A Justiça Eleitoral proibiu que o prefeito Luciano Ducci (PSB), de Curitiba, distribua panfleto contrário a Gustavo Fruet (PDT).

O panfleto distribuído pela coligação conservadora de Luciano Ducci, que mostra o nome da coligação mas não tem coragem de informar o nome de Ducci, critica a mudança de Fruet do PSDB para o PDT.

Ducci esquece de informar que também já foi do PSDB.

O Poder Judiciário entendeu que o material de Luciano é propaganda eleitoral irregular e excede “o limite aceitável para a crítica eleitoral”.

Mais uma derrota para Luciano Ducci, que por enquanto está sendo considerado o pior prefeito de Curitiba nos últimos 30 anos, na enquete do Blog do Tarso.

A coligação “Curitiba Quer Mais” entrou, nesta quinta-feira (9), com Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o candidato à reeleição, prefeito Luciano Ducci, por abuso do poder político.

Os detalhes da ação foram repassados a imprensa pelo coordenador geral da coligação, Gerson Guelmann e pelo coordenador jurídico, Luiz Fernando Pereira, em entrevista coletiva nesta tarde.

“Não é nossa intenção ganhar esta eleição no tapetão. A ideia é fazer com que eles cessem o uso da máquina. Recebemos, diariamente, várias denúncias de abuso da máquina pública nesta eleição. Mas só entramos com ação quando temos provas concretas, como estas que apresentamos agora”, afirmou Pereira antes da exibição das provas.

A ação tem como base uma série de provas recolhidas pela coligação Curitiba Quer Mais a partir de denúncias, principalmente de servidores do município, relativas ao uso da estrutura da Prefeitura em benefício da campanha de Ducci.

Entre as provas, foram exibidos dois vídeos. O primeiro mostra imagens de trabalhadores – com uniformes idênticos aos usados pelos funcionários que prestam serviços a administração do Município – pavimentando o estacionamento do comitê do candidato à reeleição. O Comitê foi inaugurado na última sexta-feira (3), em Santa Felicidade – esquina das ruas Antonio Escorsin com Toaldo Túlio.

O trabalho no comitê foi todo supervisionado por servidora da Prefeitura, devidamente uniformizada. “Participo de campanha políticas há 17 anos e nunca vi tanto zelo na organização de um comitê, como a feitura dessa calçada. Esta ação da campanha de Ducci passa uma sensação de onipotência por parte deles, de que tudo é possível se fazer”, avalia Guelmann.

Pereira lembra ainda que funcionários do comitê do candidato à reeleição fotografaram a placa do carro da equipe de filmagem que fez as imagens da pavimentação do comitê. “No dia seguinte (quarta-feira), a polícia civil visitou a locadora do veículo, questionando o porquê do veículo estar no comitê no dia anterior. Insinuando que o veículo estaria sendo usado em uma ação criminosa, ilegal. Uma clara tentativa de intimidação daqueles que foram flagrar o uso da máquina”, comenta.

Hospital do Idoso

O segundo vídeo mostra a operação montada pela Prefeitura para tirar funcionários e pacientes das unidades de saúde e levá-los para aplaudir o candidato à reeleição e seu padrinho na inauguração do Hospital do Idoso, no último dia 29 de março. O transporte dos servidores foi feito com Kombis da Prefeitura e ônibus da frota de transporte público da cidade. “É algo escancarado, com completa ausência de temor de uma punição. A saúde da cidade está caótica, com pessoas morrendo a espera de atendimento nas Unidades de Saúde. Ainda assim, eles tiram funcionários para aplaudi-los na inauguração do Hospital do Idoso”, dispara Guelmann.

Além das ações informadas a imprensa nesta quarta-feira (9), outras denúncias de uso da máquina em campanha estão sendo investigadas. A maioria delas recebidas a partir de denúncias encaminhadas pelos próprios servidores, que não concordam com a prática.

1 – Uso de Kombis da Prefeitura na campanha;

2 – Uso de telefones do Governo do Estado e da Prefeitura para marcar reuniões de campanha e mobilizar militantes e comissionados;

3 – Pressão para que servidores concursados trabalhem na campanha, sob ameaça de retaliação;

4 – Comissionados utilizando as redes sociais e emails para atacar adversários e divulgar candidatura do prefeito;

5 – Uso de imóveis públicos para eventos de campanha;

6 – Uso da máquina pública para promover benfeitorias em comitês e escritórios da campanha;

7 – Membros do primeiro escalão do Governo do Estado e Prefeitura usando carros oficiais para ir a eventos de campanha;

8 – Uso de programas sociais com fins eleitorais.