editora Malheiros.

Celso Antônio Bandeira de Mello foi muito aplaudido pelo público presente em Foz, com advogados, professores, servidores públicos e estudantes de Direito.

É uma pena que o período triste para a história do Brasil da década de 90, agora passa o Estado do Paraná, com o governo atual.

3 comentários sobre “Celso Antônio Bandeira de Mello criticou o neoliberalismo do governo FHC no encerramento do VI Congresso da Associação de Direito Público do Mercosul

  1. Tarso: Na verdade, no Brasil até os partidos de esquerda são meio acovardados quando se trata de combater o neo-liberalismo. Na Espanha, os sindicatos entraram hoje na justiça com queixa crime pedindo a condenação dos ex-primeiros ministros Aznar, Zapatero e Rajoy por prevaricação, ao permitir que os bancos que financiaram suas campanhas políticas conseguissem mudar as regras do setor financeiro que permitiram-lhes roubar seus depositantes e investidores. Pedem cadeia para eles e seus ministros da fazenda

    Tarso, veja esse link e responda: porque a esquerda no Brasil não vai à Justiça contra essa corja de bandidos que está há décadas atrasando o Brasil com sua atuação vende-pátria?

    http://www.publico.es/436370/denuncian-a-aznar-rajoy-y-zapatero-por-permitir-el-saqueo-de-espana

    Parece que aqui, no Brasil o PT, a CUT, o MST, o PCdoB , a UNE são dirigidos pelo mesmo espírito conciliador e bonachão do antigo PCB, o “pecezão” que tinha seus dirigentes metidos a muito “expertos” e sempre aproveitavam qualquer coisinha para conciliar com os políticos da burguesia, que ao contrário, sempre foram muito agressivos e pró-ativos quando se tratava de combater a esquerda. No Brasil de hoje, a direção do PT parece que evita ao máximo ir à Justiça e pedir a condenação de FHC pela Privataria, de Gilmar pela roubalheira do seu Instituto de Direito Constitucional…e dão moleza a toda essa bandidagem…Querem posar de “mocinhos”, de “bonzinhos” e deixam de usar a força que o voto popular lhes deu. Mas quem não usa o poder, perde o poder que tem. Essa é a regra máxima. Precisamos de povo na rua para pressionar PT e partidos de esquerda a processarem e colocarem na cadeia os torturadores, os corruptos, os golpistas de hoje e de sempre. Vamos apurar responsabilidades nos governos neo-liberais e não apenas fazer discursos condenando-os. Quem condena é Juiz. Mas só se tiver processo. Processo judicial é a forma moderna de combater bandidos neo-liberais, já que pela mídia, isso nunca acontecerá, já que a mídia é parte indissociável do bando, da quadrilha neoliberal que quer assaltar o estado em todo o mundo!

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  2. Concordo com o Rogério. Aqui no Brasil se discursa, mas não há adoção de nenhuma medida prática. As contas de todos são sempre aprovadas e depois é só abraço. O discurso é sempre oportunista, não importa a cor política do orador. Um exemplo recente é o caso Mendes x Lula. No mínimo, mas bota mínimo nisso, o Lula deveria tê-lo acionado judicialmente para proteger sua honra. E vai fazer o que? NADA. Portanto, se querem imputar ao FHC a responsabilidade por todas as mazelas do mundo, façam pela via judicial.

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  3. Tarso, ao invés de “Ácido, mas sem perder a ternura jamais”, sugiro, data venia, que troque para “Parcial, mas sem perder a ternura jamais”.

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