Privatizar? Chama o Stephanes

PT busca detalhes sobre a privatização do Banestado, em 2000, comandada por Reinold Stephanes, novo chefe da Casa Civil de Beto Richa.

PT busca detalhes sobre a privatização do Banestado, em 2000, comandada por Reinold Stephanes, novo chefe da Casa Civil de Beto Richa.

Do Blog do Esmael Morais

O tucano Beto Richa convocou o deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, do PSD, para ser o “gerentão” do governo do Paraná.

Dono de uma vida pública “flex”, como observou o jornalista André Gonçalves, da Gazeta do Povo, Stephanes já serviu à ditadura, aos governos Lerner, Requião e Lula.

Pois bem, petistas cinco estrelas estão a campo levantando a passagem do novo “atacante” de Richa pelo antigo Banestado. Eles têm interesse específico na privatização do banco, pois sabem que Stephanes foi quem apagou as luzes da instituição no ano de 2000.

Os petistas desconfiam que a convocação de Stephanes, pelo governador tucano, tem objetivo de preparar a prorrogação das concessões do pedágio nas rodovias paranaenses. Paranoia? Talvez.

Entre os correligionários da ministra Gleisi Hoffmann, adversária de Richa em 2014, a conversa é essa: “Quer privatizar? Chama o Stephanes”.

Juntos chegaremos lá!

 AFIF

Quem não lembra do jingle de Guilherme Afif Domingos, candidato pelo PL à presidência em 1989? Era o candidato pelo Partido Liberal, que pregava contra o Estado do Bem-Estar Social, contra a Constituição Social e Democrática de 1988, que infelizmente foi muito bem votado em Curitiba, junto com Fernando Collor de Mello.

Antes disso ele foi do PDS, o partido da ARENA, o partido da ditadura militar. Depois foi para o PL, e depois foi para o PFL. Depois foi para o PSD, o partido criado por Gilberto Kassab para fugir da fidelidade partidária. Em 2010 votou e apoio José Serra, e foi eleito vice-governador de Geraldo Alckmin, em São Paulo.

Essa gente não consegue ficar fora do Poder. Agora o PSD, sedendo por cargos, apoia o governo social da presidenta Dilma Rousseff (PT) e vai ganhar um ministério. E quem será o provável ministro? Ele mesmo, o vice- do Alckmin, o “juntos chegaremos lá”, o Afif.

Será o ministro da Pequena e Média Empresa, especialmente criado para ele.

Financiamento público de campanha e voto em lista fechada diminuiriam o poder desse tipo de gente, que se mantém no poder com muito dinheiro e jogando na lata de lixo os partidos políticos.

Presidenta Dilma: sei que numa democracia e para manter a governabilidade, as vezes temos que fazer coisas que não gostaríamos e ceder. Mas acredito que o Afif ainda pode ser barrado de seu ministério. Que a força esteja com a senhora e que os integrantes do lado sombrio da força fiquem longe de seu governo!

“Dois patinhos na lagoa, vote Afif vinte e dois!”. Quem é o pato nessa história?