Vítimas do HSBC no Fórum Social Mundial

O Instituto Declatra também aproveitou a ocasião para lançar oficialmente em terras gaúchas seu livro "Assédio Moral Organizacional: As Vítimas dos Métodos de Gestão nos Bancos", cujo estoque se esgotou completamente no lançamento. Personalidades como o sindicalista, ex-Governador do Rio Grande do Sul e ex-Ministro das Cidades Olívio Dutra adquiriram um exemplar. Com ele na foto, Ricardo Mendonça (Instituto Declatra) e Ana Fideli (Secretaria de Saúde e Condições do Trabalho do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região).

O Instituto Declatra também aproveitou a ocasião para lançar oficialmente em terras gaúchas seu livro “Assédio Moral Organizacional: As Vítimas dos Métodos de Gestão nos Bancos”, cujo estoque se esgotou completamente no lançamento. Personalidades como o sindicalista, ex-Governador do Rio Grande do Sul e ex-Ministro das Cidades Olívio Dutra adquiriram um exemplar. Com ele na foto, Ricardo Mendonça (Instituto Declatra) e Ana Fideli (Secretaria de Saúde e Condições do Trabalho do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região).

Movimento pelo fim do assédio moral organizacional nos bancos ganha o cenário mundial no FSM 2016

O projeto Vítimas do HSBC, nascido em Curitiba em 2015 e que ganhou adesão em todo o Brasil desembarca oficialmente no cenário internacional esta semana. O movimento foi apresentado em Porto Alegre no Fórum Social Mundial, maior encontro de discussão e transformação social do mundo, e teve grande adesão do público. Coordenado pelo Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra) e pela agência de ideias, advocacy e comunicação Social, o Vítimas do HSBC surgiu após a divulgação de uma pesquisa realizada pelo Instituto que revelou que o assédio moral é parte das políticas de gestão do banco HSBC e tem efeitos diretos na saúde física e mental dos bancários.
A oficina, intitulada “Outro mundo do trabalho é possível? A luta contra os métodos de gestão que adoecem” ocorreu nos dias 21 e 22 com lotação máxima, abordando a importância do meio ambiente do trabalho, a relação entre trabalho e saúde, os detalhes sobre a venda do HSBC, a extensão do movimento a outros bancos em 2016 e mais.
Entre os presentes no bate-papo, a pergunta mais ouvida foi sobre o início das demissões no banco inglês, além de relatos sobre assédio em instituições bancárias. O movimento, realizado em parceria com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, está acompanhando de perto as negociações com o HSBC e mantêm em sua fanpage um quadro de notícias atualizado sobre o assunto.

ASSÉDIO MORAL ORGANIZACIONAL

O assédio moral no HSBC extrapola aquele considerado mais “comum”, que acontece entre superior e funcionário. Para Mauro Auache, advogado e presidente do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora, que conduziu a pesquisa, o termo correto é assédio organizacional. “Faz parte das orientações de gestão da empresa”, explica. “São ações de violência cotidiana, que nunca foram encaradas como tal, mas sim mascaradas como necessidade de competição e de performance lucrativa da empresa”.
Segundo o advogado Nasser Allan, um dos coordenadores da pesquisa, não se trata de um modelo exclusivo do HSBC: relatos de trabalhadores em outros bancos são bem parecidos. “Mas demos ao movimento o nome de Vitimas do HSBC, pois ele é um dos grandes representantes dessa prática”, fala. Além disso, a saída do banco do país torna a pauta urgente, ao trazer insegurança aos mais de 22 mil trabalhadores.
Além da invasão da vida privada praticada pelo HSBC contra funcionários, amplamente divulgada em 2012 com a revelação de dossiê do Ministério Público, práticas comuns no banco são o recrutamento de funcionários fora do horário, a imposição de metas abusivas, o controle constante do ritmo e da produtividade, as humilhações públicas, as ameaças de demissão, a prática de horas extras não remuneradas, o controle no uso do banheiro, o isolamento físico ou social de empregados, entre outras.

O ASSÉDIO MATA – O abuso em dados

O estresse e a depressão são as doenças que mais atingem os bancários. As funcionárias mulheres são as que mais sofrem: dos trabalhadores que deixaram o banco acusando problemas de saúde, 62% são mulheres. Elas também representam 59% dos casos de assédio por danos morais.
Os fatos mais assustadores são sobre mortes e suicídios. Entre 2006 e 2013, houveram 7.074 mortes de bancários no Brasil. A principal causa de morte, de acordo com dados do Ministério da Saúde, foi o infarto.
Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores é o fato de que, dos trabalhadores que citaram problemas de saúde em decorrência do trabalho, a maioria não tinha histórico de afastamento por doenças.

– Saiba mais: https://www.facebook.com/vitimasdohsbc
http://vitimasdohsbc.com.br
– Assista aos depoimentos das vítimas: https://www.facebook.com/vitimasdohsbc/videos
http://vitimasdohsbc.com.br/?page_id=52

Um comentário sobre “Vítimas do HSBC no Fórum Social Mundial

  1. Enquanto isso, Dona Dilma se reúne para escutar conselhos de um banqueiro em Brasilia, e sai de lá com idéias de reforma de previdencia, cpmf e reforma trabalhista….eu hein ?

    Curtir

Deixe um comentário